Horários De Atendimento

Segundas - 20 Hs - Mãe Claudete e Pai Joãozinho.
Quartas - 20 Hs - Mãe Marta e Pai Ney.
Sextas --- 20 Hs - Mãe Sueli e Pai Joãozinho.
Sábados - 19 Hs - Mãe Sueli e Pai Joãozinho.


Endereço - Rua Meciaçu 145 Vila Ipê - Campinas SP.

terça-feira, 28 de julho de 2009

O QUE É MEDIUNIDADE

Faculdade que dota o homem de sensibilidade permitindo a percepção e interação com o mundo espiritual. Conforme sua intensidade viabiliza a plena comunicação entre os dois ambientes.
Faculdade natural inerente do corpo orgânico considerada como outro sentido psíquico.
O MEDIUM
Ser dotado de faculdade que o permite interagir entre os ambientes espirituais e materiais possibilitando agir como intermediário entre as comunicações.
Quando apresenta-se marcante e forte diz-se que o médium é ostensivo. Quando sutil e rudimentar, de fenômenos esparços e esporádicos de pouca intensidade, diz-se que o médium tem mediunidade oculta. Este último tipo corresponde a todos os homens.
O primeiro tipo refere-se aquelas pessoas que têm a capacidade de utilizar a mediunidade para trabalhar em mesas mediúnicas e utilizar seu potencial para ajudar e beneficiar a todos os que necessitem.
FENÔMENOS MEDIUNICOS – INTELIGENTES
Classificação Básica
Os fenômenos mediúnicos são marcantes quanto ao efeito que produzem. Podem ser classificados em categorias de acordo com o tipo de efeito (resultado) provocado pelo fenômeno. De modo geral, duas são as categorias quanto ao efeito: Efeitos Inteligentes e Efeitos Físicos
Efeitos Inteligentes
Os fenômenos de Efeitos Inteligentes são aqueles que têm sua atuação diretamente sobre o intelecto do médium ou são percebidos pelo cérebro por vias das sensações. Os efeitos são sentidos pelo médium.
Por esta razão também são classificados em: Intelectuais e Sensitivos, conforme a ação do efeito.
Intelectuais
Intuição
Psicofonia
Psicografia
Desdobramento
Sensitivos
Vidência
Audiência
Sensitividade
Efeitos Físicos
Os fenômenos classificados como de Efeitos Físicos são aqueles cujas ações são dirigidas para o ambiente material ou as coisas materiais. Os efeitos dessa mediunidade são percebidos por qualquer pessoa que os possa presenciar. Podem ser efetivadas por movimento de objetos, pancadas, sons, materializações, curas e etc.
Exemplos:
Sons
Luzes
Odores
Movimentos de objetos
Curas
Materializações
Transfigurações
Psicofonia
A psicofonia está presente na grande maioria dos médiuns sendo identificada em 80% dos casos.
Informalmente é denominada de Mediunidade de "Incorporação".
- Essa denominação foi adotada devido à impressão provocada pelo comportamento dos médiuns quando em transe mediúnico de psicofonia.
- Como muitas vezes o Espírito comunicante assume sua personalidade por fala e gestos, se tem a impressão que o Espírito comunicante "entrou" no corpo do médium e, por isso, surgiu naturalmente o termo incorporação.
Sua ocorrência se dá através da exteriorização do perispírito do médium. Permite que o Espírito comunicante tenha acesso(via perispírito) aos centros nervosos de controle de algumas funções orgânicas do médium, tais como: a fala, o movimento de membros e outros mecanismos motores do corpo. Conforme o grau de exteriorização do perispírito, ocorrerá o maior ou menor controle dos centros nervosos do corpo do médium.
Graus
Consciente
- Ocorre em 50% dos casos- Médium tem consciência do que será dito antes de falar- Após o transe, o médium recorda tudo o que disse- Há fraca exteriorização do perispírito
Semi-consciente
- Ocorre em 28% dos casos- Médium tem consciência do que será dito durante a fala- Após o transe, o médium recorda parte do que disse- Há exteriorização parcial do perispírito
Inconsciente
- Ocorre em 2% dos casos- Médium não tem consciência do que ocorre- Após o transe, o médium raramente recorda de algo que disse ou fez- Há grande exteriorização do perispírito- O Espírito Comunicante atua diretamente sobre os centros nervosos de controle do corpo do médium
Psicografia
Mediunidade na qual os Espíritos Comunicantes atuam sobre os médiuns levando-os a escrever. Estes médiuns também são denominados de Médiuns Escreventes
É um fenômeno importante porque as mensagens ficam permanentes e escritas originalmente como foram transmitidas. No caso da Psicofonia, a recuperação das mensagens dependerá da memória e da interpretação daqueles que escutaram a mensagem falada pelo Espírito. Já na Psicografia, o Espírito escreve a sua mensagem deixando-a na forma original como foi concebida.
Classifica-se quanto ao modo de execução em:
Mecânica
- Tipo muito raro- O Espírito Comunicante atua diretamente sobre a mão do médium- Muito rápida e mantém a forma e a caligrafia personalizadas- Médium não sabe o que se escreve, somente após ler o que está escrito é que toma conhecimento do teor da mensagem
Semi-mecânica
- Mais comum- Espírito comunicante tem domínio parcial do braço e mão do médium- Médium tem consciência do que escreve a medida que as palavras vão sendo escritas
Intuitiva
- Tipo de mediunidade escrevente muito comum- O Espírito interage com a alma do médium transmitindo mentalmente as suas idéias- O médium capta as idéias e serve como um intérprete- Tem conhecimento do que será transmitido antes de escrever
Vidência e Clarividência
Vidência
Refere-se a mediunidade que possibilita a visualização das coisas e ambientes do mundo espiritual. O méduim vidente vê os Espíritos, os ambientes e, às vezes, cenas de momentos futuros ou passados.
A visão se dá através do Espírito e não com os olhos, daí a compreensão do fato que os videntes "enxergam" o mundo espiritual mesmo com os olhos fechados.
Clarividência
Capacidade Anímica(não é mediunidade) que permite enxergar coisas, cenas, pessoas e etc, do mundo material que estão distantes ou através de objetos opacos. Essa visão abrange cenas e objetos que os olhos físicos não podem alcançar.
É uma faculdade do próprio Espírito encarnado (Anímica) que não depende de influência mediúnica. Ocorre pela emancipação da alma (desdobramento ou expansão do perispírito encarnado).
É também denomindao de "segunda visão".
Audiência e Clariaudiência
Audiência
Faculdade que permite ao médium escutar no campo fluídico os sons produzidos no ambiente espiritual.
Interna
O Espírito transmite ao médium por telepatia. Tem-se a impressão de estar escutando "dentro do cérebro".
Externa
O Espírito atua sobre a atmosfera fluídica produzindo o efeito de som que será percebido pelo aparelho auditivo do méduim.
Clariaudiência
Faculdade anímica (não é mediunidade) que possibilita ouvir sons materiais que ocorrem fora do alcance da audição biológica.
Pode-se escutar a grandes distâncias ou através de obstáculos.
É uma capacidade do espírito encarnado (Anímica). Ocorre pela emancipação da alma alcançando até aonde o campo fluídico do perispírito encarnado possa atingir.
Sensitividade
Faculdade mediúnica da parcepção do nível vibratório do campo fluídico.
Através dessa faculdade o médiun "sente" o tipo de vibração existente em um ambiente ou presente em pessoas ou coisas.
A sensibilidade do médium ultrapassa a capacidade física e passa a perceber também o campo fluídico do ambiente e interpretar as sensações classificando-as.FENÔMENOS MEDIUNICOS – FÍSICOS
Os fenômenos classificados como de Efeitos Físicos são aqueles cujas ações são dirigidas para o ambiente material ou as coisas materiais.
Os efeitos dessa mediunidade são percebidos por qualquer pessoa que os possa presenciar. As ações desenvovidas pelos efeitos dessa mediunidade afetam o ambiente material e, por isso, são denominados de Efeitos Físicos.
Fluidos
Os Espíritos agem sobre os fluidos, intencionalmente ou não, conforme o esclarecimento e a evolução.
Podem aglomerar, dirigir, modificar e até combinar entre sí para obter resultados ou conferir-lhes propriedades.
É assim que no campo espiritual as "coisas" são plasmadas (formadas).
As formações fluídicas são geradas pelo pensamento e dependem da capacidade de cada um ter mais ou menos potencialidade de criar formas através da manipulação de fluidos.
Efeitos Físicos
Os fenômenos de efeitos físicos resultam da ação dos Espíritos sobre os fluidos até chegar a produzir resultados perceptíveis no mundo material
Para que isso ocorra é necessária a presença de um componente especial denominado de ECTOPLASMA.
O Ectoplasma é uma substância que se acredita que seja força nervosa e tem propriedades de interagir com o mundo físico.
Chama-se de Médium de Efeito Físico aquele que tem a faculdade que permite ceder Ectoplasma em quantidade suficiente para possibilitar aos Espíritos o seu uso em combinação com outros fluidos (os do Espírito e do ambiente) visando produzir ações e resultados sobre o mundo material.
O Ectoplasma flui para fora do corpo pelos orifícios naturais do organismo humano (nariz, ouvidos, boca, etc...).
O Efeito físico é o resultado da combinação dos fluidos do Espírito, com o Ectoplasma do Méduim e os fluidos do ambiente. Com esses três elementos o Espírito gera o fenômeno e o anima e controla pelo pensamento.
Curas
As doenças do corpo físico tem origem e reflexos também no corpo perispíritico. Muitas vezes os excessos configuram desequilíbrio do perispírito e, por conseqüência, desajustam o corpo físico e favorecem o aparecimento de males e doenças.
Um períspírito saudável redundara’ num corpo físico saudável.
A cura pela ação fluídica se dá pela ação da conjugação de fluidos agindo sobre o períspírito e refletindo no equilíbrio do corpo físico.
O poder da cura está na razão direta:
Da pureza dos fluidos produzido
Fé e vontade de fazer o bem e desejar a cura
Ação do pensamento, direcionando os fluidos para o fim desejado
Porém a mediunidade de cura se dá pela energia e instantaneidade da ação curadora. O médium de cura age pelo contato com o enfermo.
Os Espíritos combinam os fluidos e por ação magnética atuam diretamente sobre a parte do corpo perispiritual e físico que encontra-se desequilibrada.
Levitação
Configura-se pelo levantamento de pessoas ou coisas no ar sem uma ação direta.
O fenômeno se dá pela combinação do ectoplasma do médium com os fluidos do Espírito através da saturação fluídica do objeto consegue pela ação do pensamento comandar magneticamente os movimentos.
Transporte
Deslocamento físico de objetos de outra região para outra. Ocorre por força de intensa combinação fluídica dos Espíritos e do médium.
Pneumatofonia
Também chamado de VOZ DIRETA. O Espírito comunicante utiliza o Ectoplasma do Médium em combinação com os fluidos ambientais para moldar (Plasmar) um aparelho fonador humano("gargantas fluídicas") e através da ação do pensamento sobre a matéria plasmada movimentar o aparelho e produzir sons audíveis por todos os presentes. O fenômeno é físico e a voz gerada é efetivamente onda sonora audível por qualquer ouvido material perfeito.
Pneumatografia
Também denominado de ESCRITA DIRETA. É a escrita produzida pelo Espírito diretamente no plano material, não deve ser confundida com a Psicografia. A escrita direta é feita através do efeito físico do Espírito que utilizando ectoplasma do médium em combinação com os fluidos ambientais passa a animar canetas, lápis, giz, etc.. e escrever com esses objetos utilizando o pensamento para comnandá-los.
Transfiguração
Mudança do aspecto de um corpo vivo. Ocorre pela manipulação de fluidos e combinados com os perispírito em exteriorização produzindo formas divergentes das originais do corpo.
Materialização
Fenômeno pelo qual os Espíritos constroem algo material (objeto ou corpo) a partir da manipulação do ectoplasma em combinação com os fluidos do ambiente e do Espírito.
O Médium em transe fornece o Ectoplasma necessário para o fenômeno. Os Espíritos combinam este ectoplasma com os fluidos do ambiente e moldam as formas e os corpos desejados.
Durante o fenômeno o médium apresenta sensível perda de peso(matéria) e sensações de frio.
Ao final da manifestação o corpo materializado se disssolve e os seus elementos retornam aos corpos de origem.

MENSAGENS PARA REFLEXÃO
"O intercâmbio mediúnico é um acontecimento natural e o médium é um ser humano como qualquer outro.Todo o bem puro e nobre procede de Jesus-Cristo, nosso Mestre e Senhor.A mediunidade nunca será talento para ser enterrado no solo do comodismo.Prosseguir sem vacilações no consolo e no esclarecimento das almas, esquecendo espinheiros e pedras do vale humano, para conquistar a luz da imortalidade que fulgura nos cimos da vida."

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Que País é Este?


No longo do tempo não foram ape­nas os católicos que atacaram a Umban­da, pois os evangélicos já fazem isso há muito tempo. Jefferson Magno da Costa, da Assembléia de Deus, no seu livro Porque Deus condena o Espiritismo, de 1987, procura mostrar que é possível doutrinar espíritas, umbandistas e adeptos do Candomblé.

Na capa do livro podemos ler:
“Você está preparado para evange­lizar adeptos do Kardecismo, da Um­banda e Candomblé no maior país espí­rita do mundo, o Brasil? Você sabe como demonstrar que a evocação dos espí­ritos de pessoas falecidas, a reencar­nação, o jogo de búzios, a cartomancia, os horóscopos e as doutrinas espíritas são condenados por Deus? Se não sabe, este livro lhe ensinará”.

O pastor Geziel Gomes escreve no livro:

“Devemos reconhecer que temos si­do tomados de certa indiferença ante o enorme perigo que representa a disse­minação do Espiritismo no Brasil. Agora, no entanto, Deus nos permite ser muni­dos e municiados para uma batalha que se afigura extremamente árdua, mas de vitória garantida por Jesus Cristo. Este livro pode e deve ser recomendado para leitura devo­cio­nal, para estudo em classe, para aulas regulares de seminá­rios e colégios afins, bem como para classes bíblicas especialmente criadas pa­ra este propó­sito. Não nos basta sa­ber que Deus condena o Es­piritismo. É con­veniente expor as ra­zões. Este livro res­ponderá a inúmeras perguntas, com­ba­terá inú­meras here­sias, dirimirá inú­me­ras dú­vidas e ilumi­na­rá inúmeras men­tes. Tal será a sua missão”.

Podemos perceber a intolerância religiosa tão em moda nos dias de hoje.


É possível também constatar que o autor é um pesquisador como vemos no capítulo intitulado “Porque Deus con­dena a Umbanda e o Candomblé” onde aborda a origem da Umbanda:

“Os dirigentes umbandistas tem pro­curado apresentar essa manifestação do culto espírita em nosso país com uma fa­chada atra­ente, po­pular, reu­nindo tam­­bém ele­mentos do catoli­cismo Ro­ma­­no e do espiritis­mo karde­cista.
Segundo os um­­bandistas, o iní­cio da Umbanda tem uma data: 15 de no­vem­bro de 1908, atra­vés do médium Zélio Fernandino de Moraes (Israel Cys­neiros. Umbanda: poder e magia. Rio de Janeiro. 1983. p.100)”.
Ao longo do livro o autor mostra rela­tos de umbandistas descontentes com a religião e aponta como é possível dou­triná-los.
Diz ainda que é necessário que as igrejas evangélicas no Brasil or­gani­zem grupos específicos de evan­ge­lização de espíritas. É importante que entre os componentes desses grupos haja evan­gélicos convertidos do espiri­tis­mo kar­decista ou de qualquer uma das ten­dên­cias espíritas afro-brasi­lei­ras.

Não podemos esquecer que alguns des­ses milionários pastores da atuali­da­de foram umbandistas, por isso sa­bem como “doutrinar os Exus” nos seus cultos televisivos. Um deles distribuía fichas para consultas num conhecido terreiro em Itacuruçá.

Fico à disposição desses pastores para ser “doutrinado” ou para que dou­trinem Exus de verdade.


Vale a pena lembrar que em março de 2009, no Rio de Janeiro, Tupirani da Hora Lores, pastor da Igreja Geração Jesus Cristo, e o fiel Afonso Henrique Alves Lobato foram acusados dos crimes de intolerância religiosa, injúria qua­lificada e incitação ao crime e tiveram a prisão preventiva decretada em 19 de junho, pela juíza Maria Elisa Lubanco, da 20ª Vara Criminal. Entretanto, os dois foram soltos algumas semanas de­pois, após conseguirem um habeas cor­pus concedido pelo desembargador Luiz Felipe Haddad, da 6ª Câmara Criminal.


Afonso divulgou na internet, em mar­ço, um vídeo no qual faz ofensas às religiões afro-brasileiras, às polícias Civil e Militar e à imprensa. O vídeo foi publi­cado com o consentimento do pastor Tupirani. Nas imagens, Afonso afirma, entre outras coisas, que “todo pai de santo é homossexual” e que “centro espírita é lugar de invocação do diabo”. Eles foram os primeiros presos em todo o país com base no crime de intolerância religiosa, previsto na Lei 7.437, de 1985 — mais conhecida como Lei Caó. (Veja quadro).
Como diz Renato Russo: que pais é este? Que país é este onde criminosos, corruptos e intolerantes religiosos rece­bem hábeas corpus após afrontar a lei e seus semelhantes?

Umbandista: se você não que “ser dou­trinado” por esses seres inominá­veis, que tal começar a valorizar a sua religião e deixar os egos de lado para que unidos possamos mostrar que a Umbanda não é melhor nem pior do que as outras. Apenas uma legitima mani­festação de fé que nos foi trazida do Astral Superior pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, Zélio de Moraes e tantos outros abnegados trabalhadores a ser­viço da caridade.


O inciso 42 do artigo 5° da Constituição Federal prevê a prática do racismo como crime inafiançável. O autor desta lei - deputado Carlos Alberto Caó (PDT-RJ) - integrava, à época a Assembléia Nacional Constituinte de 1988. Carlos Alberto Caó destacou-se na luta em defesa dos direitos dos negros no Brasil. Como parlamentar, legislou a respeito da tipificação do crime de racismo, lei que leva o seu nome.





Características dos filhos de Nana


Os filhos de Nana são pessoas extremamente calmas, tão lentas no cumprimento de suas tarefas que chegam a irritar. Agem com benevolência, dignidade e gentileza. As pessoas de Nana parecem ter a eternidade à sua frente para acabar seus afazeres, gostam de crianças e educam-nas com excesso de doçura e mansidão, assim como as avós. São pessoas que no modo de agir e até fisicamente aparentam mais idade.
Podem apresentar precocemente problemas de idade, como tendência a viver no passado, de recordações, apresentar infecções reumáticas e problemas nas articulações em geral.
As pessoas de Nana podem ser teimosas e ranzinzas, daquelas que guardam por longo tempo um rancor ou adiam uma decisão. Porém agem com segurança e majestade. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões as mantêm sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
Embora se atribua a Nana um caráter implacável, seus filhos têm grande capacidade de perdoar, principalmente as pessoas que amam. São pessoas bondosas, decididas, simpáticas, mas principalmente respeitáveis, um comportamento digno da Grande Deusa do Daomé.

NANÃ


Dia da semana: Terça-feira.
Saudação: Saluba Nanã.
Cores: Roxo.
Sincretismo: Santa Ana comemorada em 26 de julho.
Símbolos: Vassoura e o Ibirí.
Onde recebe oferendas: Onde exista argila, barro.
Principais oferendas: Velas na cor lilás, pirão, paçoca de amendoim e sarapatel.
Bebida: Vinho.
Elemento: Argila, barro, terra.
Animais: Rã.
Comida: Pirão, jaca, sarapatel.
Domínio: Lugares com barro, pântanos.
Particularidade: É a responsável pela reencarnação, cuida do corpo dos mortos e recria a vida.
Características: Interessante, madura, séria, super protetora, ranzinza e vingativa.
Quizíla: Objetos feitos de metal.

MÃE NANÃ



A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada .

A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por dois elementos, que são: terra e água. Ela é de natureza cósmica pois seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E assim permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais.

Nanã forma com Obaluaiyê a sexta linha de Umbanda, que é a linha da Evolução. E enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar. Saibam que os orixás Obá e Omulu são regidos por magnetismos "terra pura", enquanto Nanã e Obaluaiyê são regidos por magnetismos mistos "terra-água". Obaluaiyê absorve essência telúrica e irradia energia elemental telúrica, mas também absorve energia elemental aquática, fraciona-a em essência aquática e a mistura à sua irradiação elemental telúrica, que se torna "úmida".

Já Nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo absorve essência aquática e a irradia como energia elemental aquática; absorve o elemento terra e, após fracioná-lo em essência, irradia-o junto com sua energia aquática.Estes dois orixás são únicos, pois atuam em pólos opostos de uma mesma linha de forças e, com processos inversos, regem a evolução dos seres. Enquanto Nanã decanta e adormece o espírito que irá reencarnar, Obaluaiyê o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético, já adormecido, até o tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado .

Este mistério divino que reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso amado pai Obaluaiyê, que é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro.

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.

Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

Nas "linhas da vida", encontramos os orixás atuando através dos sentidos e das energias. E cada um rege uma etapa da vida dos seres. Logo, quem quiser ser categórico sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar, porque onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos. E o que está visível nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida. Saibam que Nanã em seus aspectos positivos forma pares com todos os outros treze orixás, mas sem nunca perder suas qualidades "água-terra".Já em seus aspectos negativos, bem, como a Umbanda não lida com eles, que os comente quem lidar, certo?

OFERENDA
Velas brancas, roxas e rosa; champagne rosé, calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, tudo depositado à beira de um lago ou mangue. TRECHOS EXTRAÍDOS DO

LIVRO "O CÓDIGO DE UMBANDA" DE RUBENS SARACENI

terça-feira, 21 de julho de 2009

Paradoxo do Nosso Tempo


Nós bebemos demais, gastamos sem critérios.

Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver;

adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, deixar que elas te amem, não ter mêdo de amar pois elas não estarão aqui para sempre.

Lembre-se de dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo'
às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame...

Um beijo e um abraço curam a dor,quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua familia e as pessoas que te amam e estão ao seu lado, sempre.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Video muito Interessante

Programa conta história da brasileira que, com problemas na coluna, contraria os médicos e busca na umbanda a cura:
http://terratv.terra.com.br/Diversao/Documentarios/Discovery/Discovery-Curtas/4234-240300/Fator-Desconhecido-Umbanda.htm

Sandra Defante,

LETRAS DE PONTOS - BAIANOS


Baiano é povo bom,
Povo trabalhador,
Quem mexe com baiano,
Mexe com Nosso Senhor.

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Quando eu vim da Bahia,
Estrada eu não via, bis
Cada encruza que eu passava,
Uma vela eu acendia. bis

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“Coquim”, “Coquim” Baiano
Coquim lá da Bahia
Coquim venceu demanda
Com a Senhora da Guia

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Nossa Senhora da Lapa
Da Lapa de Bom Jesus
Baiano quebra a mandinga
Nos pés da Santa Cruz

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Na Bahia tem
Vou mandar buscar
Lampião de vidro, sá dona
Para clarear

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Lá na Bahia,
Ninguém pode com baiano,
Quebra coco,
Arrebenta sapucaia ,
Quebra coco,
Vamos todos saravar

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Bahia, oh África
Venha nos ajudar- bis
Força baiana
Força africana
Força divina vem cá
Vem cá

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O meu Senhor do Bonfim
Valei-me São Salvador
Vamos saravar nossa gente
Que o povo da Bahia chegou
Bahia , Bahia de São Salvador
Quem nunca foi à Bahia
Peça a Deus nosso Senhor
Zum zum zum
Vai sambar mais um
Zum zum zum
Vai tombar mais um
Vai tombar mais um – 4x
Vai tombar mais um
A dança não é brincadeira
Zum zum zum
É dança de capoeira
Quem entra na dança
Não pode cair deitado
Pra não passar vergonha
diante dos convidados

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Oh oh a Bahia me chamou – 4x
Louvei meu pai de santo
Sarava meu Pai Xangô
Oh oh oh
A Bahia me chamou
Vou pagar uma promessa
Ao meu Senhor do Bonfim
Vou pedir ao meu Pai Xangô
Que não se esqueça de mim
Oh oh oh oh
A Bahia me chamou
Bahiano de todos os santos
Do poeta e compositar
Bahia dos grandes vultos
Que a natureza criou
Oh, oh, oh oh

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Oh Bahia
Bahia de Nosso Senhor do Bonfim
Oh Bahia
Pede a Oxalá por mim
Baiana da saia rendada
Tabuleiro de acarajé
Baiana tá no terreiro
Sambando no candomblé


Trepa no coqueiro
Tira coco se quiser
Vou chamar a baianada
Prá dançar no candomblé

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Na Bahia tem um côco
Neste côco tem dendê
Na Bahia tem um côco
Me diga como é que se come este côco
Este côco é bom de comer

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Quando eu vim lá da Bahia
Eu trouxe meu patuá
Terreiro que tem mironga
Baiano vai mirongar

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Baiano Severino

Estrela Dalva estrela matutina
Oh Luz divina venha nos salvar – bis
Meu Jesus Cristo venha nos salvar
Vou saldar Seu Severino
Na falange de Oxalá

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Zé Baiano

Mas olha meu camarada,
Camarada meu,
Sou Zé Baiano,
Que chegou aqui agora,
Candomblé bato no Queto,
Umbanda bato na Angola.

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Estava no mato
Estava no mato
Oi tava bem escondinho
Estava no mato
Estava no mato
Num dendê abaixadinho

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Oi na Bahia corre água sem chover
Oi na Bahia corre água sem chover
Nos todos somos baianos
Agora que eu quero ver – bis
Oi na Bahia tem gente que sabe ler

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Bahia, Bahia,
Bahia de São Salvador,
Quem nunca foi a Bahia,
Peça Deus Nosso Senhor.

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Ê...Baiana
Ê, ê, ê baiana baianinha
Baiana Boa, gosta de samba
Entra na roda
E diz que é bamba
Apronta a viola
Que ela quer sambar
Ela gosta de samba
Ela quer trabalhar

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Meu galo preto do pé amarelo,
Canta meu galo e só faz o que quero,
No pico da meia noite,
Meu galo preto cantou,
Ele veio tirar despacho,
Que você pra mim mandou,
Na direita tenho Deus,
Porque nele tenho fé,
Na esquerda tenho o meu galo,
Que desmancha tudo com pé,
Meu golo preto do pé amarelo,
Canta meu galo e só faz o que quero,

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Tem areia oi, tem areia, tem areia oi, tem areia, tem areia
No fundo do mar tem areia
Lá na mata tem mironga
Eu quero ver
Lá na mata tem um povo
Esse povo tem dendè
Tem areia, oi
Tem areia
Tem areia no fundo do mar
Tem areia

Oi na Bahia tem gente que sabe ler
Também tem povo baiano
Que desmanha canjerê – bis

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Baiano que vem da Bahia
Vem beirando beira mar
Poe a conga no terreno
Oi deixa a conga serenar
Aue baiano baiano que balanceia
Aue baiano
Na serra da Mantiqueira – bis

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Se ele é baiano agora
Que eu quero ver
Dançar catira no azeite de dendê
Eu quero ver
Os baiano da Aruanda
Trabalhando na Umbanda
Pra quimbanda não vencer
Eu quero ver
Os baianos da Aruanda

Baiana da saia rendada
Seu tabuleiro tem axé
A Baiana tá requebrando
Oi quando dança no candomblé
Oh Bahia, Bahia de N. Sr. Do Bonfim
Oh, Bahia, pede a Oxalá por mim

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Demanda

Oi Vamos baianada
Pisar no catimbó
Amarrar os inimigos
Na pontinha do cipó


Esta casa tem 4 cantos
Cada canto tem seu santo
Onde mora o cálice bento
E o Divino Espírito Santo
Zum, zum, zum
Olha lá Jesus quem é
Eu juro por Deus e as almas
Inimigo cai e eu fico em pé
(O inimigo cai e eu fico em pé)

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Baiana faz e não manda
Nem tem medo de demanda - bis
Baiana feiticeira
Filha de Nagô
Trabalha com pó de pemba
Pra ajudar babalao - bis
Baiana sim, baiana vem
Quebra mandinga com dendê - bis

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Minha reza e forte
Ela é de coroa
Ela vem do Norte
É uma reza boa
A mandiga firmada
La no solo do sertão
É mandinga quebrada
Na ponta do meu facão
Na combuca assentada
No lado de dentro do portão
Passa amigo e camarada
Gente ruim não passa não
Vai te embora mau olhado
Ziquizira e amolação
Ta cortada a inveja, olho grande
E obcessão

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Subida de Baiano

Baiano é povo bom
Tem mironga no Conga - bis
Mandinga ele traz
Feitiço no samba
Samba baiano
Samba sinhá
Baiano vai embora levando todos os “már”

Agora pro seu morro vai subir
Meu Deus ele já vai embora
Conversa de malandro não tem fim
Boa Noite meu Senhor
Boa Noite minha senhora

Os Baianos


Os Baianos são muito comunicativos e muito brincalhões...
Formam esta linha espíritos de pessoas que viveram no Estado da Bahia, ou Estados do nordeste próximos à Bahia.

Os baianos trabalham na orientação material ou espiritual, desmancham trabalhos de magia negativa, nos ajudam no desenvolvimento mediúnico, nos assuntos e desavenças matrimoniais, nos assuntos profissionais, etc.

Os baianos são muito comunicativos e muito brincalhões, usam bebidas alcoólicas e cigarros em seus trabalhos (não fumam os cigarros, fazem defumações com eles).

O baiano depois de um determinado período de comparecimento aos trabalhos, transforma-se em verdadeiro amigo e confidente e neles depositamos imensa confiança.

A origem dos baianos é normalmente a Quimbanda e são grandes conhecedores do que por lá é praticado. Usam hoje esses conhecimentos no combate direto as forças do mal, desmancham feitiços, quebram demandas, etc.

Nunca andam sozinhos, o que os torna poderosos no combate ao mal.

Os baianos são poderosos aliados da Umbanda e grandes amigos de seguidores ou praticantes do culto. Eles ajudarão qualquer pessoa em tudo o que for permitido praticar em nome de Deus, eles estarão sempre ao seu lado, desde que você não tenha má índole.

Quando uma pessoa não é correta e os procura pedindo ajuda, vão ouvir deles o que não gostam de ouvir. Baiano não tem osso na língua, o que ele tiver que falar a uma pessoa, ele o fará, goste a pessoa ou não.

O objetivo dessa conduta é apenas um, ajudar aos homens a andar direito na vida. Baiano de terreiro, como é chamado, "não pactua com enganadores" ao menos os baianos verdadeiros agem dessa forma, não fazendo conchavos de qualquer espécie.

A linha dos baianos sempre foi para nós de um valor imenso, a amizade que sempre demonstraram, os puxões de orelha que sempre nos deram na hora certa, corrigindo nossos defeitos e nossa conduta e as provas que sempre nos deram, sempre aumentaram a nossa fé, enfim, aos baianos devemos muito.

Um baiano muito famoso é conhecido na Umbanda como Zé Pilintra, a quem é dado o mérito de ter iniciado essa famosa linha na Umbanda, pelo menos o Zé Pilintra é o baiano mais famoso em nosso meio, não existe quem não o conheça, ao menos de nome.

Muitos dizem que o Zé Pilintra é um exu, nós não acreditamos nisso, na realidade se alguém se apresenta como Zé Pilintra e pratica magia negativa, ele não é um baiano verdadeiro e sim, um exu mistificador.

Os baianos não fazem mal a ninguém, muito ao contrário, são amigos de todos, sejam bons ou maus. Entre eles, existe uma amizade muito grande, um é irmão do outro.

A linha dos baianos não é propriamente só dos baianos, os espíritos com conhecimentos de magia que viveram nos Estados do nordeste, também comparecem a linha dos baianos, embora não tenham vivido sempre na Bahia.

Como exemplo, há poucos anos foi trazido a um trabalho de baianos, pelo baiano chefe de nossa casa, uma entidade que se apresentou como Salustiano, nitidamente um espirito de evolução mais baixa, que informou ter sido um cangaceiro, nascido na cidade de Exu em Pernambuco.

Porém, essa entidade embora não seja um baiano de origem, trabalha no meio deles e deixou isso claro cantando o seguinte ponto:

O meu pai foi do tumbeiro

Eu me criei lá no cangaço

Na cidade de Exu

Terra que dá muito macho

Me chamo Salustiano

E eu sei bem o que faço

É na linha de baiano

Vim aqui corta embaraço


Essa é a prova que nem todo baiano que se apresenta como tal, viveu na Bahia, podem ser pernambucanos, alagoanos, cearenses, etc. Uma coisa só lhes é peculiar, todos eles quando encarnados eram praticantes da magia negativa. Hoje usam esses conhecimentos para combater o mal, valendo-se da inversão dos pólos. Consideramos a linha dos baianos, não somente uma linha de trabalhadores amigos e sim, uma das linhas mais fortes que existe na Umbanda. Não conhecemos feitiço que não desmanchassem, não constatamos situação que não resolvessem.

A gira de Baianos



"Meu santo é forte,Caboclo do Norte,
Que só faz o bem,Só quer ajudar,
Não faz mal a ninguém,
É flecha encarnada,mãe santa me deu..."
Caboclo do Norte, a gira de Baianos nada mais é do que a alegria de um povo que foi e é sofrido mas que não perde a esperança por possuir uma fé inabalável e uma experiência em lidar com problemas que fazem os nossos parecerem brincadeira.
Como encarar a vida e seus problemas com entusiasmo e alegria?

Pergunte a uma entidade da Gira de Baianos.
Sem a menor dúvida, a gira mais festiva e alegre da Umbanda.
Desprendida, descomplicada, um alto astral e uma vontade imensa de resolver as "coisas do coração" , verdadeiro obstáculo do ser humano.
Porque é nas coisas do coração que se encontram as soluções para todos os outros problemas.
Cansei de presenciar estas magníficas entidades desviarem assuntos relacionados a trabalho, dinheiro, ou qualquer outro problema para perguntar sobre as coisas do coração, no livro "Carma" enfatizo esse comportamento curioso, pois o impressionante é que realmente estes problemas existiam e eram o que realmente estava atrapalhando.

Sanado estes problemas de relacionamento, os demais acabavam como que por mágica.
Água de coco, batida de coco, uma "branquinha", e a tradicional farofa, com acarajé, um peixe, ou qualquer coisa que só de sentir o cheiro nos remete a mágica Bahia de todos os santos.

É pra lá que eu vou!!.

Um convite a renascer para a alegria da vida, esta é a gira dos Baianos na Umbanda.
Ah, Bahia!!
!

sábado, 11 de julho de 2009

“Há abusos em nome de Deus”

Olá a todos,
Gostaria de chamar a atenção para a entrevista abaixo.
A Razão é que as situações descritas em outro ambiente religioso vão ao encontro de uma mesma problemática que pode ser, muito facilmente, identificada na Umbanda.
Acredito que estes abusos não são exclusividade de "uma igreja" e sim algo que vem acontecendo em meio a muitos templos religiosos de várias denominações, inclusive no meio espiritualista.
A sociedade é quem está doente e manifestando livremente suas patologias.

Procuramos gurus para resolver nossos problemas e desta forma entregamos nossas vidas nas mãos de outras pessoas, em nome de Deus.
Esquecemos de que:
"Livre arbítrio é Sagrado e Intransferível"

É muito comum conversarmos com lideres religiosos como se estivéssemos na presença de Deus, personificado no outro. Nos eximimos de nossas responsabilidades e passamos a ter em quem colocar a culpa. Caso algo dê errado em nossas vidas, se acontecer um desastre já temos a solução trocamos de religião ou templo pois a culpa de tudo o que acontece de errado em nossas vidas não é nossa nem de nossos atos, a culpa é do outro que nos orientou mal.
Acredito que se uns abusam dos outros, todos tem sua parcela de responsabilidade, afinal ninguém tem este poder sobre minha vida se eu mesmo não conferi-lo...
Ainda não tive oportunidade de ler este livro,
no entanto creio que a entrevista, abaixo, fala por si...

Jornalista relata os danos do assédio espiritual cometido por líderes evangélicos
Kátia Mello
A igreja evangélica está doente e precisa de uma reforma. Os pastores se tornaram intermediários entre Deus e os homens e cometem abusos emocionais apoiados em textos bíblicos. Essas são algumas das afirmações polêmicas da jornalista Marília de Camargo César em seu livro de estreia, Feridos em nome de Deus (editora Mundo Cristão), que será lançado no dia 30. Marília é evangélica e resolveu escrever depois de testemunhar algumas experiências religiosas com amigos de sua antiga congregação.
ENTREVISTA - MARÍLIA DE CAMARGO CÉSAR

QUEM É
Marília de Camargo César, 44 anos, jornalista, casada, duas filhas
O QUE FEZ
Editora assistente do jornal O Valor, formada pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero
O QUE PUBLICOU
Seu livro de estreia é Feridos em nome de Deus (editora Mundo Cristão)

ÉPOCA – Por que você resolveu abordar esse tema?
Marília de Camargo César – Eu parti de uma experiência pessoal, de uma igreja que frequentei durante dez anos. Eu não fui ferida por nenhum pastor, e esse livro não é nenhuma tentativa de um ato heroico, de denúncia. É um alerta, porque eu vi o estado em que ficaram meus amigos que conviviam com certa liderança. Isso me incomodou muito e eu queria entender o que tinha dado errado. Não quero que haja generalizações, porque há bons pastores e boas igrejas. Mas as pessoas que se envolvem em experiências de abusos religiosos ficam marcadas profundamente.

ÉPOCA – Qual foi a história que mais a impressionou?
Marília – Uma das histórias que mais me tocaram foi a de uma jovem que tem uma doença degenerativa grave. Em uma igreja, ela ouviu que estava curada e que, caso se sentisse doente, era porque não tinha fé suficiente em Deus. Essa moça largou os remédios que eram importantíssimos no tratamento para retardar os efeitos da miastenia grave (doença autoimune que acarreta fraqueza muscular). O médico dela ficou muito bravo, mas ela peitou o médico e chegou a perder os movimentos das pernas. Ela só melhorou depois de fazer terapia. Entendeu que não precisava se livrar da doença para ser uma boa pessoa.

ÉPOCA – Que tipo de experiência você considera como abuso religioso e que marcas são essas?Marília – Meu livro é sobre abusos emocionais que acontecem na esteira do crescimento acelerado da população de evangélicos no Brasil. É a intromissão radical do pastor na vida das pessoas. Um exemplo: uma missionária que apanha do marido sistematicamente e vai parar no hospital. Quando ela procura um pastor para se aconselhar, ele fala assim para ela: “Minha filha, você deve estar fazendo alguma coisa errada, é por isso que o teu marido está se sentindo diminuído e por isso ele está te batendo. Você tem de se submeter a ele, porque biblicamente a mulher tem de se submeter ao cabeça da casa. Então, essa mulher, que está com a autoestima lá embaixo, que apanha do marido - inclusive pelo Código Civil Brasileiro ele teria de ser punido - pede um conselho pastoral e o pastor acaba pisando mais nela ainda. E ele usa a Bíblia para isso. Esse é um tipo de abuso que não está apenas na igreja pentecostal ou neopentecostal, como dizem. É um caso da Igreja Batista, em que, teoricamente, os protestantes históricos têm uma reputação melhor.

ÉPOCA – Seu livro questiona a autoridade pastoral. Por quê?
Marília – As igrejas que estão surgindo, as neopentecostais, e não as históricas, como a presbiteriana, a batista, a metodista, que pregam a teologia da prosperidade, estão retomando a figura do “ungido de Deus”. É a figura do profeta, do sacerdote, que existia no Antigo Testamento. No Novo Testamento, não existe mais isto. Jesus Cristo é o único mediador. Então o pastor dessas igrejas mais novas está se tornando o mediador. Para todos os detalhes da sua vida, você precisa dele. Se você recebeu uma oferta de emprego, o pastor pode dizer se deve ou não aceitá-la. Se estiver paquerando alguém, vai dizer se deve ou não namorar aquela pessoa. O pastor, em vez de ensinar a desenvolver a espiritualidade, determina se aquele homem ou aquela mulher é a pessoa da sua vida. E o pastor está gostando de mandar na vida dos outros, uma atitude que abre um terreno amplo para o abuso.

ÉPOCA – Você também fala que não é só culpa do pastor.
Marília – Assim como existe a onipotência pastoral, existe a infantilidade emocional do rebanho, que é o que o Sérgio Franco, um dos pastores psicanalistas entrevistados no livro, fala. A grande crítica do Freud em relação à religião era essa. Ele dizia que a religião infantiliza as pessoas, porque você está sempre transferindo as suas decisões de adulto - que são difíceis - e a figura do sagrado, no caso aqui o líder religioso, para a figura do pai ou da mãe - o pastor, a pastora. É a tendência do ser humano em transferir responsabilidade. O pastor virou um oráculo. É mais fácil ter alguém, um bode expiatório, para pôr a culpa nas decisões erradas tomadas.
“O pastor está gostando de mandar na vida dos outrose receber presentes. Isso abre espaço para os abusos”

ÉPOCA – Quais são os grandes males espirituais que você testemunhou?
Marília – Eu vi casamentos se desfazer, porque se mantinham em bases ilusórias. Vi também pessoas dizendo que fazer terapia é coisa do Diabo. Há pastores contra a terapia que afirmam que ela fortalece a alma e a alma tem de ser fraca; o espírito é que tem que ser forte. E dizem isso supostamente apoiados em textos bíblicos. Dizem que as emoções têm de ser abafadas e apenas o espírito ser fortalecido. E o que acontece com uma teologia dessas? Psicoses potenciais na vida das pessoas que ficam abafando as emoções. As pessoas que aprenderam essa teologia e não tiveram senso crítico para combatê-la ficaram muito mal. Conheci um rapaz com muitos problemas de depressão e de autoestima que encontrou na igreja um ambiente acolhedor. Ele dizia ter ressuscitado emocionalmente. Só que com o passar dos anos, o pastor se apoderou dele. Mas ele começou a perceber que esse pastor é gente, que gosta de ganhar presentes e que usa a Bíblia para se justificar. Uma das histórias que mais me tocou foi a de uma jovem que tem uma doença degenerativa grave. Ela foi para uma dessas igrejas e ouviu que se estivesse sentindo ainda doente era porque não tinha fé suficiente em Deus. Essa moça largou os remédios que eram importantíssimos no tratamento para retardar os efeitos da miastenia grave (doença auto-imune que acarreta fraqueza muscular). O médico dela ficou muito bravo e não a autorizou. Mesmo assim, ela peitou o médico e chegou a perder os movimentos das pernas. Ela só melhorou depois de fazer terapia. Ela entendeu que não precisava se livrar da doença para ser uma boa pessoa.

ÉPOCA – Por que demora tanto tempo para a pessoa perceber que está sendo vítima?
Marília – Os abusos não acontecem da noite para o dia. A pessoa que está sendo discipulada, que aprende com o pastor o que a Bíblia diz, desenvolve esse relacionamento aos poucos. No primeiro momento, ela idealiza a figura do líder, como alguém maduro, bem preparado. É aquilo que fazemos quando estamos apaixonados: não vemos os defeitos. O fiel vê esse líder como um intermediário, como um representante de Deus que tem recados para a vida dele, um guru. E o pastor vai ganhando a confiança dele num crescendo, como numa amizade. Esse líder, que acredita que Deus o usa para mandar recados para sua congregação, passa a ser uma referência na vida do fiel. O fiel, pro sua vez, sente uma grande gratidão por aquele que o ajudou a mudar sua vida para melhor. Ele se sente devedor do pastor e começa, então, a dar presentes. O fiel quer abençoar o líder porque largou as drogas, ou parou de beber, ou parou de bater na mulher, ou porque arrumou um emprego e está andando na linha. E começa a dar presentes de acordo com suas posses. Se for um grande empresário, ele dá um carro importado para o pastor. Isso eu vi acontecer várias vezes. O pastor, por sua vez, gosta de receber esses presentes. É quando a relação se contamina, se torna promíscua. E o pastor usa a Bíblia para dizer que esse ato é bíblico. O poder está no uso da Bíblia para legitimar essas práticas.

ÉPOCA – Qual é o limite da autoridade pastoral?
Marília – O pastor tem o direito de mostrar na Bíblia o que ela diz sobre certo tema. Como um bom amigo, ele tem o direito de dar um conselho. Mas ele tem de deixar claro que aquilo é apenas um conselho. Pode até falar que o resultado disso ou daquilo pode ser ruim para a vida do fiel. Mas ele não pode mandar a pessoa fazer algo em nome de Deus. O que mais fere as pessoas é ouvir uma ordem em nome de Deus. Se é Deus, então prova! Se Deus fala para o pastor, por que Ele não fala para o fiel? Eles estão sendo extremamente autoritários.

ÉPOCA – Você afirma que muitos dos pastores não agem por má-fé, mas por uma visão messiânica. Explique.
Marília – É uma visão messiânica para com seu rebanho. Lutero (teólogo alemão responsável pela reforma protestante no século XVI) deve estar dando voltas na tumba. Porque o pastor evangélico virou um papa que é a figura mais criticada no catolicismo, o inerrante. E não existe essa figura, porque somos todos errantes, seres faltantes, como já dizia Freud. Pastor é gente. E é esse pastor messiânico que está crescendo no evangelismo. Existe uma ruptura entre o Antigo e o Novo Testamento, que é a cruz. A reforma de Lutero veio para acabar com a figura intermediária e a partir dela veio a doutrina do sacerdócio universal. Todos têm acesso a Deus. Uma das fontes do livro disse que precisamos de uma nova reforma e eu concordo com ela. Essa hierarquização da experiência religiosa, que o protestante tanto combateu no catolicismo, está se propagando. Você não pode mais ter a conversa direta com o divino. Porque tem aquela coisa da “oração forte” do pastor. Você acha que ele ora mais que você, que ele tem alguma vantagem espiritual e, se você gruda nele, pega uma lasquinha. Isso não existe. Somos todos iguais perante Deus.
ÉPOCA – Se a igreja for questionada em seus dogmas, ela não deixará de ser igreja?
Marília – Eu não acho isso. A igreja tem mesmo de ser questionada, inclusive há pensadores cristãos contemporâneos que questionam o modelo de igreja que estamos vivendo e as teologias distorcidas, como a teologia da prosperidade, que são predominantemente neopentecostais e ensinam essa grande barganha. Se você não der o dízimo, Deus vai mandar o gafanhoto. Simbolicamente falando, Ele vai te amaldiçoar. Hoje o fiel se relaciona com o Divino para as coisas darem certo. Ele não se relaciona pelo amor. Essa é uma das grandes distorções.

ÉPOCA – Por que você diz que existe uma questão cultural no abuso religioso?
Marília – Porque o brasileiro procura seus xamãs, e isso acontece em todas as religiões. O brasileiro é extremamente religioso. A ÉPOCA até publicou uma matéria sobre isso, dizendo que a maioria acredita em algo e se relaciona com isso, tentando desenvolver seu lado espiritual. O brasileiro gosta de ter seu oráculo. A pessoa que vem do catolicismo, onde há centenas de santos, e passa a ser evangélica transfere aquela prática e cultura do intermediário para o protestantismo, e muitas igrejas dão espaço para isso. O pastor Edir Macedo (da igreja Universal) trouxe vários elementos da umbanda, do candomblé, porque ele é convertido. Ele diz que o povo precisa desses elementos -que ele chama de pontos de contato - para ajudar a materializar a experiência religiosa. A Bíblia condena tudo isso.

ÉPOCA – No livro você dá alguns alertas para não cair no abuso religioso. Fale deles.
Marília – Desconfie de quem leva a glória para si. Um conselho é prestar atenção nas visões megalomaníacas. Uma das características de quem abusa é querer que a igreja se encaixe em suas visões, como quere ganhar o Brasil para Cristo e colocar metas para isso. E aquele que não se encaixar é um rebelde, um feiticeiro. Tome cuidado com esse homem. Outra estratégia é perguntar a si mesmo se tem medo do pastor ou se pode discordar dele. A pessoa que tem potencial para abusar não aceita que discorde dela, porque é autoritária. Outra situação é observar se o pastor gosta de dinheiro e ver os sinais de enriquecimento ilícito. São esses geralmente os que adoram ser abençoados e ganhar presentes. Cuidado com esse cara.
A fonte de origem deste texto está no site:
http://www.nucleodenoticias.com.br/2009/07/03/“ha-abusos-em-nome-de-deus”/

terça-feira, 7 de julho de 2009

UMBANDA, QUEM ÉS?


Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.

Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas.

Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.

Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Indu e o céu dos Orixás.

Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pomba-Gira e o doce do Ibejê.

Sou a gargalhada da Padilha, o reqebro da Cigana, a seriedade do Tranca-Rua.

Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga e de Cambinda; a traquinada de Mariazinha da Praia e a sabedoria de Urubatão.

Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a paz.

Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso.

Sou o Templo dos sinceros e o teatro dos atores.

Sou livre.

Não tenho Papas.

Sou determinada e forte.

Minhas forças?

Elas estão no homem que sofre e

Minhas forças estão nas entidades espirituais que me utilizam para seu crescimento.

Estão nos elementos.

Na água, na terra, no fogo e no ar; na pemba, na tuia, no mandala do ponto riscado.

Estão finalmente na tua crença, na tua Fé, que é o elemento mais importante na minha alquimia. Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo, na última partícula da tua mente, onde te ligas ao Criador.

Quem sou?

Sou a humildade, mas cresço quando combatida.

Sou a prece, a magia, o ensinamento milenar, sou cultura.

Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança.

Sou a cura.

Sou de ti.

Sou de Deus.

Sou Umbanda.

Só isso.

Sou Umbanda.

HINO DA UMBANDA


Refletiu a luz divina

Com todo seu esplendor

é do reino de Oxalá

Onde há paz e amor.

Luz que refletiu na terra

Luz que refletiu no mar

Luz que veio, de Aruanda

Para todos iluminar.

A Umbanda é paz e amor

É um mundo cheio de luz

É a força que nos dá vida

e a grandeza nos conduz.

Avante filhos de fé,

Como a nossa lei não há,

Levando ao mundo inteiro

A Bandeira de Oxalá !

Lições de Preto-velho


Cenário: reunião mediúnica num Centro Espírita. A reunião na sua fase teórica desenrola-se sob a explanação do Evangelho Segundo o Espiritismo. Os membros da seleta assistência ouvem a lição atentamente. Sobre a mesa, a água a ser fluidificada e o Evangelho aberto na lição nona do capítulo dez: "O Argueiro e a trave no olho".
Dr. Anestor, o dirigente dos trabalhos, tecia as últimas considerações a respeito da lição daquela noite. O ambiente estava impregnado das fortes impressões deixadas pelas palavras do Mestre: "Por que vês tu o argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu?". Findos os esclarecimentos, apagaram-se as luzes principais, para que se desse abertura à comunicação dos Espíritos.
Um dos presentes fez a prece e deu-se início às manifestações mediúnicas. Pequenas mensagens, de consolo e de apoio, foram dadas aos presentes. Quando se abriu o espaço destinado à comunicação das entidades não habituais e para os Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado: a médium Letícia, moça de educação esmerada, traços delicados, de quase trinta anos de idade, dez dos quais dedicados à educação da mediunidade, sentiu profundo arrepio percorrendo-lhe o corpo. Nunca, nas suas experiências de intercâmbio, tinha sentido coisa parecida. Tomada por uma sacudidela incontrolável, suspirou profundamente e, de forma instantânea, foi "dominada" por um Espírito. Letícia nunca tinha visto tal coisa: estava consciente, mas seus pensamentos mantinham-se sob o controle da entidade, que tinha completo domínio da sua psiquê.
O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prática espírita, deu-lhe as boas vindas, em nome de Jesus:
- Seja bem vindo, irmão, nesta Casa de Caridade, disse-lhe
Dr. Anestor.
O Espírito respondeu:
"Zi-boa noite, zi-fio. Suncê me dá licença pra eu me aproximá de seus trabaios, fio?".
- Claro, meu companheiro, nosso Centro Espírita está aberto a todos os que desejam progredir, respondeu o diretor dos trabalhos.
Os presentes perceberam que a entidade comunicante era um preto-velho, Espírito que habitualmente comunica-se em terreiros de Umbanda. A entidade comunicante continuou:
"Vós mecê não tem aí uma cachaçinha pra eu bebê, Zi-Fio ?".
- Não, não temos, disse-lhe Dr. Anestor. Você precisa se libertar destes costumes que traz de terreiros, o de beber bebidas alcoólicas. O Espírito precisa evoluir, continuou o dirigente.
"Vós mecê não tem aí um pito? Tô com vontade de pitá um cigarrinho, Zi-fio".
- Ora, irmão, você deve deixar o hábito adquirido nas sessões de Umbanda, se queres progredir. Que benefícios traria isso a você?
O preto-velho respondeu:
"Zi-preto véio gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos que aqui estão, não faz uso do cigarro lá fora, Zi-fio? Suncê mesmo, não toma suas bebidinhas nos fins de sumana? Vós mecê pode me explicá a diferença que tem o seu Espírito que bebe whisky, no fim de sumana, do meu Espírito que quer beber aqui? Ou explicá prá mim, a diferença do cigarrinho que suncê queima na rua, daquele que eu quero pitá aqui dentro?".
O dirigente não pôde explicar, mas ainda tentou arriscar:
- Ora, meu irmão, nós estamos num templo espírita e é preciso respeitar o trabalho de Jesus.
O Espírito do preto-velho retrucou, agora já não mais falando como caipira:
"Caro dirigente, na Escola Espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais Centro Espírita. Para nós, estudiosos da alma, o verdadeiro templo é o templo do Espírito, e é ele que não deve ser profanado com o uso do álcool e fumo, como vem sendo feito pelos senhores. O exemplo que tens dado à sociedade, perante estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é que é fundamental na vida de quem quer ensinar".
Houve profundo silêncio diante de argumentos tão seguros. Pouco depois, o Espírito continuou:
"Desculpem a visita que fiz hoje e o tempo que tomei do seu trabalho. Vou-me embora para o lugar de onde vim, mas antes queria deixar a vocês um conselho: que tomassem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Senhor, tem gente "coando mosquito e engolindo camelo". Cuidado, irmãos, muito cuidado. Deixo a todos um pouco da paz que vem de Deus, com meus sinceros votos de progresso a todos que militam nesta respeitável Seara".
Deu uma sacudida na médium, como nas manifestações de Umbanda, e afastou-se para o mundo invisível. O dirigente ainda quis perguntar-lhe o porquê de falar "daquela forma". Não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição: lição para os confrades meditarem.
obs.:José Queid Tufaile é "Espírita Cardecista" e pertence ao movimento de renovação da Doutrina Espírita.O site Estudando a Umbanda, acredita ser do interesse de todos os Umbandistas conhecer a visão dos demais autores espiritualistas.

"Umbanda não faz milagre. Faz caridade!"


É fato comum chegarem aos terreiros pessoas extremamente deprimidas, adoentadas ou desesperadas pelo fato de não encontrarem em nenhum outro lugar o remédio para seus males. Já passaram por consultórios médicos, igrejas, milagreiros de todas as espécies.

Em todos os lugares, foram deixando sua história registrada, acrescida de decepção e gastos financeiros além da conta. Com a promessa e a busca de “milagres”, pagaram dízimos ou oferendas, tentando terceirizar a solução de seus problemas ou de sua suposta “má sorte”. E enquanto seu saldo bancário e sua fé diminuem, sua decepção e dor aumentam.

O local que não cobra pela caridade geralmente leva a fama de ser “muito fraco”, pois infelizmente as pessoas ainda têm a falsa concepção de que “se não cobrar e bem cobrado, a coisa não funciona”.

Além disso, há os que necessitam vivenciar o “fenômeno” para que sua fé tenha fundamento. “Imagina... guia que fica só aconselhando, mandando rezar e mudar a maneira de pensar...”. Como bem fala o ditado popular: “só quando a água bate onde não deve é que se aprende a nadar”.

Assim, só como último recurso, no desespero total, é que eles batem à porta da Umbanda. Mesmo descrentes, buscam o milagre, chorosos e vitimados pela vida. Ajoelham-se na frente do preto velho ou do caboclo e derramam lágrimas, dedilham rosários de reclamações, tentando convencê-los de que a culpa da desgraça é de todo mundo, menos deles próprios. Acolhidos com todo amor pelos guias de luz, não recebem promessa de milagre, apenas a exigência de uma gradual reforma íntima, aliada a mandingas que os limpam do lixo energético que conseguiram agregar ao longo do tempo. Saem dali bem melhores do que entraram, quase sempre voltam e aos poucos compreendem que o milagre estava dentro deles próprios.

Não faltarão nessa lista os que, após a melhora, voltam a freqüentar os bancos da igreja aos domingos, exibindo saúde e roupas novas. Quando não, transformam-se em carregadores de bíblia, passando a combater ferrenhamente aqueles por quem foram ajudados. Jamais vão admitir que um dia entraram num terreiro de Umbanda – coisa do capeta.

O que será que os Pretos Velhos e Caboclos pensam disso?

Um dia desses fiz essa pergunta à Vovó Benta: – Zi fia, nosso trabalho é a caridade e quem se dispõe a ela, esteja encarnado ou no mundo dos mortos, tem de saber que o “dar gratuitamente” sempre é motivo para darmos “graças” pela oportunidade de servir ao Criador, à sua obra. Ajudar esses filhos desnorteados é construir pontes entre o céu e a terra. Nunca podemos ou devemos esperar qualquer recompensa pelo bom serviço, a exemplo do Criador que distribui raios de luz ou gotas de água todos os dias a todos, bons e maus. O que cada filho fará com as dádivas recebidas só a ele cabe definir, escolhendo assim seu futuro. Sigamos fazendo o bem sem olhar a quem e façamos isso com a alegria de quem sobe os degraus para o céu, sem ter de pagar por isso com lágrimas ou moedas falsas. Lembre-se, filha, de que servir com alegria é servir duas vezes. – Servir duas vezes? – Sim, duas vezes. A você mesmo e ao próximo.

Quando colocamos alegria e desprendimento, dissipamos qualquer possibilidade de nos machucarmos com nossa ação. Porém, o fazer por fazer ou para que as pessoas vejam que somos caridosos é um meio de ajudarmos aos outros sem, no entanto, estarmos com isso nos ajudando. O azedume que muitos “caridosos” carregam demonstra o quanto ainda sua caminhada é longa. Sem contar que pode ser um meio de captar para si as energias dos outros em vez de dissipá-las. Quanto aos filhos que viram as costas a quem os ajudou, não passam de espíritos infantis que precisam do pirulito para adoçar suas vidas, ignorando que um dia o doce chega no palito.

domingo, 5 de julho de 2009

Dízimo Que Não é Dízimo! Pode?

O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Atos 8:20
Existe uma crença forte, difundida entre as igrejas e templos criados pelo homem em que devemos compartilhar com as instituições parte de nosso dinheiro. Os ditos “lideres” espirituais e auto entitulados “pastores” do rebanho do Senhor afirmam que todos nós somos devedores perante Deus e nossos dízimos são como que uma "garantia de pagamento" do que devemos ao Senhor. Pagar o dízimo é o reconhecimento de que somos devedores e não proprietários. Ainda em sua visão deturpada afirmam que quando um crente não paga os seus dízimos, põe de manifesto o que existe em seu coração: uma pobreza interior.
Bem aventurada a pessoa que nunca ouviu que essa pobreza espiritual manifesta-se quando amamos mais a nós mesmos do que a Deus, pela falta de amor à igreja, pela falta de amor ao ministério. Bem aventurada pois provavelmente nunca teve que ouvir a falácia de que a recusa de pagar parte do seu dinheiro para uma instituição ocorre quando a pessoa ama mais ao dinheiro do que a Deus, e que pagar o dízimo é um antídoto contra o amor ao dinheiro, uma forma de receber bênçãos espirituais. Que tipo de mente associa Deus e a Graça Divina com dinheiro? Basta frequentar um culto ou ir a uma missa e logo vemos bandejas ou sacolas sendo passadas e enchidas pois as pessoas acabam crendo que pagar o dizímo é contribuir para a realização de projetos missionários ou ainda pior: que pagar nossos dízimos é efetuar uma aplicação no Reino de Deus, que esta aplicação acumula recompensas eternas.
A maior das ignominias surge quando nos pedem para pagar por amor a Jesus Cristo, o maior “doador” de todos nós: caso você queira receber todas as bênçãos de Deus, deve pagar todos os seus dízimos. Afinal se quer viver na sobre-abundância de Deus, seja generoso com a obra do Senhor.
É óbvio que qualquer pessoa pode manipular as palavras de Deus para enganar os necessitados e aqueles que buscam compreensão, mas o que dizer de fatos jogados contra essa aberração criada por mentacáptos? Muitos hoje associam toda a forma de cristianismo a um bando de pessoas que dão parte do seu salário, muitas vezes ja mirrado, para um aproveitador, e o pior é que muitos acham que isso ocorre porque Deus assim quer. Nada mais longe da verdade.
O trecho bíblico mais usado para justificar a cobrança do dízimo é o famoso Malaquias 3:8-10:
"Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, por que me roubais, vós a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança".
Sabemos que a Bíblia é a palavra de Deus, a autoridade maxima do Cristianismo, estudemos então estes versículos como se deve ser feito, com mais atenção:
O ponto a entender é que antes de Jesus Cristo Israel era governado por vários tipos de leis, as principais delas eram as Leis Morais, como "Não Matar", "Não roubar" e as leis cerimoniais que regulamentavam o culto e adoração. A grande questão a entender é que a instrução do dízimo se refere sempre à leis cerimoniais. Tome sua Bíblia e leia atentamente os três primeiros capítulos de Malaquias e veja que o contexto inteiro está fundamentado na lei sacerdotal, ou seja, exatamente aquelas leis que caducaram na cruz pelo sacrifício de Jesus Cristo. Os mandamentos referentes a antiga adoração (o que inclúi o dízimo) são para os judeus da antiga aliança apenas.
Acham isso surpreendente? Continuemos com nosso bíblia então:
Deus conduziu o seu povo à Terra Prometida. Ali repartiu-lhes a terra, distribuindo cada parte a uma das onze tribos. A tribo dos LEVITAS deveria se dedicar ao serviço de Deus e, por isso, as demais tribos deveriam pagar o dízimo para sustentar o sacerdócio judáico, e este sacerdócio deveria ser mantido até a chegada do Messias.
Jesus Cristo ab-rogou os sacrifícios do Templo, o velho Templo foi rasgado, Jesus abriu o caminho. O sacerdócio levita, necessário para o sacrifício de animais ou oferendas, instituído a partir de Aarão, estava anulado. Já não seriam necessárias nem as oferendas e nem os holocaustos; não mais compraziam a Deus o sangue de touros nem bezerros. Apenas um sacrifício perfeito é agora agradável ao Pai (Malaquias 1,11).
Por isso, o que fazem os pastores de qualquer denominação autointitulada "cristã" exigindo o pagamento do dízimo, pressionando seus irmãos, NÃO é de Deus, mas um mandamento humano, que sem nenhum pudor se aproveitam dos seus irmãos mais fracos para tirar-lhes dinheiro em nome de Deus. "A religião se lhes tornou puro negócio" (1Timóteo 6,5).
Continuando a leitura atenta a Malaquias 3 ou qualquer outra passagem sobre o dízimo constatará que o contexto é sempre referente a instruções cerimoniais. Os dízimos estão sempre na companhia das ofertas alçadas e dos antigos sacrifícios dos Levitas e do Templo. Um cristão é tão obrigado a dar o dízimo hoje quanto a sacrificar um bode pelos seus pecados, pois a adoração hoje não é feita mais da antiga maneira, mas sim em "Espírito e Verdade".Com o resgate feito por Jesus o véu do Templo se rasgou de cima em baixo como conta a Bíblia, e neste instante a antiga lei cerimonial foi cravada na cruz e a antiga aliança deu lugar ao novo testamento de Deus. De tal forma é que não existe nenhum texto bíblico que instrua o povo de Deus a pagar dízimos após a ressurreição de Cristo.
Ademais Malaquias é um livro com um público muito bem definido é completamente tirado de contexto por igrejas que servem primeiro ao Dinheiro antes de qualquer coisa. Vamos portanto entender quem de fato são os ladrões mencionados em Malaquias 3:8-10. Este texto na verdade faz parte de um clamor que começa no capítulo 2, versículo 1 e vai até o verso 18 do capítulo 3. O primeiro passo é portanto ler toda a passagem.
Logo no começo podemos ver claramente para quem é endereçada a dura mensagem. E adivinhem só? Deus está bravo com os sacerdotes (de novo): "Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós". A mensagem é clara, quem está levando bronca são os sacerdotes, não o povo de Deus. Mesmo a passagem "vós a nação toda" em Malaquias 3:9 tem os sacerdotes como alvo, como que dizendo “vós, a nação de sacerdotes, todos estão roubando", temos que lembrar que Deus, quando separou as tribos reservou uma ao sacerdócio, essa nação é que merecia o puxão de orelha. Ou seja, a Bíblia contém mensagens específicas para públicos e pessoas específicos. Não faz sentido por exemplo construir uma arca da madeira porque em Gênesis Deus ordena que Noé o faça. Da mesma forma que não é lógico que pessoas comuns se submetam às práticas sacerdotais. Não pedimos para um carteiro realizar uma cirurgia, ou que um engenheiro revise uma sinfonia. Por que aplicar para a pessoa comum os sermãos criados para os sacerdotes hipócritas?
Assim, em Malaquias 3:8-10 Deus não estava ordenando que os cristãos de hoje dêem dinheiro aos pastores, mas ironicamente estava chamando os sacerdotes de ladrões, ordenando que eles parassem de roubar! E o que torna ainda pior tudo isso é afirmar que o objeto roubado era dinheiro, de forma a poder estorquir hoje dinheiro dos crentes. O contexto era que o povo levava animais perfeitos para serem sacrificados na expiação de seus pecados e os sacerdotes trocavam e ofereciam seus próprios animais defeituosos no lugar.
Na Bíblia o dízimo nunca está relacionado a dinheiro. Dízimo sempre está relacionado a comida, alimentos, produção agro-pecuária.
Não que não houvesse dinheiro nos tempos bíblicos. Algumas taxas para o Templo só eram aceitas em forma de dinheiro (Êxodo 30:14-16 e 38:24-31). O dinheiro era utilizado para comprar sepulturas (Gênesis 23:15-16). O dinheiro era usado para comprar bois para serem oferecidos em sacrifícios. (II Samuel 24:24). Era utilizado para pagar tributos vassalos. (II Reis 23:33,35). Era utilizado para comprar imóveis (Jeremias 32:9-11). Para pagar salários (II Reis 22:4-7). Para fazer câmbios (Marcos 11:15.17). O próprio Jesus foi vendido por dinheiro.
Entretanto, Deus estabeleceu que somente as pessoas ligadas à produção agro-pecuária deveriam trazer dízimos. Uma vez que os dízimos eram oferecidos somente em forma de grãos, ovelhas, gado. Não há nenhuma citação bíblica de que os frutos do trabalho podiam ser cambiados ou compensados por ovelhas ou grãos a fim de se cumprir o procedimento dos dízimos.
Nos tempos antigos haviam variadas profissões e ocupações como hoje. Se o dízimo tivesse sido estabelecido sob a forma de dinheiro, ninguém teria dificuldade de adorar a Deus desta forma. Mas não foi assim que Deus quis. Dízimo na Bíblia é sinônimo de alimento. Ofertas podiam ser trazidas em forma de dinheiro (II Reis 22:4-7) Mas, quando o assunto era dízimo, somente ovelhas, bois, grãos, comida. Dinheiro nunca!
“Todos os dízimos do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor, são santos ao Senhor. No tocante a todos os dízimos de vacas e ovelhas, de tudo que passar por debaixo da vara do pastor, o dízimo (O DÉCIMO) será santo ao Senhor. Não esquadrinhará entre o bom e o ruim, nem o substituirá. Se de algum modo o substituir, ambos serão santos, e não podem ser resgatados”. Levítico 27:30-32
Curiosamente, ainda, o dizimista não tinha que separar o PRIMEIRO para Deus, mas o DÉCIMO, o último. Os animais iam passando por debaixo da vara do pastor. O dízimo ou o décimo era separado e entregue ao Senhor. Quem tivesse nove ovelhas estava automaticamente isento do dízimo.
E o pior dos erros ainda era acreditar que o dízimo era uma forma de pagamento ou oferta aos sacerdotes: os dízimos deveriam ser aproveitados pelos próprios dizimistas.
“Certamente darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que cada ano se recolher no campo. Perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher para ali fazer habitar o seu nome, comereis os dízimos do teu cereal, do teu vinho e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas, para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias. Mas se o caminho for longo demais, de modo que não os possas levar, por estar longe de ti o lugar que o Senhor teu Deus escolher para ali pôr o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado, então vende-os e leva o dinheiro na tua mão e vai ao lugar que o Senhor teu Deus escolher. Com esse dinheiro comprarás tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer outra coisa que te pedir a tua alma. Come-o ali perante o Senhor teu Deus, e alegra-te tu e a tua familia” Deuteronômio 14:22:29
“Trareis a este lugar os vossos holocaustos e os vossos sacrifícios, os vossos dízimos e as vossas ofertas especiais, os vossos votos e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas. Ali comereis na presença do Senhor vosso Deus e vos alegrareis com as vossas familias por todo o bem que vos abençoar o Senhor vosso Deus. Então, ao lugar que escolher o Senhor vosso Deus... para ali trareis.... vossos dízimos” Deuteronômio 12:6,7,11
Como lemos em Levítico ainda a parte destinada aos sacerdotes era uma parte em alimento (Levítico 5:13). Nunca houve o pedido da entrega de dinheiro por Deus para seus sacerdotes. O dízimo em dinheiro é uma invenção do homem. Para que Deus iria querer dinheiro? Caso ficasse com fome e estivesse muito ocupado para criar um Big Mac e tivesse que pagar por um?
Os sacerdotes e pastores corruptos não são, portanto, novidade do cristianismo de hoje. Na verdade as mais duras ressalvas da Bíblia são para eles e não para o cristão comum. Talvez este seja um dos motívos de Jesus ter se oposto aos líderes religiosos durante seu ministério na Terra.
Quanto ao argumento de que o dízimo de hoje é usado para sustentar o trabalho do ministério e da pregação. Bem, Jesus nunca pediu que isso fosse feito. Muito pelo contrário a postura dos cristãos primitivos era "De graça recebei e de graça dai." Mt. 10:8.
Os cristãos primitivos nunca cobraram nada como desculpa para sustentar seus ministérios. Esse é o exemplo Bíblico (Mateus 10:7-10).
A mentira do dízimo se coloca ainda em oposição ao evangelho quando tomamos a consciência de que muitos cristões humildes passam necessidade e deixam de comer para poder entregar dinheiro à igreja, na esperança de que assim poderão cumprir a vontade de Deus. Sofrem de fome e se atolam em dívidas enquanto seus líderes andam de carro importado e fazem viagens ao exterior.
Faça um exercício, peça para seu pastor ou seu padre que dê para algum fiel qualquer, dentre toda a congregação a chave de seu carro, e os documentos de posse. Você confia em uma pessoa que é incapaz de lhe dar a chave de um carro a responsabilidade de lhe dar a chave para a vida eternal?
A superstição do dízimo foi criada para manter os vendilhões do templo de hoje e não condiz com a mensagem de liberdade do novo testamento. A crença de que seremos amaldiçoados se não dermos dez por cento de nossos salarios, coloca o próprio sacrifício de Cristo em dúvida, como ato insuficiente para livrar-nos de todo mal, e ainda condiciona nossa herança de uma vida plena à doação de parte de nosso salário, de nosso dinheiro, aos sacerdotes. Os senhores que dirigem algum grupo religioso NÃO têm qualquer autoridade apostólica delegada por Deus para "exigir" de seus fiéis o cumprimento do "dízimo" judaico, como se eles fossem judeus, como se ainda tivessem que sustentar um sacerdócio que já caducou.
Mas Deus não é um comerciante, e na condição de pecadores nada temos a oferecer ao criador do Universo. A Graça da Salvação e da vida em abundância não vem em troca de nosso dinheiro humano, mas da iniciativa de Jesus Cristo em pagar toda a dívida moral que acumulamos com nossos erros
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