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sábado, 5 de fevereiro de 2011

VAIDADE


A vaidade excessiva, que causa o empolgamento e lança o médium nos maiores desatinos, abrindo os seus canais-medianímicos a toda sorte de influências negativas.

Uma criatura, homem ou mulher, tem o dom mediúnico.
Naturalmente que o trouxe de berço, isto é, desde que se preparava para encarnar.
Em certa altura de sua vida, manifesta-se a sua mediunidade.
Eis que surge o protetor – caboclo ou preto-velho.

Como no médium de fato e da Corrente Astral de Umbanda a entidade também é de fato, é claro que ela faz coisas extraordinárias.
Cura. Ajuda. Aconselha.
Tem conhecimentos irrefutáveis etc…

São tantos os casos positivos do protetor através da mediunidade do médium, que logo se forma em torno dele uma corrente de admiração, e de fanatismo também.

A maioria dos elementos que o cercam, diante das coisas que vêem, são levados a agradar, a bajular, e com essas coisas, inconscientemente, vão-lhe incentivando a vaidade latente.
Isso de forma contínua.
A maioria desses médiuns não estudam, porque também não receberam ou não se interessam por uma preparação mediúnica adequada.

O protetor faz o que pode e deve (respeitando o livre-arbítrio), isso é, ensina, doutrina, alerta pelos canais mediúnicos: na manifestação, nas intuições, nos avisos etc.

Mas acontece sempre que o médium, devido a fortes predisposições à vaidade, começa por não dar muita atenção aos conselhos, às advertências que o seu protetor vem fazendo…
chega a ponto de se julgar o tal, quase um “pequeno-deus”.
Ele pensa que a força é dele…
que o protetor é dele
é propriedade sua…

O médium vai crescendo em gestos, em palavras, pois que todos se acostumam a acatá-lo em respeitoso silêncio, quando não, pelo medo ou por interesse próprio…

Vai crescendo a sua vaidade e logo começa a fazer exibições mediúnicas…

Ele começa a praticar uma coisa que será fatalmente a sua cova…
Passa a “trabalhar” sem estar corretamente mediunizado (ou seja, pede apenas a irradiação do “guia” de sua preferência sobre ele).
A sua entidade protetora pode usar certos meios para manifestar o seu desagrado, mas respeita também o seu livre-arbítrio, é claro…
pois até as Hierarquias Superiores respeitam esta faculdade.

Então, começam os desatinos, as bobagens e as confusões e a respectiva falta de penetração nos casos e coisas.
Começa a criar casos, a ter preferências e outras coisas mais.
Não obstante as reiteradas advertências do protetor, ele continua…
Eis que surgem os “transtornos”.
Os seus canais-mediunicos, dada a faixa-mental que ele criou com os efeitos de sua excessiva vaidade, abre portas aos kiumbas, que entram na dita faixa…

Daí tem início uma série de absurdos, de envolvimento negativos etc.
O ambiente do terreiro sai da tônica de outrora.
Tudo se altera!
Nessa altura o médium percebe apavorado que o seu protetor mesmo – aquilo que era bom, foi embora…
deixou de sentir a positividade de suas fluidos benéficos…

No principio ele tem um tremendo abalo… depois…
ah! depois, ele vai se acostumando com os fluidos dos kiumbas etc.
e mantém a sua excessiva vaidade de qualquer forma… não quer perder o “cartaz”…

Porém, as curas, a antiga eficiência, não há mais…
muitos percebem e dão o fora…
compreendendo que o “seu fulano não é mais o mesmo” e alguns até passam a olhá-lo com desprezo…
e se afastam ironizando dele, muito embora, no passado, tenham se beneficiado com sua mediunidade.

O pobre médium que fracassou pela excessiva vaidade no íntimo é um sofredor, muitos se desesperam com o viver da arte de representar os caboclos, os pretos-velhos etc…
Enfim, ser um “artista do mediunismo” também cansa, porque a “descrença” é o “golpe de misericórdia” em suas almas.

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