Horários De Atendimento

Segundas - 20 Hs - Mãe Claudete e Pai Joãozinho.
Quartas - 20 Hs - Mãe Marta e Pai Ney.
Sextas --- 20 Hs - Mãe Sueli e Pai Joãozinho.
Sábados - 19 Hs - Mãe Sueli e Pai Joãozinho.


Endereço - Rua Meciaçu 145 Vila Ipê - Campinas SP.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Trabalhos Encomendados e Promessas de Solução


Mãe Iassan Ayporê Pery
Dirigente do Centro Espiritualista Caboclo Pery


        O que pensar desses anúncios vinculados em jornais ou panfletos distribuídos nas ruas que prometem a
solução de nossos problemas amorosos, financeiros e de saúde? Eles funcionam mesmo? Trazem a solução tão desejada?
Acredito que existam dois aspectos que devam ser analisados.
O primeiro refere-se ao desespero da pessoa que necessita ou deseja a solução.
O segundo é ver envolvido o nome da Umbanda nessa questão.
Analisando o primeiro aspecto, podemos desmembrá-lo também em duas vertentes.
A primeira diz respeito a compreensão da pessoa que por acreditar que seu problema não seja de seu merecimento
ou “culpa”, busca no externo a solução do mesmo.
Pessoas que buscam esse tipo de “atendimento” não têm  menor noção de espiritualidade, de merecimento, e não estão
nem um pouco preocupadas com as conseqüências que este tipo de envolvimento pode trazer, pois as desconhecem.
Por acreditarem que o seu problema é conseqüência de ações de terceiros, desafiam o próprio Deus, dizendo-se
não merecedoras do que estão passando.
Dentro de suas mentes obnubiladas pela dor e sofrimento, querem uma solução rápida, mágica, que as
façam verem-se livres e felizes.
A segunda vertente diz respeito especificamente ao sentimento do solicitante.
Muitos pedem que “a pessoa amada volte”. Ora, sabemos que quem ama realmente deseja somente o bem do ser amado, portanto
não irá fazer um pedido desta natureza.
Outras pessoas pedem que “fulano” perca o emprego, pois ele precisa trabalhar e o “fulano” está atrapalhando;
ou então pedem pelo desencarne de “beltrano”. Francamente!
Mas,  esses “trabalhos” funcionam? Certamente que sim!
Não para todos, mas para muitos ou alguns. Mas no fundo, no fundo, é imprescindível que haja absoluta
harmonia entre o solicitante, o executante, a "vítima" e o astral inferior.
Portanto obter o resultado desejado apenas confirma a absoluta sintonia entre essas quatro coisas.
Mas quem executa esses trabalhos em nível astral?
Espíritos que trabalham com forças trevosas, de baixo padrão vibratório e alta densidade perispiritual.
Espíritos altamente ligados à matéria, ao mundo encarnado.
Não são desprovidos de inteligência, muito pelo contrário, são desprovidos de luz, de esclarecimentos da verdade eterna,
de amor.
Espíritos que saudosos de seus tempos na terra ainda precisam se alimentar, fumar, beber, urinar, defecar,
sentem-se encarnados ainda, sentem dor, prazer sexual, etc.
E para satisfazerem as suas necessidades fisiológicas e outras intenções maléficas, reúnem-se em torno
de encarnados que poderão, por similitude vibratória, atendê-los em seus desejos e aspirações.
Muitos se agregam aos médiuns que por sua invigilância, cedem lentamente a essas aspirações.
Eles são ardilosos, chegam a fazerem-se passar por Exu, dando ao médium a impressão de estar sendo assistido
pelo seu próprio Exu.
Por isso é tão importante que o médium estude sempre e mantenha-se empenhado no caminho do bem e da caridade.
Dentro de sua ousadia, esses obsessores envolvem o médium dando-lhe “poderes” e sensações prazerosas em nível de terra.
Atendem rapidamente as necessidades mais mundanas do médium e se apresentam como “solucionadores” de diversas questões.
Mas ainda não é aí que começa a cobrança.
O médium empolgado desvia-se ainda mais, começa a procurar lugares onde haja o mesmo tipo de afinidade vibratória,
e tudo que estudou recebe outra conotação.
Começa a atender pessoas em casa e se diz pai ou mãe no santo e a pedir, sugestionado pelos obsessores,
os elementos que irão satisfazer as necessidades deles, e não vê nada de mal em cobrar também pelo trabalho que irá executar.
Afinal ele também tem as suas próprias necessidades (jóias, carro novo, casa, etc), mas ter um emprego onde ganhe
o seu sustento que é bom, nem pensar, pois não teria tempo para se dedicar com afinco ao serviço ao
astral inferior (aliás uma das primeiras exigências dele).
A pessoa que foi pedir, poderá ou não receber a “graça”, ou seja, a solução tão desejada, mas certamente
ela receberá algumas tantas companhias que turvarão ainda mais sua mente já tão conturbada e perturbada pela dor.
Neste caso em especial, não receber a “graça” é que é a verdadeira graça, pois pode ser um sinal de que a pessoa
não está tão envolvida assim com a espiritualidade inferior.
O segundo aspecto desta questão é quando envolvem o sagrado nome da Umbanda nestes trabalhos.
A Umbanda não se presta a este tipo de coisa.
Quem assim o diz está desviado de seu caminho.
A Umbanda trabalha justamente para combater o astral inferior e não compactua com obsessor, mas o orienta e doutrina,
ao contrário também do que muitos pensam.
Portanto quem cobra por seus "serviços mediúnicos" e compactua com esses pensamentos desviados, não é umbandista,
porque a Umbanda é a prática da caridade pela caridade, na busca da evolução.
No embate contra o astral inferior a primeira linha que é utilizada pela Umbanda é a linha de Exu e Pomba Gira,
porque são as entidades determinadas pelo Astral Superior para esse trabalho em função de suas características vibratórias,
sua enorme capacidade de manipulação energética e seu profundo conhecimento das armadilhas do astral inferior.
Exu trabalha para ascender às hostes superiores, ou seja, para um dia vir a ser um Caboclo ou Preto Velho,
portanto jamais irá se deixar seduzir por armadilhas que ele tão bem conhece.
Além do mais, Exu trabalha sob as ordens de espíritos superiores que são os enviados de Orixá.
Logo, por dedução simples e lógica não faz sentido a afirmação de que Exu faz tanto o mal quanto o bem,
que não sabe diferenciar um do outro; isso significaria inocência, coisa que está longe de ser uma das características de Exu;
além de significar que Exu seria um idiota, e não um espírito de luz, guardião e defensor.
Exu é passional? Sim, Exu é passional, mas não é bobo e muito menos violenta o livre arbítrio de ninguém,
portanto Exu não bate, não exige oferenda especial nenhuma, utiliza sim os elementos oferendados (padé e bebida alcoólica),
única e exclusivamente para manipular as energias volatilizadas para a consecução dos objetivos propostos pelo Astral Superior,
e o mesmo não propõe que o Exu beba através de seu médium, mas que manipule a essência dos elementos oferendados
em favor dos seus comandados, estes sim mais apegados as necessidades terrenas.
Eis o motivo de Exu ser tão mal compreendido.
Eis o motivo da Umbanda ser tão execrada.
As pessoas leigas e os médiuns desprovidos de esclarecimento e orientação, deixam-se levar por exemplos pouco louváveis
e acabam misturando as coisas.
O tempo que alguns médiuns perdem em querer aprender “fuxicos”, oferendas e agrados para os Orixás e etc,
deveriam usar para elevarem o seu próprio padrão vibratório e se tornarem dignos de se dizerem umbandistas.
Mas nada acontece por acaso, pois todas as vezes que a Umbanda é atacada ela ressurge, tal qual fênix,
das cinzas dos médiuns invigilantes, através da força dos que realmente amam a Umbanda.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Deus abençoe!


 

 

Ah! Se você pudesse ver a defesa que existe em seu favor…

Se você pudesse ver o exercito de anjos que te cerca…

Nem uma só palavra dedicaria em sua defesa.
Não é preciso.
Ah! Se lembrasse da Força do Bem, e cantasse pra vida, escolhesse alma limpa…
Não esperaria o mal, nem levantaria as armas que ferem e não vencem nada por aqui.

Ah! Se você sentisse a minha presença em todos os tempos…você saberia que nunca, você nunca está só.

Saberia que todas as promessas têm um dia, têm um modo, uma hora, está marcado e todas elas vão se cumprir.

Ah! Se lembra-se de mim… Não se esqueceria de sorrir, não largaria a esperança e o amor.


   Atenciosamente
 Afonso Perez Alen

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CD de Umbanda Gratuito de Rosana Pinheiro


Encaminho informações da irmã Rosana Pinheiro,
que oferece dois CDs de Umbanda gratuitos.



Queridos Irmãos de Fé,
Informo que meu segundo Cd de cantigas de Umbanda QUEM TEM FÉ RESPEITA EXU
está disponibilizado para todos os terreiros fazerem o download gratuito do
CD(musicas+capa+letras+etiqueta) e fazerem as cópias que quiserem para
comercializarem em suas casas, desta forma gerando renda para a manutenção
dos terreiros.
Que exu e todo o Povo de Rua ajudem com sua força, alegria e determinação a
todos que enobrecem a nossa querida Umbanda com o mais puro sentimento de
caridade!!!
Laroiê Exu!!!
O link do CD QUEM TEM FÉ RESPEITA EXU é o seguinte:
http://www.4shared.com/file/bz2_AxhV/CD_QUEM_TEM_F_RESPEITA_EXU.html
Bjs com axé!!
Da irmã de fé e amiga,
Rosana Pinheiro
----------------------------------
Também está disponibilizado da mesma forma o meu primeiro CD NA LINHA DE
UMBANDA com DOWNLOAD GRATUITO LIBERADO no link:
http://www.4shared.com/file/epKNSGqf/CD_NA_LINHA_DE_UMBANDA.html

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Festa


OXUMARÊ


(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás, publicado pela Editora Três)

PERFIL DO ORIXÁ

Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do Candomblé tradicional africano como a Umbanda. A confusão começa a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome do Orixá feminino Oxum, a senhora da água doce. Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no Candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada.São divindades distintas, inclusive quanto aos cultos e à origem.Em relação a Oxumarê, qualquer definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode nem dizer que seja um Orixá masculino ou feminino, pois ele é as duas coisas ao mesmo tempo; metade do ano é macho, a outra metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado a seus mitos e a seu arquétipo.
Essa dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo, etc...
Nos seis meses em que é uma divindade masculina, é representado pelo arco-íris que, segundo algumas lendas é a ponte que possibilita que as águas de Oxum sejam levadas ao castelo no céu de Xangô. Por essa lenda, é atribuído a Oxumarê o poder de regular as chuvas e as secas, já que, enquanto o arco-íris brilha, não pode chover. Ao mesmo tempo, a própria existência do arco-íris é a prova de que a água está sendo levada para os céus em forma de vapor, onde então se aglutinará em forma de nuvem, passará por nova transformação química recuperando o estado líquido e voltará à terra sob essa forma, recomeçando tudo de novo: a evaporação da água, novas nuvens, novas chuvas, etc..
Nos seis meses subseqüentes, o Orixá assume forma feminina e se aproxima de todos os opostos do que representou no semestre anterior. É então, uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para viver sempre junto ao chão, perdendo em transcendência e ganhando em materialismo. Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê encarna sua figura mais negativa, provocando tudo que é mau e perigoso.
Uma interpretação antropológica mais cuidadosa, porém, pode questionar a validade dessas lendas. Não podemos nos esquecer de que tanto na África, como especialmente no Brasil, a população negra, que trazia consigo todos esses mitos,foi continuamente assediada pela colonização branca. Uma das formas mais utilizadas por jesuítas para convencer os negros, era a repressão física, mas para alguns, não bastava o medo de apanhar. Eles queriam a crença verdadeira e, para isso, tentaram explicar e codificar a religião do Orixás segundo pontos de vista cristãos, adaptando divindades, introduzindo a noção de que os Orixás, seriam santos como os da Igreja Católica, etc... Essa busca objetiva do sincretismo sem dúvida foi esbarrar em Oxumarê e na cobra – e não há animal mais peçonhento, perigoso e pecador do que ela na mitologia católica (recordar os mitos de Adão e Eva, a maçã, a concepção de pecado original, etc...). Por isso, não seria difícil para um jesuíta que acreditasse sinceramente nos símbolos de sua visão teológica. Reconhecer na cobra mais um sinal da presença dos símbolos católicos na religião do Orixás e nele reconhecer uma figura que só poderia trazer o mal. Essa , pelo menos, é uma das interpretações feitas por pesquisadores que compararam diferentes versões dos mesmos mitos que não encontraram uma divisão absoluta entre bem / arco-íris (ou masculino) e mal / cobra (ou feminino). Na verdade, o que se pode abstrair de contradições como as que apresenta Oxumarê é que este é o Orixá do movimento, da ação, da eterna transformação, do contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana. É o Orixá da tese e da antítese. Por isso, seu domínio se estende a todos os movimentos regulares, que não podem parar, como a alternância entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo.
Conta-se sobre ele que, como cobra, pode ser bastante agressivo e violento, o que o leva a morder a própria cauda. Isso gera um movimento moto-contínuo pois, enquanto não largar o próprio rabo, não parará de girar, sem controle. Esse movimento representa a rotação da Terra, seu translado em torno do Sol, sempre repetitivo- todos os movimentos dos planetas e astros do universo, regulados pela força da gravidade e por princípios que fazem esses processos parecerem imutáveis, eternos, ou pelo menos muito duradouros se comparados com o tempo de vida médio da criatura humana sobre a terra, não só em termos de espécie, mas principalmente em termos da existência de uma só pessoa. Se essa ação terminasse de repente, o universo como o entendemos deixaria de existir, sendo substituído imediatamente pelo caos. Esse mesmo conceito justifica um preceito tradicional do Candomblé que diz que é necessário alimentar e cuidar de Oxumarê muito bem pois, se ele perder suas forças e morrer, a conseqüência será nada menos que o fim da vida no mundo.
Enquanto o arco-íris traz a boa notícia do fim da tempestade, da volta do sol, da possibilidade de movimentação livre e confortável, a cobra é particularmente perigosa para uma civilização das selvas, já que ela está em seuhábitat característico, podendo realizar rápidas incertas.
Outra fonte de indefinição a respeito do Orixá vem das contradições existentes em suas lendas no Brasil e na própria África. Oxumarê é uma divindade originária da cultura do Daomé, região centro-norte da África. Há séculos tal civilização foi dominada pelos iorubas, povo mais primitivo no sentido de organização social e visão religiosa, mas, em compensação, mais poderoso em termos de organização militar. Como aconteceu com Roma e Grécia, a dominação de uma sociedade menos rica em produções culturais ou no terreno da superestrutura em geral fizeram com que os mitos dos daomeanos não fossem apenas reprimidos, pelo contrário, os iorubas não tentaram impor sua cultura ao povo dominado. Ficaram na verdade impressionados com sua cosmologia e tentaram assimilá-la, principalmente nas figuras que não fossem formas semelhantes a divindades que também possuíssem. Oxumarê foi um desses casos. O princípio da dualidade dos iorubas fazia parte dos Orixás-crianças (Ibeji) – A dualidade que eles representam, porém, é mais próxima do comportamento contraditório e irresponsável em termos ético das crianças, ainda não reprimidas pela codificação social. Já a dualidade de Oxumarê é mais abrangente e até mesmo metafísica, pois representa os ciclos que não estão ao alcance do ser humano.
Oxumarê, Iroco, Omolu, Obaluaê e Nanã, os Orixás do Daomé mais conhecidos e cultuados, castigam quando dispostos ou provocados, mas raramente se arrependem e não possuem as falhas humanas, visíveis e humanizadoras das figura do panteão ioruba.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXUMARÊ

Como é comum a todas as divindades originárias do Daomé (cultura jeje) é relativamente difícil estabelecer um arquétipo específico de comportamento associado ao Orixá, já que ele é misterioso e cheio de sombras e mitos. Os filhos de Oxumarê são bem mais difíceis de serem reconhecidos dos os guerreiros filhos de Iansã, os calmos e sábios filhos de Oxalá e os maternais e familiares filhos de Iemanjá, por exemplo. Mesmo assim, algumas características básicas podem ser listadas. Há, porém, divergências em relação às suas características ao consultarmos autores diferente. Para o renomado pesquisador Pierre Verger, por exemplo, Oxumarê pode ser associado à riqueza: Oxumarê é o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos.Já Monique Augras, segundo sua visão a respeito dos filhos de Oxumarê, eles costumam possuir o dom da vidência. Quando vivia na terra, Oxumarê previa tudo, adivinhava o que ia acontecer, a tal ponto que não era mais possível viver. Os deuses então decidiram mantê-lo afastado dos homens, pois a clarividência total acaba transformando-se em maldição. A Seu pedido, Oxumarê obteve a autorização de descer na terra de três em três anos.
Verger acrescenta que Oxumarê está associado ao misterioso, a tudo que implica o conceito de determinação além dos poderes dos homens, do destino, enfim: É o senhor de tudo o que é alongado. O cordão umbilical, que está sob seu controle, é enterrado geralmente com a placenta,sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.
Assim, ao arquétipo de comportamento associado à figura desse Orixá complexo está a tendência à renovação, a compulsividade à mudança. Seus filhos estão entre aquelas pessoas que, de tempos em tempos, mudam tudo em sua vida: mudam de casa, de amigos, de emprego, como se ciclos se sucedessem sempre, obrigatoriamente, exigindo e provocando rompimento com o passado e iniciando diuturnamente a busca de um novo equilíbrio que deverá persistir até num novo momento de ruptura, desintegração e substituição. Mutabilidade, reinício é seu princípio básico, aproximando-o dos mitos ocidentais referentes ao planeta Plutão, o astro da morte, da destruição, da revolução como forma de renascimento e ressurreição.
Também são apontados nos filhos de Oxumarê certos traços de orgulho e de ostentação, algo que os aproxima do clichê do novo-rico, exibicionista, quando surge um grave problema para alguém de sua amizade, e que precisa efetivamente da sua ajuda. A androginia do Orixá, por vezes é estendida a seus filhos. Estes, segundo algumas correntes, seriam bissexuais em potencial, mas essa interpretação não é aceita universalmente.
Fisicamente, os filhos de Oxumarê tendem a se movimentar extremamente leve, pouco levantando os pés do chão. Têm em comum com a cobra a facilidade em serem silenciosos, armarem seus botes na vida sem que as pessoas em torno se apercebam disso e só atacando seus inimigos quando têm plena certeza da vitória, que a vítima está encurralada num território que não é o seu.

OXUMARÉ NA UMBANDA



Bem irmãos a postagem de hoje é sobre um Orixá pouco difundido na Umbanda, mas muito lembrado  no Candomblé, Oxumaré este Orixá é causa de muita controvérsia nos terreiros, muitos preferem nem lembra-lo por estes motivos, abaixo há uma singela descrição de suas características nas duas religiões.

No Candomblé, Orixá Oxumaré é visto ora como Orixá masculino, ora feminino, mas as variações nos mitos é comum, pois abarca vários cultos de vários lugares da Mãe África, mas o que é imutável é que Oxumaré no panteão africano descende de Nanã com Oxalá, é o irmão belo de Omulu, por isso é detentor de várias pendengas com este Orixá pois diz os mitos que Nanã escondia Omulu com palha e mostrava somente Oxumaré por ser o seu filho mais belo, até mesmo dentre todos Orixás Oxumaré é lembrado como o mais belo deles. é irmãos também e Ewuá outra Orixá senhora dos mortos dividindo o patronato com Iansã a quarta irmã, mas sua ligação direta é com a quinta irmã que é Oxum, filho de Nanã e Oxalá é também Ossaim outro Orixá que ora é feminino e ora é masculino pelas variações nas mitologias. Sua representação é o Arco-íris também sincretizado com a cobra outro fato curioso é que seus filhos usam guias de metal ou ferro. A nação Jeje tem Oxumaré como o Rei de sua nação.

Na Umbanda poucos terreiros lembram deste Orixá como Ossaim, são Orixás lembrados só em trabalhos específicos, por exemplo alguns terreiros não cultuam Ossaim, mas quando há algum rito onde se prepara ervas e plantas pede-se maleme a este Orixá. Com Oxumaré também é assim poucos terreiros lembram deste Orixá, na Umbanda seu sincretismo é com São Bartolomeu, seu dia consagrado é 26 de Agosto, seu símbolo é a cobra de ferro, dentro das linhas sagradas da Umbanda Oxumaré seria o responsável pela corrente negativa de mamãe Oxum, isto é, é o senhor dos Exus e Pomba-Giras de Oxum, dentro da Umbanda suas entidades mais conhecidas é realmente Exu mas há caboclos, crianças, pretos-velhos e baianos, Seu comandante principal na corrente negativa (esquerda) é o Guardião Exumaré, Exu Cobra, Exu Cobra Preta, Exu Sete-Cobras. Os caboclos conhecidos que ligam com este Orixá são: Caboclo Urutinga, Cobra Coral, Urungurussú, Caboclo Arco-íris, Caboclo Urutata. Esses caboclos são grandes mandingueiros e são tidos como feiticeiros, por Oxumaré não ser lembrado errôneamente os terreiros dizem essas entidades serem ligadas a Xangô,  O chefe na linhas das almas de Oxumaré é Pai Bartolomeu, Pai Felipe, Oxumaré é lembrado na Umbanda também como senhor da riqueza, Senhor da Chuva também. Oxumaré mesmo fazendo parte da Linha de Mamãe Oxum, não devemos confundi-lo com este Orixá, suas energias são co-irmãs mas são distintas.

Que Oxalá nos ilumine sempre


Saravá  .'.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Igreja Universal é condenada por agredir fiel epilético confundido com "possessão demoníaca"


Rogério Barbosa
Do UOL, em São Paulo
O TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) condenou a Igreja Universal a pagar R$ 10 mil de indenização a Alcione Saturnino dos Santos, que, de acordo com a sentença, foi agredido por pastores enquanto sofria um ataque epilético.
Em seu depoimento à Justiça, Saturnino contou que os religiosos diziam que ele estava "possuído pelos espíritos das trevas" enquanto o agrediam. O caso ocorreu em 2001, na cidade de Sumaré (120 km de São Paulo). 
Saturnino relata que durante um culto começou a sentir-se mal, momento em que avisou os pastores e foi até o fundo do templo para tomar remédios. Segundo a defesa do fiel, foi nesse momento em que os pastores teriam agredido Saturnino com socos e falado que ele estava possuído.
Em primeira instância, a Justiça condenou a Igreja Universal, que não se defendeu das acusações dentro do prazo estipulado. A Igreja Universal recorreu da decisão alegando cerceamento de defesa.
Os desembargadores do TJSP, porém, foram unânimes ao manter a condenação por entender que não houve nenhum impedimento de defesa, já que, uma vez intimada, foi a igreja que não se defendeu dentro do prazo legal.
Procurada por meio da assessoria de imprensa, até a conclusão deste texto a Igreja Universal não havia se manifestado sobre a decisão do TJSP.
O acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo é datado de 14 de agosto de 2012. A decisão ainda não foi publicada no Diário Oficial, e ainda cabe recurso.
A íntegra da decisão está disponível no link http://esaj.tjsp.jus.br/cpo/sg/show.do?processo.codigo=RMZ00LA9212KX# .
Alguns textos, poemas e fotos foram retirados de variados
sites, caso alguem reconheça algo como sua criação e não
tenha sido dado os devidos créditos entre em contato.
''A intenção deste blog não é de plágio, mas sim de espalhar conhecimento..."
Joaozinho

paijoaozinho@terreirodavobenedita.com