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terça-feira, 31 de março de 2009

Maria na Umbanda: entre santos e orixás

Maria na Umbanda: entre santos e orixásPor Alexandre Cumino*
1. Introdução
Maria, mãe de Jesus, vai muito além do Catolicismo e do Cristianismo, vemos sua presença em grandes religiões como o Islã, onde ela assume o papel de mãe do profeta Jesus, no entanto é possível encontrar Maria nos cultos ou religiões sincréticas das Américas. O colonizador europeu trouxe o africano como escravo e ambos se instalaram nesta terra do índio. Logo as culturas do branco, do negro e do vermelho se encontraram de forma particularizada em diferentes regiões deste continente. E assim chegou Maria ao Brasil, onde foi acolhida também pela religiosidade popular, associada e comparada com divindades e entidades do mundo mítico afro-indígena. Neste contexto está, também, a Umbanda, nascida da miscigenação tão brasileira, no seu jeito de ser, fruto de mitos, ritos e símbolos os mais variados.
2. Objetivo
O objetivo deste estudo é ressaltar alguns pontos da presença de Maria na Umbanda. Verificamos um sincretismo dinâmico. “Maria Virgem” se identifica com Oxum e “Maria Mãe” se identifica com Yemanjá, em que a relação santo/orixá varia segundo diferentes pontos de vista. Para além de um altar essencialmente católico, podemos observar Maria em outros aspectos da liturgia, como a Festa de Yemanjá e a identificação dos templos com nomes de santos.
Hoje a umbanda passa por uma mudança de paradigma, no que diz respeito a sua literatura, escrita de “umbandista para umbandista”, surge uma literatura psicografada de umbanda e novas abordagens sobre a relação de Maria na Umbanda. Sendo uma religião muito aberta e inclusiva acolhe diferentes e novas formas de entender a presença de Maria. Vamos aqui apenas esboçar alguns aspectos, conscientes da complexidade da Umbanda e dos diferentes ângulos que as Ciências da Religião nos oferecem para aprofundar a questão.

3. Maria na história da Umbanda
O primeiro templo de Umbanda de que se tem noticia traz o nome de “Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade”, quem nos conta a história de sua fundação é o Sacerdote de Umbanda, Ronaldo Linares, Presidente da Federação Umbandista do Grande ABC (FUGABC), criador do primeiro curso de formação de sacerdotes de Umbanda.
Dia 15 de Novembro de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, um jovem rapaz de 17 anos, incorporou o espírito de Frei Gabriel de Malagrida, queimado na inquisição. O espírito do Frei revelou que, em uma vida posterior, nasceu como índio no Brasil, preferindo ser identificado, agora, como “Caboclo das Sete Encruzilhadas” e que vinha para trazer a Religião de Umbanda. Sua “igreja” se chamaria Nossa Senhora da Piedade, pois assim como Maria acolheu a Jesus, a Umbanda acolheria os filhos seus.
Zélio vinha de uma família de origem católica e no seio deste lar tiveram início as sessões mediúnicas de Umbanda, onde já havia um pequeno altar católico. Com o tempo, o espírito de um “preto velho”, escravo de origem africana, “Pai Antônio”, traria o conhecimento dos orixás africanos associados aos santos católicos. Nascia o sincretismo de Umbanda, Maria já estava presente e enraizada nos valores religiosos e espirituais dessa família.
No decorrer dos tempos surgiriam milhares e milhares de Templos de Umbanda, identificados como “tendas”, “centros”, “casa” ou “terreiros” de Umbanda, nos quais a exemplo da primeira “Tenda de Umbanda”, estariam presentes as “Marias”, identificando estes templos como: “Tenda Nossa Senhora da Conceição”, “Tenda Nossa Senhora da Guia”, “Nossa Senhora de Sant’Ana”, “Nossa Senhora dos Navegantes” e outras como “Estrela D'alva”, “Tenda Nossa Senhora Aparecida”, “Casa de Maria” etc.
4. Maria no altar de Umbanda
Oxum representa o amor, a pureza, a beleza, inocência e concepção, enquanto Yemanjá representa a mãe universal, mãe dos orixás, aquela que mantém e gera a vida. Ambas se manifestam na água, Oxum nas cachoeiras e Yemanjá no mar.
O sincretismo de Maria com os Orixás se faz notar principalmente no altar de Umbanda, que é um altar composto por imagens católicas. Encontraremos a imagem de Nossa Senhora da Conceição ou de Nossa Senhora Aparecida, fazendo sincretismo com Oxum. Yemanjá é o único orixá que tem uma imagem própria, umbandista, não católica, assim mesmo encontramos sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes ou Nossa Senhora das Graças.
5. Um olhar sociológico
Cândido Procópio Ferreira de Camargo, no final da década de 50, dedicou parte de seu tempo ao estudo das “Religiões Mediúnicas” e registrou no livro “Kardecismo e Umbanda: uma interpretação sociológica”, o resultado de sua pesquisa de campo, onde descreve um Terreiro de Umbanda:
“No ‘terreiro’ propriamente dito, barracão com cerca de 50m², há um altar, semelhante aos católicos . O ‘Orixá’ guia do ‘terreiro’ assume lugar de destaque , sob a figura do Santo Católico correspondente. São Jorge, Nossa Senhora, São Cosme e São Damião são os Santos mais comuns que integram o altar, além do Cristo abençoando, de braços abertos.”

Procópio Ferreira dedica especial atenção ao sentimento de pertença daquele que busca as “religiões mediúnicas”, observando que boa parte dos freqüentadores consideram-se Católicos.
Embora já tenha decorrido meio século e a umbanda venha mudando de perfil, na busca de identidade, ainda nos dias de hoje observamos este fato em menor grau. Para evitar preconceito da sociedade ou desinformação, alguns dos adeptos, da Umbanda, identificam-se de pertença espírita, não fazendo distinção entre sua prática e a criada por Allan Kardec.
Ao adentrar um terreiro de Umbanda pela primeira vez muitos o fazem com certo receio do desconhecido, mas se deparando com um altar católico sentem-se confortados e tranqüilos. Jesus de braços abertos e Maria a seu lado, junto com todos os outros santos, continuariam a guiar sua fé, agora ao lado da tão popular Yemanjá.
O sincretismo, neste caso, serve de amparo para que o desconhecido se apresente através de elementos já conhecidos. O Católico se sente à vontade para justificar sua pertença, assim como, fica clara a importância do altar para a recepção e a conversão do novo adepto.

6. Festa de Yemanjá
Na década de 50 foi criada uma imagem brasileira para Yemanjá, de pele branca, cabelos negros, vestida de azul, pairando sobre o mar, seu vestido se funde às ondas e derrama pérolas pelas mãos. Esta é uma imagem umbandista e embora todos aceitem Maria como Yemanjá e Oxum, quase não se usa uma imagem católica para Yemanjá, pois ela tem o privilégio de ter imagem própria.
Na Umbanda paulista desde 1969, realiza-se anualmente a Festa de Yemanjá, na Praia Grande, onde está a tradicional imagem de Yemanjá, em Cidade Ocian.
Recentemente, o município de Mongaguá, recebeu uma grande imagem de Yemanjá doada pela FUGABC. A Rainha do Mar reina sozinha nestas duas praias do litoral sul paulista, sendo, dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, a Festa de Yemanjá. Já as comemorações de Oxum ficaram para o dia de Nossa Senhora Aparecida e todo o resto do calendário umbandista é orientado por datas católicas, correspondentes aos santos e orixás.
7. Quatro olhares para o sincretismo afro-católico na Umbanda
O olhar para o sincretismo assume diferentes aspectos dentro da Umbanda, devido à liberdade de interpretações que existe dentro dela mesma. O umbandista tem diferentes formas de se relacionar com Maria, que resultam em olhares diferentes para o sincretismo. Coloco aqui quatro olhares distintos:

· O primeiro olhar é um “olhar católico”, de desinformação sobre a cultura afro. O recém convertido ou o adepto ao ser questionado por exemplo, de quem é o Orixá Oxum ou Yemanjá responde simplesmente que é Maria Mãe de Jesus. Não há um interesse pela cultura e a presença da divindade africana.
· O segundo olhar é um “olhar afro” de desinteresse pelo Santo Católico, a presença do mesmo é apenas figurativa para representar o Orixá, divindade que não possui uma imagem feita de gesso para ir ao altar, com exceção de Yemanjá. Assim Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora das Graças está no altar apenas como uma referência simbólica para se alcançar e louvar, quem realmente está lá, Orixá Oxum.
· O terceiro olhar é um “olhar de fusão” pelo qual Maria, Oxum e Yemanjá se fundem, não há mais uma e outra, Maria é Oxum e também Yemanjá. As lendas e os mitos se confundem e se apresentam nos cantos, neles vemos “Maria a mãe dos Orixás”, “Maria filha de Nanã Buroquê, a avó dos Orixás” ou “Yemanjá mãe de todos os santos”. Inclusive o conceito de santo e orixá se confundem. O adepto se expressa dizendo “meu santo de cabeça é Oxum”, para esclarecer que este Orixá é o “dono de sua cabeça”, seu regente ou padrinho.
· Há ainda um quarto olhar, que é o “olhar de convivência”. É um olhar que reconhece a afinidade entre os Santos e Orixás, Nossa Senhora da Conceição tem sincretismo com Oxum porque ambas tem as mesmas qualidades. Santo e orixá convivem juntos em harmonia, a qualidade e presença de um não diminui o outro. Existem clareza e esclarecimento sobre a origem e cultura que envolve santo e orixá. Oxum não é Maria, mas ambas têm as mesmas qualidades e convivem juntas e em harmonia. Sozinhas elas já ajudam, juntas ajudam muito mais.
8. Uma nova experiência de Maria na Umbanda
Já comentamos, linhas acima, que a religião de Umbanda vem mudando de perfil, buscando sua identidade e, porque não, até mudando alguns paradigmas. Até alguns anos a literatura chamada de “psicografada” ou “escrita mediúnica”, pela qual os espíritos dão sua mensagem escrita, eram de característica do Espiritismo “Kardecista”. Nos últimos anos vem se observando uma literatura “psicografada de Umbanda”, ou seja, livros de Umbanda escritos de forma mediúnica.
Essa mudança de paradigma deve-se a um autor umbandista, Rubens Saraceni, que já publicou mais de 50 títulos nos últimos 13 anos, o que vem incentivando outros umbandistas a realizarem a mesma experiência.
O autor psicógrafo, médium e sacerdote de Umbanda, Rubens Saraceni, criou o primeiro curso livre de “Teologia de Umbanda”
, para estudar de forma teórica e teológica as questões pertinentes à Umbanda, vista de dentro. Na “Teologia de Umbanda” se reconhece que Deus é Um com muitos nomes diferentes, como Alá, Zambi, Tupã, Olorum, El, Adonai, Jah, Javé, Aton, Brahman, Ahura Mazda entre outros. Da mesma forma os diversos “Tronos de Deus”, “Divindades” ou Deuses se manifestam em várias culturas, “à moda” de cada uma delas. Assim o “Trono Feminino do Amor” ou “Divindade feminina do Amor” é conhecida como Oxum, Isis, Lakshimi, Afrodite, Vênus, Hebe, Kwan Yin, Freyija, Blodeuwedd, entre outros nomes, sendo a mesma, manifesta sob diferentes formas. Maria personifica este trono na cultura católica, portanto seu sincretismo com Oxum torna-se natural, legítimo e Justificado. Maria tem as qualidades do “Trono Feminino do Amor” e do “Trono Feminino da Geração”, como Yemanjá, Tétis, Hera, Parvati, Danu, Friga e outras. Todas as divindades convivem juntas e se expressam de muitas formas, lembrando a idéia das “Máscaras de Deus”.
9. Conclusão
Podemos ainda lembrar que Maria ocupa o posto que antes pertencia às “Deusas Pagãs”. O Catolicismo fez sincretismo de culturas e valores, durante sua expansão por territórios desconhecidos ao cristianismo. Podemos dizer que a Deusa também está no inconsciente coletivo que busca elementos conhecidos para concretizar-se em uma realidade palpável.
Por fim, podemos dizer que onde houver duas ou mais culturas haverá sempre o sincretismo, que marca o encontro entre elas. Maria faz parte de uma cultura que dominou todo o Ocidente e boa parte do Oriente. No mundo pós-moderno e globalizado, cada vez mais encontraremos sincretismos e associações a Maria.
Independente de como possa ser interpretada, concluímos que Maria também faz parte da Religião de Umbanda e se manifesta de formas diferentes dentro desta mesma religião.

*Alexandre Cumino é presidente do Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca, conselheiro consultivo da Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo, Sacerdote de Umbanda, ministrante dos cursos livres de “Teologia de Umbanda Sagrada” e “Sacerdócio de Umbanda Sagrada”, editor do Jornal de Umbanda Sagrada e estudante de Ciências da Religião na Faculdade Claretiano.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Religiões - Maria Laura Mantoanelli Mariusso

Nome: Maria Laura Mantoanelli Mariusso – Nº 20
Prof. Rafael

As mais conhecidas são: Catolicismo, Budismo, Kardecista, Umbanda, Candomblé, Judaismo, Protestantismo, Islamismo.

Umbanda=> é uma religião formada dentro da cultura religiosa brasileira que sincretiza elementos vários, inclusive de outras religiões como o catolicismo, o espiritismo e as religiões afro-brasileiras.
A Umbanda é estruturada, moralmente, em 3 princípios: fraternidade, caridade e respeito ao próximo.
Admite um deus gerador chamado (Zambi), que é o criador de tudo e todos. Seus adeptos (chamados também de "umbandistas" ou "filhos de fé") cultuam divindades denominadas Orixás e reverenciam espíritos chamados Guias.
Sua orientação espiritual ou doutrinária é feita pelos Guias - espíritos que atuam na Umbanda sob uma determinada linha de trabalho que, por sua vez, está ligada diretamente a um determidado Orixá. Os guias têm sapiência e consciência da natureza humana e os atributos para que essa humanidade possa evoluir e seguir por um caminho melhor.
Os guias se manifestam através da mediunidade dos médiuns, sendo a prática da incorporação a matriz do trabalho deles - ato pelo qual uma pessoa médium, inconsciente, consciente ou semi-consciente, permite que espíritos falem através de seu corpo físico e mental. Os guias possuem diversos arquétipos pelos quais se apresentam através da incorporação. Cada arquétipo está ligado a uma determinada Linha Espiritual. Como exemplos desses arquétipos podemos citar:
Pretos-velhos;
Caboclos;
Baianos;
Boiadeiros;
Crianças;
Exus e Pomba-giras, entre outros.
Pretos Velhos

Os arquétipos são roupagens utilizadas pelos guias para se apresentarem nos terreiros e não espíritos que, necessariamente, tenham sido escravos, índios ou crianças, embora existam aqueles que realmente o foram.
A Umbanda é uma junção de elementos Africanos (Orixás e culto aos antepassados), Indígenas (culto aos antepassados e elementos da natureza), Catolicismo (o europeu, que trouxe o cristianismo e seus santos que foram sincretizados pelos Negros Africanos), Espiritismo(fundamentos espíritas, reencarnação, lei do carma, progresso espiritual etc).
A Umbanda prega a existência pacífica e o respeito ao ser humano, à natureza e a Deus. Respeitando todas as manifestações de fé, independentes da religião. Em decorrência de suas raízes, a Umbanda tem um caráter eminentemente pluralista, compreende a diversidade e valoriza a diferenças. Não há dogmas ou liturgia universalmente adotadas entre os praticantes, o que permite uma ampla liberdade de manifestação da crença e diversas formas válidas de culto.

Doutrina e Cultura Umbandista

EVOLUÇÃO E EQUILÍBRIO ESPIRITUAL
Por Mônica Berezutchi

Nós buscamos através da espiritualidade a nossa evolução e sempre nos disseram que só evolui quem consegue evoluir espi­ri­tu­almente. O que é evoluir espiritualmente? Muitos dirão que é:
• Vestir a roupa branca e fazer parte de um terreiro, templo, centro, casa etc...
• Desenvolver sua mediunidade e conhecer “seus” guias espirituais.
• Fazer a coroa ou “Ori”.
• Realizar todos amacis e oferendas dos Orixás.
• Firmar ou assentar a sua esquerda: Exu, Pomba Gira e Exu Mirim.
• Realizar todos os cursos que puder.
• Ser Mago de todos os graus.
• Ser um médium desenvolvido
• Cumprir com suas responsabilidades mediú­nicas, etc.
Vou parar por aqui, pois já temos muitos exem­plos que dá para termos base suficiente para elucidar sobre evolução espiritual.

Evolução:
Deslocamento progressivo. Processo de trans­formação em que certas características ou atitudes tornam-se aos poucos mais complexas; desen­volvimento.
Evoluir:
Passar gradualmente de um estado a outro por uma série de transformações.
Evoluído:
Que atingiu elevado grau de desenvolvi­mento, de cultura. Apto a aceitar novas idéias, novos pa­drões de comportamento; adiantado; avan­çado.
Espírito:
A parte imaterial do ser humano; alma. Inteligência, pensamento, idéia.
Espiritualidade:
Qualidade ou caráter espiritual. O progresso metódico dos valores espirituais.
(Texto extraído do dicionário Aurélio).
A evolução física e humana só se dá quando estamos em sintonia e equilíbrio entre o corpo físico x corpo espiritual; isto significa que se estivermos passando por problemas tais como:
Estamos com dores nos dentes, pois estamos com cárie ou canal, ou uma gengivite ou uma in­fecção bucal.
Estamos com dores nas costas por má postura, falta de exercícios físicos ou desgaste ou cansaço físico.
Estamos hiper-tensos; pressão alta.
Estamos com estafa mental, ou falta de sono provocando insônia, ou excesso de sono.
Nós não estamos nos alimentando bem com sucos, frutas, legumes, grãos, proteínas etc...
Nos não estamos conseguindo nos organizar, em termos de tempo/hora, fazemos tudo correndo e não temos disciplina com horários.
Nós não sabemos respeitar nossos limites humanos.
Nós não realizamos nada mais que gostamos de fazer, não temos tempo de descansar, passear, descontrair, rir, brincar, etc...
Não temos mais tempo para nós, pois desen­volvemos vários papeis por dia como: Pai, mãe, filho(a), funcionário, patrão, irmão(a), cunha­do(a), comerciante, vendedor.
Nós não temos condições monetárias, ou de­sempregado, ou não conseguimos sanar nossas dívidas, etc...
Tudo isso aqui escrito poderia ter páginas e mais paginas e não esgotaríamos todo o assunto.
Todos estes “problemas” humanos têm uma influência direta em nossa psique, ao qual acaba refletindo no nosso corpo espiritual e conseqüente­mente influência de forma paralisante a nossa me­diunidade.
Não tem como você atuar mediunicamente se esses problemas humanos interferem no seu emo­cional te desequilibrando, então o seu campo ou centro de energias sofre um desgaste muito ele­vado gerando assim interferência no seu lado es­piritual. Em alguns casos chega até a interferir no processo de incorporação.
Como evoluir espiritualmente se estou recal­cado, cheio de mágoas, decepções, expectativas, angustias, ansiedades, invejas, intrigas, fofocas etc... Será que é só freqüentando um terreiro e vestindo “a roupa branca” como uma máscara para ocultar ou acomodar-se na sua evolução humana, física e mental, querer disfarçar atrás de “pano de cabeça” seus tormentos, medos, falhas e pecados.Afrontar a Lei Maior e a Justiça Divina é você jurar compromisso com a Divindade e não fazer nada para merecer o seu amparo, nem uma mu­dança, por mínima que possa parecer.
Mudar é todo dia.
Esquecer o passado também é todo dia.
Recomeçar é um presente.
Um presente que o nosso Divino Criador nos dá todos os dias como chances inigualáveis de oportunidade de renascimento diário.
Ter uma evolução espiritual é reflexo de seu interior. Dispa-se desses disfarces para que sua verdadeira evolução realmente aconteça.
Seja então real e verdadeiro consigo e saiba que não vamos conseguir mudar, alterar ou trans­formar o externo se nosso interno está em desarmonia. A saúde e a evolução do homem só se dá de fato se ele assumir que ambas caminham de mãos dadas. Corpo x mente x espírito.
Pense nisso.
Que Pai Oxalá te ilumine.
Um grande abraço.

Chico Xavier e Clara Nunes


Estava presente na reunião do “Grupo Espírita da Prece”, em Uberaba, quando Chico recebeu a mensagem de Clara Nunes, uma das maiores intérpretes da nossa música popular. Foi no dia 15 de setembro de 1984 e, desde então, permanecemos na expectativa de que a referida página nos viesse ter às mãos, o que somente agora aconteceu, por uma deferência do Dr. Francisco Borges de Oliveira, diretor do Grupo Espírita “Paulo de Tar­so”, de Caetanópolis – MG, que mantém a creche “Clara Nunes”.

Destacamos que, em suas palavras, conforme poderá ser verificado, Clara, após o desenlace, foi assistida por entidades vinculadas aos cultos afro-brasileiros que confiaram o Espírito liberto aos seus pais igualmente desencarnados.


A mensagem foi dirigida por ela à sua irmã Maria, presente na reunião à qual nos reportamos.


Querida Maria:


Eu pressentia que o encon­tro através das notícias seria primei­ramente com você. So­men­te você teria dispo­sição de via­jar de Caetanópolis até aqui, no objetivo de atingir o nosso inter­câmbio.

Descrever-lhe o que se passou co­migo é impossível agora. Aquela aneste­sia suave que me fazia sorrir se trans­formou numa outra espécie de repouso que me fazia dormir.

Sonhava com vocês todos e me via de regresso à infância.
Era uma alegria que me situava num mundo fantástico.
Melodias e cores, lembranças e vozes se mesclavam e eu me perdia naquele estado desconhecido.
Não cuidava de mim. Lembrava-me dos que ficavam, mas ainda não sabia se a mudança seria definitiva

Acordei num barco engalana­do de flores, seguido de outras embar­cações, nas quais muitos irmãos entoa­vam hinos que me eram estranhos. Hinos em que o amor por Iemanjá era a tônica de todas as palavras.

Os amigos que me seguiam falavam de libertação e vitória.
Muito pouco a pouco me conscientizei e passei da euforia ao pranto da saudade, porque a memória despertava para a vida na retaguarda e o nosso Paulo se fazia o centro das minhas recordações.
Queria-o ali naquela abordagem maravilhosa, pois os barcos se abeiravam de certa praia encantadoramente enfeitada de verde nas plantas bravas que as guarneciam.

Quando o barco que me conduzia ancorou suavemente, uma entidade de grande porte se dirigiu a mim com paternal bondade e me convidou a pisar na terra firme. Ali estavam o meu pai Manuel, e nossa Mãezinha Amélia.

Os abraços que nos assinalavam as lágrimas de alegria pareciam sem fim.
Era muita saudade acumulada no coração.
Ali passei ao convívio de meus pais e os meus guardiões retornavam ao mar alto.
Retomei a nossa vida natural e, em companhia de meu pai, pude rever você e os irmãos todos me comovendo ao abraçar a nossa Walde­mira, que me pareceu um anjo preso ao corpo.

Querida irmã, não disponho das palavras exatas que me correspondam às emoções. Peço a você reconfortar o nosso Paulo e dizer-lhe que não perdi o sonho de meu filhinho que nascesse na Terra de nossa união e de nosso amor.

O futuro é luz de Deus. Quem sabe, virá para nós uma vida renovada e dife­rente pa­ra as mais lindas reali­zações?

Você diga ao meu poeta e le­trista querido que es­tou contente por vê-lo fortalecido e resis­ten­te, exceção fei­ta dos “co­pi­nhos” que ele conhece e que es­tou vendo agora um tanto aumen­tados...

Desejo que ele saiba que o meu amor pelo esposo e noivo permanente que ele continua sendo para mim, está brilhando em meu coração, que con­tinua cantando fora do outro coração que me prendia.

A cigarra, por vezes, canta com tanta persistência em louvor a Deus e a Natureza, que se perde das cordas que coordenam a cantiga, caindo ao chão, desencantada. O meu coração da vida física não suportou a extensão das melodias que me faziam viver, e uma simples renovação para tratamento justo me fez repousar nas maravilhas diferentes a que fui conduzida.
Espero que o nosso Paulo consiga ouvir-me nestas letras.
Agradeço a ele as atitudes dignas com que me acom­panhou até o fim do corpo, tanto que agradeço a você e as nossas irmãs e ir­mãos o respeito com que me hon­raram a memória, abstendo-se de reclamações in­débitas junto aos médi­cos humani­tários que se dispuseram a servir-nos.

Querida irmã, continue com o nosso grupo em Caetanópolis. O irmão José Viana e o Dr. Borges estão conquistando valiosas experiências. Muitas saudades e lembranças a todos os nossos e para você um beijo fraternal com as muitas saudades de sua, Clara.

Fonte: “O Mensageiro - Revista Espirita Cristã do Terceiro Milênio - Editoriais - Setembro de 2008.

terça-feira, 24 de março de 2009

Reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Câmara


Dom Helder Câmara (espírito)

Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1999 em Recife, Pernambuco.
O livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões. Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1966 a 1975 e tem 30 livros publicados.
Ao prefaciar o livro Novas Utopias, do Espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimatur do Vaticano. É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem nenhum constrangimento.
No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados a Igreja Católica. Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados"; estes ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.
A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.
Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:
Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?
Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.
Do outro lado da vida o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento, ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso?
Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.
Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?
Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.
Como é sua rotina de trabalho?
A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.
Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?
Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.
O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos Centros Espíritas?
Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente. Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.
O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?
Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.
Mediunidade - Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?
Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.
Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?
Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.
Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?
Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual. Por que Dom Helder é quem está escrevendo?
Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, senti a necessidade de me expressar por um médium quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.
Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso País?
Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.
Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?
Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar, foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.
O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?
Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.
É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?
Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando.
Igreja - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?
Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.
Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?
Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.
O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?
Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática.
Espíritas no futuro?
Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.
Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?
Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer um nome ou outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.
Amor - Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora, depois da morte?
Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade.
Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas?
Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.
Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral ?
Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar.
" (Livro: Novas Utopias , Autor: Dom Helder Câmara (espírito, Médium: Carlos Pereira , Editora: Dufaux )


PERGUNTAS E RESPOSTAS DE UMBANDA


PERGUNTAS E RESPOSTAS DE UMBANDA
POR Norberto Peixoto
FONTE: LIVRO A MISSÃO DA UMBANDA
ED. CONHECIMENTO


1) Por que as entidades de umbanda usam o fumo?
As folhas da planta chamada " fumo" absorvem e comprimem em grande quantidade o prana vital enquanto estão em crescimento, cujo poder magnético é liberado através das golfadas de fumaça dadas pelo cachimbo ou charutos usados pelas entidades. Essa fumaça libera princípios ativos altamente benfeitores, desagregando as partículas densas do ambiente.
2) Por que as entidades usam ervas verdes?
Por que cada erva ( principalmente a arruda, o alecrim, a sálvia, o guiné, mangericão e a espada de Ogum) possuem agregados em sua vitalidade elementos astromagnéticos que desmagnetizam e desintegram elementos etéricos densos e negativos presentes na aura dos consulentes.
3) Por que se usa a queima de pólvora ou " fundanga"?
Quando queimados os grânulos de pólvora explodem causando intenso deslocamento molecular do ar e do éter, desintegrando miasmas, placas, morbos psíquicos, ovóides astrais, aparelhos parasitas e outros recursos maléficos como campos de força densificados com matéria astral negativa, os quais não foram possíveis de ser desativados pela força mental dos Guias do espaço e o fluido ectoplasmático dos aparelhos mediunizados.
4) Por que dos pés descalços na umbanda?
Nos atendimentos os médiuns tornam-se os "para-raios" de muitas energias densas deixadas pelos socorridos. Somos fonte condutora de correntes elétricas e pelos pés descarregamos nosso excesso negativo. Solas emborrachadas bloqueiam esse fluxo.
5) Por que do uso de bebidas alcóolicas nos trabalhos de Umbanda?
Não há necessidade de ingestão de bebidas, mas seu uso externo se faz porque o álcool volatiza-se rápidamente, servindo como condensador energético para desintegrar miasmas pesados que ficam impregnados nas auras dos consulentes além de agir como elemento volátil de assepsia do ambiente.
6) Por que dos pontos cantados?
Os diversos pontos cantados na Umbanda estabelecem condições propícias para que os pensamentos dos espíritos se enfeixem nas ondas mentais dos médiuns. Cada vibração peculiar a um Orixá tem particularidades de cor, som, comprimentos e oscilação de ondas que permitem sua percepção pelos sensitivos da Umbanda. Uma vibração sonora específica cantado em conjunto, sustenta a egrégora para que os espíritos da linha correspondente ao Orixá se aproximem, criando e movimentando no éter e no astral formas e condensações energéticas símiles aos sítios vibracionais da natureza que "assentam" as energias, como se nelas estivessem presentes.
7) Porque a Umbanda não faz milagres?
Porque religião nenhuma o faz. Porque o milagre está dentro de você, meu irmão e se faz à medida que muda as tuas atitudes, reformula teus pensamentos e põe em prática tua fé no Criador. Se alguém te prometer o milagre, fuja! Ali está um caloteiro tentando te enganar.

Eu pedi a Ogum


Eu pedi a Ogum, para retirar os meus vícios.

Ogum disse: Não! Eles não são para eu tirar, mas para você desistir deles.

Eu pedi a Ogum , para fazer meu filho aleijado se tornar completo.

Ogum disse: Não! Seu espírito é completo, seu corpo é apenas temporário

Eu pedi a Ogum para me dar paciência.

Ogum disse, Não! Paciência é um subproduto das tribulações; Ela não é dada, é aprendida.

Eu pedi a Ogum para me dar felicidade.

Ogum disse: Não! Eu dou bênçãos; Felicidade depende de você.

Eu pedi a Ogum para me livrar da dor.

Ogum disse: Não! Sofrer te leva para longe do mundo e te traz para perto de mim.

Eu pedi a Ogum para fazer meu espírito crescer.

Ogum disse: Não! Você deve crescer em si próprio! Mas eu te podarei para que dês frutos.

Eu pedi a Ogum todas as coisas que me fariam apreciar a vida.

Ogum disse: Não! Eu te darei a vida, para que você aprecie todas as coisas.

Eu pedi a Ogum para me ajudar a AMAR os outros, como Ele me ama.

Ogum disse: . Ahhhh, finalmente você entendeu a idéia..

Muita Luz! Autor: Renata de Oxossi
Alguns textos, poemas e fotos foram retirados de variados
sites, caso alguem reconheça algo como sua criação e não
tenha sido dado os devidos créditos entre em contato.
''A intenção deste blog não é de plágio, mas sim de espalhar conhecimento..."
Joaozinho

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