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domingo, 4 de outubro de 2009

ORIXÁ OSSAIM


Ossaim é o Orixá masculino de origem nagô (Iorubá) que, como Oxossi habita a floresta. È bastante cultuado no Brasil, recebendo diversos nomes como Ossânin, Ossonhe e Ossanha, uma das formas mais populares. Por causa do som feminino é freqüentemente confundido como figura feminina.
Era filho de Nanã e irmão de Oxumaré, Ewá e Obaluayê e é conhecido nos cultos afro-brasileiros como o Orixá médico, Senhor das ervas litúrgicas e medicinais, que tem o poder de curar através das plantas medicinais, pois todas elas lhe pertencem e, apesar de muitas serem propriedade de alguns Orixás e utilizadas para o ritual dos mesmos, todas são primeiramente de Ossaim.
Ossaim é o detentor do axé, a força indispensável a todos os Orixás , o Senhor das matas e florestas e é ele que tem o domínio sobre as folhas, cascas e raízes, sendo regente absoluto da Amazônia. Somente ele conhece o nome das plantas seus usos e rezas que despertam poder sobre o ritual e por isto nenhuma cerimônia pode ser realizada sem ele. É o Orixá da cor verde.
È um Orixá de grande significação, pois todos os rituais importantes utilizam o “sangue escuro” que vem dos vegetais, seja em forma de amassis, infusões ou para uso de bebida ritualística, etc. Ossaim possui um poder ao mesmo tempo benéfico e perigoso e por ter a responsabilidade de proteger o conhecimento científico e a medicina, é o patrono dos profissionais que trabalham na área da saúde.
As áreas consagradas a Ossaim são os pequenos recantos, onde só os sacerdotes podem entrar e nos quais as plantas crescem de maneira selvagem. Ele vive na floresta em companhia de Aroni, um anãozinho, semelhante ao Saci-Pererê.
Nas giras de umbanda o ritmo dos seus cantos e das danças é particularmente rápido, saltitante e ofegante. Ele se apresenta com um galho de àrvore, muitas ervas e um pilão. È representado por um pássaro de nome Eye e o seu emblema é o Igbá Òsányin confeccionado com ferro simbolizando uma árvore de sete ramos com um pássaro em sua aste central.
LENDAS
1) Ossaim era o nome de um escravo que foi vendido a Orunmilá. Um dia ele foi à floresta e lá conheceu Aroni, que sabia tudo sobre as plantas. Aroni, o gnomo de uma perna só, ficou amigo de Ossaim e ensinou-lhe todo o segredo das ervas. Um dia, Orunmilá, desejoso de fazer uma grande plantação, ordenou a Ossaim que roçasse o mato de suas terras. Diante de uma planta que curava dores, Ossaim exclamava: “Esta não pode ser cortada, é a erva que cura as dores”. Diante de uma planta que curava a febre, dizia: “Esta também não, porque refresca o corpo”. E assim por diante.
Orunmilá, que era um babalaô muito procurado por doentes, interessou-se então pelo poder curativo das plantas e ordenou que Ossaim ficasse junto dele nos momentos de consulta, que o ajudasse a curar os enfermos com o uso das ervas miraculosas. E assim Ossaim ajudava Orunmilá a receitar e acabou sendo conhecido como o grande médico que é.
2) Ossaim, era senhor das folhas, da ciência e das ervas, o Orixá que conhece o segredo da cura e o mistério da vida. Todos os Orixás recorriam a Ossaim para curar qualquer moléstia, qualquer mal do corpo. Todos dependiam de Ossaim na luta contra a doença. Todos iam à casa de Ossaim oferecer seus sacrifícios e em troca ele lhes dava preparados mágicos: banhos, chás, infusões, pomadas, abô, beberagens. Curava as dores, as feridas, os sangramentos; as disenterias, os inchaços e fraturas; curava as pestes, febre, órgãos corrompidos; limpava a pele purulenta e o sangue pisado; livrava o corpo de todos os males.
Um dia Xangô, que era o deus da justiça, julgou que todos os Orixás deveriam compartilhar o poder de Ossaim, conhecendo o segredo das ervas e o dom da cura. Xangô sentenciou que Ossaim dividisse suas folhas com os outros Orixás. Mas Ossaim negou-se a dividir suas folhas com os outros Orixás. Xangô então ordenou que Iansã soltasse o vento e trouxesse ao seu palácio todas as folhas das matas de Ossaim para que fossem distribuídas aos Orixás. Iansã fez o que Xangô determinara. Gerou um furacão que derrubou as folhas das plantas e as arrastou pelo ar em direção ao palácio de Xangô. Ossaim percebeu o que estava acontecendo e gritou: “Euê Uassá!”. “As folhas funcionam!”
Ossaim ordenou às folhas que voltassem às suas matas e as folhas obedeceram às ordens de Ossaim. Quase todas as folhas retornaram para Ossaim. As que já estavam em poder de Xangô perderam o Axé, perderam o poder da cura. O Orixá rei, que era um Orixá justo, admitiu a vitória de Ossaim. Entendeu que o poder das folhas devia ser exclusivo de Ossaim e que assim devia permanecer através dos séculos. Ossaim, contudo, deu uma folha para cada Orixá, deu numa euê para cada um deles. Cada folha com seus axés e seus efós, que são as cantigas de encantamento, sem as quais as folhas não funcionam. Ossaim distribuiu as folhas aos Orixás para que eles não mais o invejassem. Eles também podiam realizar proezas com as ervas, mas os segredos mais profundos ele guardou para si.
Ossaim não conta seus segredos para ninguém, Ossaim nem mesmo fala. Fala por ele seu criado Aroni. Os Orixás ficaram gratos a Ossaim e sempre o reverenciam quando usam as folhas.
O Orixá Ossaim faz sincretismo com São Benedito e sua festa é comemorada no dia 05 de outubro.
Características do Orixá Ossaim
Dia da semana: terça-feira
Domínios: florestas, selvas, folhas, árvores, raízes
Cores: verde e branco, verde e amarelo
Contas: verdes e brancas
Símbolos: folhas de café com frutos, lança com pássaros na ponta, cabaça (com suas ervas)
Elementos: terra
Metais: ferro, prata, estanho
Comidas: milho, arroz, abóbora moranga, amendoim
Bebidas: vinho tinto
Frutas: todas
Ervas: todas, mas as preferidas são: celidônia maior, erva de passarinho, erva de Santa Luzia, gitó, guabira, lágrima de Nossa Senhora, narciso dos jardins.
Flores: todas
Animais: cágado, bode, galo, pombo
Saudação: Eu, Eu Assa!

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