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domingo, 31 de julho de 2011

Comércio de Médiuns?

Mãe Iassan Ayporê Pery

Dirigente Centro Espiritualista Caboclo Pery

No exercício da função de Sacerdotisa de Umbanda, sou procurada por muitos médiuns de diferentes regiões de nosso país ávidos por contar suas histórias. E dentre tantas coincidências de dor e dificuldades, tem uma que sempre me chama a atenção que é o inconformismo do antigo pai ou mãe no santo com o desligamento do médium da corrente.

Cada vez que escuto: “Estou aflito, pois o meu antigo pai no santo me ameaçou. Disse que eu ia perder meu emprego.” Ou ainda: “Estou desesperada porque ele disse que a minha família morreria a míngua...” e por aí vai.

São relatos de ameaças absurdas, que ferem, agridem e denigrem o papel de sacerdote ou sacerdotisa. Em contra-partida reforça o fato do médium ter estado em um lugar que nem de longe é um terreiro de Umbanda!

Isso prá mim é “comércio de médiuns”, onde esses ditos pais e mães no santo disputam com outros uma quantidade maior de médiuns e para isso são capazes dos atos mais vis e torpes se aproveitando da fé e do desespero alheios. Isso não se faz com ninguém! Ameaçar o médium que manifesta o desejo de ir para outro terreiro é, além de uma maldade profunda (caracterizando assim não ser merecedor do cargo que ocupa), também é passar atestado de incompetência, burrice e safadeza! Pena que não dá cadeia!

Senhores(as) médiuns, não tenham medo desse tipo de gente. Não os desafiem, porém (não por medo de suas magias, mas sim visando o cuidado de sua integridade física e de sua família, pois são capazes de tudo). Simplesmente saiam! Afastem-se! Busquem inspiração no Alto para encontrarem uma Casa de Umbanda séria, ou seja, que seja realmente de Umbanda.

Onde não haja promessas de milagres, mas o conforto da palavra de um preto velho, a energia e seriedade de um caboclo, onde não haja cobrança financeira de nenhum tipo e nem sacrifícios de animais.

Desconfiem do lugar em que você vá pela primeira vez e já digam: “Você tem que colocar roupa branca e entrar prá corrente, zi fio...!” Conheça primeiro a Casa, observe o lugar, a organização, o cuidado com o sagrado, a caridade desinteressada. Observe os médiuns e principalmente o(a) dirigente.

Não tenham pressa! Não escutem “elogios” do tipo: “Seu caboclo é lindo! Tem uma luz maravilhosa...!” Lembrem-se: TODOS são lindos e cheios de Luz! Ou ainda: “Você tem uma mediunidade maravilhosa.” Esse tipo de “elogio” é armadilha para mexer com a sua vaidade. Não sucumba! Corra! Mas corra muito de lugar assim!

A Umbanda precisa de gente que queira realmente trabalhar para sua melhora evolutiva e isso não se dá da noite para o dia. Não se deixe transformar em “mercadoria” para ser “disputada” entre charlatães que estão longe de entender o que é Umbanda. Não faça parte desse comércio. Não se torne “um deles”.

PORQUE NOS UMBANDISTAS....?

Por que nós umbandistas insistimos em ficar discutindo quais são os Orixás que devem ser cultuados na Umbanda e nos esquecemos que, independentemente dos nomes, Eles são um complexo vibracional e energético representados pelas Forças da Natureza?

Por que, nós umbandistas, que cultuamos as Forças da Natureza, como manifestação Divina de Sua Infinita Sabedoria e Misericórdia, somos os primeiros a sujá-las com despachos e oferendas e quase nunca limpando o que sujamos?

Porque nós umbandistas, corremos de terreiro em terreiro somente para criticar este ou aquele dirigente, nos esquecendo que mesmo sendo diferentes de nossa maneira de pensar, estão praticando Caridade?

Por que nós umbandistas, não nos preocupamos mais com os falsos "Pais no Santo"? Por que nos limitamos em dizer que está errado cobrar trabalhos ou consultas, assediar sexualmente, obter benefícios materiais com a prática da religião e não tomamos uma atitude mais enérgica?

Por que, nós umbandistas, não buscamos nos instruirmos mais para podermos esclarecer mais?

Porque, nós umbandistas, ao invés de nos orgulharmos das entidades que trabalhamos, e vivermos dizendo que foi "meu caboclo que resolveu", não buscamos ser motivo de orgulho para elas vivenciando as suas mensagens?

Por que, nós umbandistas, afirmamos que respeitamos todas as religiões, quando não conseguimos respeitar ou compreender, uma pequena discrepância litúrgica, natural de se encontrar de terreiro para terreiro?

Por que nós umbandistas, quando questionados sobre qual religião seguimos, dizemos quando muito, que somos espíritas, quando não o somos?

Precisamos parar de mentir para nós mesmos e de desrespeitar os ensinamentos valorosos da Umbanda! Precisamos parar de sermos omissos. Precisamos deixar de ter "vergonha" de dizer que SOMOS UMBANDISTAS! Precisamos compreender melhor a Umbanda e a nossa missão e objetivos dentro Dela!

Porque ser umbandista não é só colocar a roupa branca e ir para o terreiro. É ter a mente e o coração limpos de interesses escusos. É ser humilde e caridoso!

É carregar a bandeira da Umbanda com Amor e Fé!

Precisamos aprender a SER UMBANDISTAS DE VERDADE! Porque ser Umbandista é SER EXEMPLO DE MORAL E VIRTUDE!


..EU SOU UMBANDISTA!

Por Etiene Sales
Eu sou Umbandista ... Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?
É não ter vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar, acima de tudo a um trabalho espiritual.
É saber que um terreiro, um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros, centros e casas de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado, é saber amar para ser amado, é saber ouvir para ser escutado, é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.
É saber que a Umbanda não faz milagres, quem os faz é Deus e quem os recebe os mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação, mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.
É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados ... que são necessários sacrifícios, tempo e dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um terreiro sem ter hora para sair ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.
É, mesmo sem fumar e beber, dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo, confiando que me deixem sempre bem após as sessões.
É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia, numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.
É sofrer por não negar o que sou Umbandista), e ser o que sou com dignidade, com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado, de sujo, de ignorante, conservador, alienígina, louco ... e, ainda assim, amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido física, espiritual e moralmente, mas, mesmo assim, continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do Diabo, de Satanás, de servo dos Encostos, e, mesmo assim, levantar a cabeça, sorrir e seguir em frente com dignidade.
É ser Umbandista e pedindo sempre a Zamby para que eu nunca esteja Umbandista.
É acreditar, mesmo nos piores momentos, com a pior das doenças, estando um caco espiritual e material, que os Orixás e os guias, mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali, ao nosso lado, momento a momento nos dando força e coragem; ser Umbandista é, acima de tudo, acreditar nos Orixás e nos guias, pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim, onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda, mesmo que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a ajudou, e não ter orgulho.
É colocar suas guias e sentir o peso de uma responsabilidade, onde muitos possam ver ostentação.
É chorar, sorrir, andar, respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você, mas não ter vergonha de pedir pelos outros.
É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata, nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade, seja no terreiro, seja numa encruza, seja na calunga, seja no cemitério, seja na macaia, seja nos caminhos ... seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa, mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a força do zoar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.
É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.
É ter esperança que um dia, nós Umbandistas, acharemos a receita do respeito mútuo.
É ser Umbandista mesmo que outros digam que o que você faz, sua prática, sua fé, sua doutrina, seu acreditar, sua dedicação, seu suor, suas lágrimas e sacrifício, não sejam Umbanda.
É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.
É saber o que significa a Umbanda não para você, mas para todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer, pensar e ser, ser e nunca estar...
É saber que a Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda, caridade, luta, justiça, cura, lágrimas, aflição, alívio, raiva, amor, mau e bom, mal e bem ... os problemas, as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem a procura.
É saber que a Umbanda é livre; não tem dono, não tem Papa, mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.
É saber que você não escolheu a Umbanda, mas que a Umbanda escolheu você.
É amar com todas as forças essa Religião maravilhosa chamada Umbanda.

Publicado em: 2007-04-30 por NeyBarbosa,

Saber o que é ser Umbandista


A CONDUTA NO TEMPLO DE UMBANDA


O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes. O Templo de Umbanda é um local sagrado, especialmente preparados para as actividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática do bem. Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos. Respeito, palavra que muitos bradam quando são contrariados, mas que cai no esquecimento daqueles que muito ofendem. Temos visto, para nossa tristeza, que existem conversas paralelas, mexericos, algazarras, exibicionismos, bajulações etc., esquecendo-se que tais comportamentos atraem e "alimentam" os kiumbas, que, aproveitando-se das vibrações negativas emanadas por estas pessoas, desarmonizam e quebram a esfera fluídica positiva, comprometendo assim os trabalhos assistenciais. Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé. Temos observado também que alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores (Entidades). Debocham de suas características e duvidam de sua eficiência. Entretanto, quando passam por uma série de sofrimentos físicos e espirituais, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos de sua indiferença. Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso. Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluídos do bem. Este procedimento tem como consequência a irmanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade. O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um. A conduta recta e positiva deve ser a tónica em uma agremiação umbandista, para que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante sementes de bondade, amor e proteção. A homogeneidade de pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo a concretização de seus desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros num Casa de Umbanda.


ÉTICA NA UMBANDA


A Umbanda é uma Religião. Isto é um facto. A par dos princípios sadios e básicos que norteiam a religião, muitas pessoas, desde o início do culto, sempre pugnaram pela elevação da Umbanda nos mais diferentes aspectos. Entre eles, o cunho subjetivo (pessoal) sempre foi alvo das mais contundentes discussões. Temas como moral, ética, conduta mediúnica etc., sempre foram objectos de polémicas, onde cada um por si, tenta fazer ver aos outros que tal ou qual conduta é certa ou errada. No entanto, por trás destas discussões comportamentais, existem duas forças antagônicas degladiando-se incessantemente: a força da moral, dos bons costumes, da ética, da espiritualidade superior, da verdade; e a força da subjugação, da mentira, da permissividade, da parcialidade, da imoralidade.Na Umbanda, como em outros segmentos religiosos, há uma pluralidade de idéias, de ideais, um heterogeneidade de interesses em relação à religião. Existem aqueles que apenas servem-se ou tentam servir-se da religião para os seus próprios interesses. Não esclarecem nem difundem os sublimes ensinamentos e metas do astral superior; pregam ritualísticas sem base, sem fundamentos; fazem do terreiro de Umbanda um circo, não discutem abertamente os problemas na religião, porque, se discutirem, colocarão sob avaliação as suas condutas distorcidas. Outros mais corajosos e comprometidos com o aperfeiçoamento, estão sempre a comentar e orientar quanto aos fenômenos negativos que ora se apresentam, mostrando o caminho diante dos problemas emergentes. A ética por exemplo, conjunto de princípios e deveres morais que o homem tem para com Deus e a sociedade, é um factor que deve preponderar em qualquer pessoa que queira ver a Umbanda fortalecer-se moralmente e intelectualmente. Para que tal progresso ocorra torna-se necessário trazermos à tona os focos destoantes do comportamento. A partir daí, veremos melhor quem são aqueles realmente comprometidos com as diretrizes de Oxalá. Visualisaremos também outros tantos que estão somente preocupados em sedimentar a obscuridade, a confusão, a permissividade. Os verdadeiros umbandistas não temem discutir os aspectos subjetivos e materiais da religião, pois são sabedores que tal acção só melhorará a nossa religião, fazendo com que no futuro tenhamos uma Umbanda melhor, mais moralizado, mais elevado, de melhores médiuns e assistentes. Quanto àqueles que insistem em esconder os problemas na religião, fazem-no porque, ocultando os focos destoantes, estarão camuflando as aberrações ético-morais de si mesmos, contaminados que estão de condutas que os costumes, o caráter e a honestidade sempre repeliram.


NA UMBANDA TODOS SÃO IGUAIS


No meio das actividades espirito-materiais nos terreiros de Umbanda que pregam a igualdade, a fraternidade, o amor , um facto, dentre de muitos, nos chama à atenção. Por isso mesmo, merece uma análise mais profunda e esclarecedora por parte daqueles que querem ver a Umbanda mais forte e coesa. A Umbanda, assim como outros agrupamentos religiosos, é formada por pessoas das mais diferentes classes econômico-sociais e étnicas, que formam o que se denomina de meio religioso intercorrente. Também é de conhecimento geral que, não obstante as pessoas terem profissões ou ofícios diferentes, todos deverão estar ali, naquele espaço, imbuídas da mesma finalidade: auxílio espiritual e material aos necessitados. Faz-se então necessário traçar uma linha divisória entre o status que algumas pessoas possam ter em sociedade e o trabalho espiritual exercido pelas mesmas. Todos, independentemente dos títulos honoríficos ou profissionais que possam ter, deverão estar irmanados com aqueles que não puderam alcançar um estágio intelectual ou cultural mais elevado, no sentido de, juntos, poderem dar a sua cota de sacrifício em prol da Umbanda. Com muito pesar, observamos que algumas pessoas ainda julgam a existência da bondade e do altruísmo pela riqueza material ou intelectual que alguns detêm. Não que bens ou cultura sejam nocivos; muito pelo contrário, se bem utilizados, são de grande valia para o progresso da humanidade. Referimo-nos a médiuns que tratam de maneira diferente abastados e pobres; que tratam com pompa os que possuem títulos, desprezando aqueles que possuem quando muito a primeira classe; que dão atenção e mantém diálogos sómente com aqueles que têm automóvel novo e sucesso econômico. A soberba, a vaidade, o orgulho, a ganância, o egocentrismo e a ambição doentia não deixam ver a estas pessoas que o que importa na Umbanda é o SER, será dizer, ser honesto, ser dedicado à religião, ser simples, ser humilde, e não o TER, ter títulos profissionais, carrões último modelo, mansões sumptuosas, e um belo saldo bancário. A religião jamais poderá ser utilizada como ferramenta de projeção social, bem como em complemento de sucesso profissional. A Umbanda, esta elevada religião, foi criada no plano astral trazendo como carro-chefe os espíritos de índios e negros, duas das raças mais martirizadas do globo terrestre, e que, em última análise, representam a humildade, a dignidade, a sinceridade e o alto grau de espiritualidade, sentimentos e virtudes ainda ausentes em muitos corações. Na Umbanda não há lugar para ostentações terrenas, não há lugar para títulos materiais, tanto para espíritos quanto para médiuns e assistentes. Na Umbanda não se manifestam espíritos com o rótulo de "doutores" ou "mestres", mas sim os esforçados e trabalhadores Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças etc. que, seguindo as directrizes da espiritualidade superior, não medem esforços no sentido de auxiliarem os habitantes da Terra, encarnados ou não, a progredirem espiritualmente. Que esta simples dissertação possa de alguma forma contribuir para que alguns irmãos umbandistas, ainda impressionados com títulos e posses terrenos, alcancem o verdadeiro sentido da palavra IGUALDADE, e assim colaborem para que cada vez mais a Umbanda possa se tornar, não uma religião de ricos e pobres; de doutores e proletários, mas sim em segmento religioso de irmãos, unidos por laços de amor e fraternidade.



VOCÊ É UMBANDISTA ?


Uma das questões de relevância dentro da comunidade umbandista diz respeito a se apontar, dentro de um raciocínio aplicável, a consciência do ser humano, se determinadas pessoas podem ser consideradas, de facto e de direito, como filhos da Corrente Astral de Umbanda. Não queremos de forma alguma aplicar fórmulas matemáticas aos aspectos humanos, pois entendemos que cada um, dentro de seu estágio evolucional, tem uma maneira própria de se situar naquilo que conhece como religião, uma vez que os espíritos encarnados encontram-se em diferentes degraus da escala espírito-progressiva. No entanto, é certo e racional que firmemos parâmetros básicos que possam nortear uma definição, se não perfeita, pelo menos razoável, no que diz respeito a ser ou não ser considerado umbandista. Tais considerações racima referidas prendem-se ao facto de que, ao vivenciarmos o Movimento Umbandista, nos deparamos com situações (actos e factos) que nos impulsionam a repelir determinadas formas de pensamento e comportamento, incompatíveis com os fundamentos da Umbanda Será umbandista aquele indivíduo que faz caridade vinculada a favores posteriores, ou aquele que se promove para um lugar de destaque, promovendo o "toma lá, dá cá" ? Será que pode ser considerado umbandista aquele que é cúmplice da escravidão religiosa, não esclarecendo aos enclausurados que só o conhecimento os libertará dos vendilhões do templo ? Será que é considerado umbandista o indivíduo que se omite diante do comportamento distorcido de um irmão de fé, não o auxiliando a desprender-se de certos conceitos prejudiciais a sua evolução ? Será que é umbandista aquele que, ao observar um irmão de fé com faculdades espirituais, morais, intelectuais e culturais que possam ser úteis para o progresso da Umbanda, ao invés de incentivá-lo a prosseguir, trata sorrateiramente de lhe "puxar o tapete" , com medo que sua imagem fique ofuscada, ou por inveja ? Será que é umbandista aquele que valoriza as pessoas pelos títulos profissionais ou honoríficos e pelos bens que estas possuem, deixando em segundo plano os valores morais, éticos e espirituais ? Será que é considerado umbandista o indivíduo que ganha notoriedade num templo através de conchavos, ou através da mostra do saldo de sua conta bancária, e que tenta a todo o custo ser o centro das atenções. Será que tudo o que foi escrito até agora servirá de alerta e conselho, para que se regenerem e possam engrossar as fileiras dos verdadeiros filhos de Umbanda? Esperamos que sim.



LEMBRE-SE QUE A UMBANDA...

Umbanda não é grandiosidade de magos, é diminuição de vaidades frente às equânimes leis evolutivas;

- Umbanda não é mistério, é simplicidade;

- Umbanda não tem grandiosos trono, tem toco de velho;

- Umbanda não tem cetro de poder, tem o balanço do caboclo;

- Umbanda não dá curso pago, ensina gratuitamente os segredos;

- Umbanda não tem pastor de rebanhos, conduz à auto-iniciação resgatando a criança divina interna de cada um;

- Umbanda não tem insignia sacerdotal que exalta, sim vontade de servir o proximo que iguala;

- Umbanda é caridade e não MATA pelo ORIXÁ, ela VIVIFICA os seres na vibração de exu-guardião;

- Umbanda só tem um maioral, JESUS, o mestre dos mestres que se igualou aos excluídos dos templos e religiões de outrora...

Lembrem-se sempre deste lindo ponto que nos mostra a grandiosidade e a vinda da umbanda nesta terra abençoada chamada brasil...

Surgiu no jardim mais uma flor,
Mamãe Oxum trazendo paz e amor,
Que vai crescendo ,este imenso Brasil.
Bandeira Branca de Oxalá, força do além, Mãe caridosa que ao mundo deseja o bem...
Vai sempre em frente, Oh! minha umbanda querida!
Leva doçura da vida para aqueles que não tem.

Saravá nosso pai maior, Saravá umbanda, Saravá todos os Orixas, saravá todos os guias espirituais, Saravá todos os filhos que procuram a umbanda em busca do amor da humildade e dá pratica da caridade...


Retirado do livro A MISSÃO DA UMBANDA

Mensagem do Sr. Sete Catacumbas

“O trabalho espiritual e de caridade foi gerado para que as pessoas pudessem ter a grande oportunidade de anular situações cármicas, ou pelo menos aliviá-las. Mas o que se vê é exatamente o contrário: médiuns aumentando seus carmas dentro dos próprios terreiros de Umbanda. Isso acontece devido ao abuso perante a espiritualidade, onde ‘médiuns’ aproveitam as incorporações para discutirem relações pessoais ou para dizerem aquilo que não têm coragem de fazer pessoalmente. Isso acontece devido à priorização de interesses pessoais pois observamos que muitos médiuns estão vestidos de branco realizando um “trabalho de caridade” mas esperando algo em troca, algo como um emprego melhor, um namorado ou quem sabe até a solução de seu casamento. Acontece também, talvez devido à falta de interesse do ‘médium’ pelo Plano Astral ou até descaso, de ouvirmos que “ é o Guia quem trabalha, não eu, por isso não tenho a obrigação nem a necessidade de saber nada”. Outra coisa que cansamos de ver é aquele médium que enche a boca para falar que “sexta-feira é dia de trabalho no Centro, é minha obrigação estar lá”. Quer dizer que entrar para o lado Sagrado da Espiritualidade é OBRIGAÇÃO? Definitivamente não! Isso é uma OPORTUNIDADE ÚNICA, é um momento mágico e Divino onde o Ser tem a permissão de fazer parte e conhecer. Não pode ser encarada como obrigação, mas feito com alegria, amor e satisfação. Observo que muitos médiuns estão perdendo essa oportunidade única para irem à academias, passeios, jantares … e depois reclamam da vida! É lamentável e triste ver que existem muitos médiuns aumentando seus carmas dentro dos Terreiros de Umbanda ao invés de eliminá-los. É lamentável.”

Sr. Exu Sete Catacumbas.

sábado, 30 de julho de 2011

Considero os 10 Maiores Erros dos Médiuns Umbandistas

Todos os espíritos encarnados da Terra estão em diferentes patamares de conhecimento espiritual e de entendimento para com a vida. Por isso, resolvi enumerar os erros mais freqüentes praticados pelos irmãos umbandistas, e tenho certeza que muitas pessoas de outras doutrinas se identificarão com alguns dos erros que serão ditados abaixo e que muitas vezes os praticam por desconhecimento e até por ingenuidade.

1- Não procurar se doutrinar na literatura dada pelos espíritos para que não precisem cada vez que se comuniquem estar trazendo os conhecimentos da espiritualidade, e não precisando lavrar a terra de nossa cabeça, sobra maior tempo para os trabalhos práticos de cura e de desobsessão.

2- Achar que as entidades tudo podem e a tudo devem lhes servir em matéria de petitórios, muitas vezes absurdos, como uma dor no dedo do pé ou um câncer adquirido após anos tragando o doce veneno do cigarro.

3- Estar em uma “corrente” observando a assistência ou desligado dos trabalhos que estão em andamento.

4- Achar que tudo necessita de um trabalho com velas, comidas e cachaças; Sem lembrar-se que o maior trabalho é o mental, juntamente com seu adiantamento moral.

5- Achar que as entidades de Exu são seus compadres e amigões, esquecendo que eles são policias juízes, promotores do astral, comandantes de falanges e chefes de estado, portanto, espíritos que devem e requerem de nossa parte muito respeito.

6- Sentir-se na posição de superior em relação aos “não médiuns”, por ter dons que Deus lhes deu para trabalhar o seu adiantamento pessoal, moral e intelectual, e não para se sentir superior a quem quer que seja, pois toda mediunidade é uma responsabilidade enorme e exige modificações na vida pessoal de quem a exerce.
7- Não compreender que ao ingressar em uma “corrente”, os mesmos devem entregar-se de corpo e espírito ao trabalho dos pais maiores, desvinculando-se do exterior, por na maioria das vezes 2, 3 ou 4 horas de uma semana de 168 horas, o que nos sobra 164 horas para os afazeres cotidianos.

8- Confundir os Orixás com os Santos.

9- Achar que boiadeiros, baianos, orientais, cangaceiros e Zé Pilintra (Malandros) fazem parte permanente das fileiras da Umbanda, são eles espíritos bem recebidos pala Umbanda que cooperam na medida de suas capacidades, mas não são integrantes permanentes da Umbanda.

10- Misturar, Umbanda, Candomblé, Kardecismo, Catolicismo etc. Devemos sim ter uma base sólida na Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas, propagada pelo médium Zélio de Moraes que nos ditaram os preceitos da genuína Umbanda, ou seja, a verdadeira Umbanda nascida no Brasil, podemos sim nos instruirmos com o que há de melhor em outras religiões, mas praticar a genuína Umbanda de nosso pai Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Saravá Umbanda!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Por que fracassam alguns médiuns?

- A influência do meio.
- A influência moral do médium chefe.

Comentário do Pai de Santo

O ambiente de um templo é direcionado pela moral do médium chefe. Esse chefe irá cercar-se de bons ou maus espíritos, que irão ajudá-lo no bem ou no mal.

Mesmo sendo desenvolvido por um Guia espiritual iluminado, esse Guia não conseguirá vencer a má índole do médium, se ele mantiver seus defeitos ou ainda dedicar-se ao mal.
Se a má índole persistir, o Guia espiritual iluminado irá afastar-se, permitindo a aproximação de espíritos da mesma faixa vibratória negativa, os quais, por sua vez, atrairão aqueles que com eles se comprazem ou ainda, incautos que os procuram na busca de solução para seus problemas.

Uma reunião de levianos, que ocorre apenas para satisfação de desejos gerados por má índole, atrairá espíritos semelhantes, independente de qualquer evocação. Os trabalhos são sempre abertos, evocando Orixás e Guias de Luz, porém, se os interesses no local forem levianos, isso também indica através da correspondencia vibratória que elesnão estarão presentes, por terem aversão ao ambiente e por saberem que não serão compreendidos ou ouvidos.

Esse médium chefe pregará entre os seus, transmitindo maus ensinamentos, que fatalmente serão transmitidos por seus seguidores a outros que irão aproximar-se no futuro. Daí a monstruosa deturpação que hoje se conhece, gerada por incautos de má índole.

A influência moral do médium chefe, uma vez transmitida a seus seguidores, formará bons ou maus médiuns e ainda, bons ou maus templos futuros.

O médium, por sua vez, mesmo iniciado em mau ambiente, que não contenha em seu coração a má semente, irá afastar-se, buscando ambiente sadio. Se conseguir eliminar seus defeitos, irá fortalecer-se.

O médium, uma vez em novo ambiente, se não conseguir eliminar seus defeitos, será afastado pelo Guia chefe do templo, que notará a sua insanidade, ou ainda sua incapacidade em perdoar ou aprender com seus erros, afastando-o dos demais médiuns, permitindo que sofra as conseqüências de sua insanidade espiritual.

O desenvolvimento da mediunidade não depende da moral do médium.

A sua prática, porém, depende da moralidade do médium.

Por esse motivo é comum que médiuns desenvolvam sua mediunidade e depois de um certo período, o Guia desse médium o afaste do ambiente em que está, se notar que esse ambiente tornou-se nocivo, levando-o a um ambiente mais sadio.
Se esse médium uma vez em ambiente sadio, der vazão a sua má índole, forçará o afastamento de seu Guia, uma vez que esse médium não se corrige.

O médium que emprega mal suas faculdades sofre duplamente as conseqüências do mau uso da mediunidade, uma vez que perdeu a oportunidade de evoluir. Se a mediunidade é para a prática da caridade e o médium a usa mal, responderá por não ter feito a caridade e também por todo dano e sofrimentos que causar a outros, por isso padece duplamente a conseqüência de seus atos.

Os Guias nos dão lições de moralidade, perdão e fé, mas o fazem com reservas e não falam claramente, esse procedimento é para permitir maior mérito aquele que ouve, aprende e pratica os ensinamentos que recebe.

O bom médium, devotado e trabalhador, ouvirá essas lições, ainda que essas lições sejam diretas, ou dêem a entender, que a ele são direcionadas. Aprenderá com elas e procurará melhorar-se.

O mau médium chamará o Guia de mistificador, mentiroso e atrevido, e irá afastar-se do ambiente. Essa conduta prova que o Guia possuía a razão ao seu lado. Romperá o elo que une o mau médium à corrente, para permitir que ele sofra as conseqüências de seus atos e com eles aprenda.

Não existe médium perfeito. O único foi Jesus Cristo. O que pode existir hoje são bons médiuns. A boa índole, a moral, a boa vontade do médium, sua capacidade de perdoar seus inimigos, sua dedicação nas horas difíceis de trabalho, ou nos transportes violentos, a capacidade de suportar a dor no lugar de seu próximo, ou permitir que seu próximo amenize seus sofrimentos, é que determinarão o sucesso ou o fracasso do médium.

Todo médium deve compreender que as horas de trabalho são horas difíceis. São horas de dedicação ao próximo. Deve compreender que, se faz parte de corrente espiritual, isso acontece porque ele é mais imperfeito do que aqueles que procuram por seus Guias.

Deus, dando provas de Sua infinita bondade, deixa ao alcance do médium os meios para traçar a própria felicidade futura. Se ele não aproveita a oportunidade, também não poderá culpar outras pessoas, no futuro, por sua infelicidade futura.

Os médiuns de Umbanda são em sua grande maioria, seres desprezíveis e rapineiros do passado, e Deus, provando Sua bondade, deixa ao alcance desses médiuns os meios para se mostrarem dignos no futuro.

Se voce é médium de Umbanda compreenda o que é a mediunidade e as horas de sacrifício nos trabalhos do templo, se elas lhe são duras, imagine-se em cadeira de rodas ou cego, ou doente com problemas e dores por toda a vida. A sua própria razão lhe mostrará a bondade de Deus para com você.

Participar de corrente de Umbanda, para os médiuns de Umbanda, já é um privilégio nem sempre merecido. Aprenda com os Guias, os seus e dos outros médiuns. Pratique os ensinamentos que receber e você traçará o seu futuro, onde colherá, através de seus atos, o seu sucesso ou o seu fracasso mediúnico.

QUERIDOS MÉDIUNS!



Os médiuns da Umbanda, são os mesmos médiuns que trabalham em qualquer linha ligada ao Espiritismo, não havendo nenhuma diferenciação, apenas, o que normalmente ocorre é que os médiuns que trabalham na Umbanda são os de Incorporação, principalmente, já que no rito da Umbanda todo o trabalho é feito por uma entidade, não pelo médium. O médium apenas, cede seu corpo e faculdades, para a manifestação dos Guias. Os demais tipos de mediunidade ( Vidência, Auditiva, Premonitiva ), são aceitas mas sua manifestação não é tanta, já que quem procura um terreiro vem buscar nas entidades que ali estão trabalhando, as soluções de suas agruras.


Um médium de Umbanda é preparado, tanto pelos Guias, como pelo Pai de Santo. Esse, por si tem uma responsabilidade maior, saber frear os desejos terrenos dos seus filhos, pois esses desejos tendem a prejudicar o desenvolvimento do médium.
Alguns terreiros, fazem para seus participantes "Giras" próprias para desenvolvimento. Nessas giras, são passados os conhecimentos necessários. Em alguns terreiros, essas giras são feitas somente para os médiuns da corrente, não sendo permitido a presença de plateia. Uma das razões disso prende-se ao fato da liberdade do Pai de Santo de falar com esses filhos, em desenvolvimento, sem constrange-los. Alguns na ânsia de desejo, acabam confundindo um incorporação verdadeira, com a vontade de estar incorporado. O Pai de Santo, tem por obrigação, guiar esses filhos, no caminho certo, parar as "tremedeiras" e "Chacoalhos", e faze-lo entender a diferença entre vibração e incorporação. Muitos não aceitam, mas o primeiro passo para um bom desenvolvimento é saber reconhecer as diferenças.


Os médiuns em desenvolvimento, tem uma maior facilidade de receber entidades, como popularmente falam, de Esquerda, ou como eu prefiro falar, da Linha de Exús ou, dos Povos (Baiano, Boiadeiro, etc.), o motivo de tal é o foco vibracional gerado tanto pelo médium, como por essas entidades. Não é raro, achar um médium em desenvolvimento que já receba um Exu e esse fale, ande, se manifeste como se a muito esse médium o recebesse e ainda não ter se manifestado nenhuma entidade de outra linha.
Fatores que facilitam o desenvolvimento e a incorporação de um médium são o preparo do ambiente para o trabalho de desenvolvimento. Podemos citar, para exemplificar que o Som dos Atabaques, a "Gira" favorecem o desenvolvimento porque fazem o desligamento do pensamento do médium em desenvolvimento.
Existem alguns tipos de incorporação, e citaremos os mais falados :


Inconsciente : É quando o médium entra em uma espécie de transe, como se estivesse dormindo. Enquanto ele se encontra nesse estado, o Guia incorpora agindo através do corpo do médium, podemos dizer que se tornaria dono das atitudes e dos sentidos. ( Essa incorporação é rara, por assim dizer, muitos médiuns falam ser inconsciente apenas para não gerar duvidas e conflitos)

Semiconsciente : Nesse caso a existe uma consciência por parte do médium, mas mesmo com essa consciência, não há o domínio das faculdades físicas, sendo essas coordenadas pelo Guia.


Consciente : Essa é a mais comum e a de maior responsabilidade. Médiuns temem dizer que são conscientes, achando que por causa desse tipo de incorporação estariam em um estágio mais baixo, por assim dizer. Ledo engano, da parte desses. Se lhe é permitido ser consciente é que existe uma grande confiança entre o Guia e seu Médium. O Médium consciente tem o poder de omitir, alterar, acrescentar, o que lhe é dito por seu guia, se esse médium não tiver o discernimento necessário o trabalho não será feito a contento. Esse tipo de incorporação é também uma espécie de prova para o médium.


Não ouve um Pai de Santo, que não tenha sido médium antes, e isso aguça a vontade de muitos filhos de santo de se tornarem em um futuro bem mais próximo do que deveria, um Pai de Santo.
A responsabilidade de um Pai de Santo, não pode ser medida pelo tempo que ele convive na Umbanda, pesa muito o discernimento dele com relação aos demais filhos de santo e para com aqueles que irão procurar sua ajuda. Muitos gostam da pompa e do titulo, e esquecem que existe muito mais coisas do que isso. Esquecem que eles serão mentores de outros médiuns e não tendo o conhecimento necessário podem atrapalhar o desenvolvimento desses que o seguem.

É comum ver abrir, e fechar, rapidamente terreiros de Umbanda, a falta de preparo é o ponto principal desse fato. Também é fácil achar pessoas que fazem trabalhos em casa, mas, até onde o estão fazendo corretamente??? Muitas não sabem. Existem seguidores que acham que para ser um Pai de Santo é necessário o Rito de Deitada, Raspagem, etc., mas, a realidade é outra, quem determina que um médium está preparado ou não para dar mais um passo na sua evolução são seus Guias. Eles devem demonstrar que o médium alem de estar preparado é sabedor da responsabilidade que estará por assumir. Muitas coisas lhe são ensinadas no retiro da Camarinha, mas muito mais lhe é ensinado nos seus trabalhos e por suas entidades. A confiança no Pai de Santo é um fator que será de grande peso. As vezes o médium acha-se no direito de fazer a deitada, mas como o Pai de Santo não quer fazer, a vaidade é mais forte e procura-se um outro que o fará. Quando ha uma negativa por parte de um Pai de Santo é que esse não acha que o momento é propicio, seja pelo médium ou por ele próprio não estar preparado para tal. Quantos casos que eu conheço que a vaidade é tanta, que um filho deitado, suposto Pai de Santo, ao sair da Camarinha já se acha pronto para fazer outro filho de Santo. Nem ele e nem o que ele fez terão o preparo necessário para dar sequência ao trabalho.


Por causa de alguns médiuns é que a Umbanda não é, muitas vezes, levada a sério. Existe muita mistificação e falta de preparo.
Achar que se está fazendo as coisas corretamente jogando as responsabilidades para os mentores Espirituais é comum acontecer.

Os erros mais comuns, cometidos por médiuns são:
- Não aceitarem que são médiuns conscientes, preferem mentir para si e para outros, dizendo serem inconscientes. Existe uma falta de confiança gerada em relação para o médium Consciente.

- Deixar a vaidade tomar conta. Quem fez algo foi o Guia, o médium apenas emprestou, por assim dizer, seu corpo para que o Guia se manifestasse. Achar que seu Guia é mais "formoso" que o outro porque o Cocar ou a Capa que você deu para ele é mais bonita, porque a cada 10 filhos que vem no terreiro cinco querem falar com a sua entidade. Que ele se manifesta, dança mais que os outros é estar deixando a vaidade tomar a frente e esquece que a humildade é passada como ensinamento pelos seus próprios Orixás.


- Pela entidades fortes, que trabalham em sincronia achar que se está preparado para abrir seu próprio terreiro e transmitir ensinamentos. Quando for a hora certa, seus próprios guias indicarão o caminho. Não deixe a sua vontade tomar a frente da vontade dos Orixás.


- Trabalhar com apenas algumas entidades, pois elas se sobressaem das outras.


MEDIUNIDADE

Falar de mediunidade, tentar colocar em palavras o que seria esse termo, não é uma tarefa fácil. Existem conceitos que nos são passados sobre mediunidade, tipos de mediunidades, graus, etc. e, também que todas as pessoas tem o dom mediunico dentro de si, em escala e tipo de manifestação diferenciado.

Quando se fala que uma pessoa é médium a primeira correlação que vem a mente é a Incorporação, também essa é a forma mais comum de mediunidade. Apesar da existência da Mediunidade de vidência, auditiva e intuitiva e outras classificações, quando se quer classificar um médium na umbanda, é normal classifica-lo se o mesmo for um médium de incorporação.

Dizer que é um dom a Mediunidade é uma verdade, mas o que se deve também dizer é que é uma provação muito grande, um teste por assim dizer, que se pede quando se reencarna.
Pelos meus anos dentro da Umbanda, eu pude perceber, aprender e aceitar, que nem sempre um médium seja ele de qual classificação, está em um grau de evolução superior a um médium que não se manifestou a mediunidade.

Oxalá, nosso Pai Maior, presenteia muitas vezes com o dom da mediunidade aquele espirito que reencarna para cumprir uma provação e evoluir mais espiritualmente. Fazer uso desse dom de forma correta e coerente é um dos principais passos a ser dado no degrau de evolução.

Muitos frequentadores de tendas de Umbanda, querem por que querem, poder incorporar, ter seu guia, trabalhar, e se frustram quando o mesmo não ocorre. A não manifestação por vezes é a demonstração que esse espirito que hoje habita o plano físico já cumpriu determinada provação.


A principal provação que passa um médium é assumir a responsabilidade por esse dom e fazer uso dele da forma que seu livre arbítrio assim o quiser. Quando se fala que o mal uso da mediunidade pode ser punida com a perda da mesma é uma verdade, você pode ter esse seu dom suprimido, e é quase certo que em uma próxima encarnação passará pela mesma provação. Francisco Cândido Xavier, um dos médiuns mais responsável que eu conheço, uma vez falou que seu maior medo "era não ter conseguido cumprir a missão que lhe foi dada".


A responsabilidade é maior do que muitas pessoas pensam.

Para cada pessoa há uma forma de se manifestar a mediunidade, o deja-vu, termo muito conhecido e falado, é uma forma de mediunidade intuitiva ou de premonição, saber fazer uso dela é estar evoluindo espiritualmente. A paciência é uma virtude ao médium de incorporação que está se iniciando, a ansiedade é um fator negativo. O querer bloqueia as vibrações.


Se você foi presenteado com esse dom ou provação, a mediunidade, aceite-a de bom grado e faça uso dela, para atingir a evolução espiritual necessária. Não deixe que a vaidade, a ansiedade, venham a impedir que você percorra seu caminho. Apesar da jornada ser difícil você sentirá que vale a pena.

OS ORIXÁS

Crer na existência dos Orixás e o que eles representam está dentro de cada um de nós, vai da fé, do sentimento, e dos ensinamentos que nos forem passado. Os Orixás estão presentes em todas as religiões apenas em cada conceito é lhe dado um nome diferente.

Tentando simplificar O Orixá, é força e luz, de uma pureza sem par, está presente em todas as manifestações da natureza, na vida.

O Orixá, seria a o Primeiro de uma hierarquia espiritual, o degrau abaixo de um Ser Supremo, Oxalá ( DEUS ).
Os Orixás, não se manifestam em, terreiros, roças, casas de caridade, sua luz e energia é tão grande que cegaria a quem o visse ou sentisse. Os espíritos do plano superior, por afinidade, estão ligados a cada um dos orixás, fazendo uma comparação terrena, seria como um pelotão de exercito, onde o Orixá seria o comandante e os Espíritos sob seus ensinamentos os soldados.

É sua responsabilidade transmitir os ensinamentos do plano superior aos seus comandados e que esses transmitam aos espíritos que estão ainda em evolução. Por sua vez, seguindo a a mesma metáfora do exercito, seriam os soldados que se manifestam e trabalham nas Giras, com isso adquirem conhecimento e evolução para irem galgando degraus dentro da hierarquia espiritual.

É dos Orixás também, a responsabilidade de manter o equilíbrio entre os planos astral e físico.
Quando um espirito desencarnado se encontra na vibração de um Orixá esse assume características vibratórias da linha a que faz parte, assumindo características desse orixá. No Candomblé, é comum as manifestações de entidades dizendo-se um Orixá ( Ex.: Ogum, Oxossi, Xangô, etc.), na realidade está se manifestando um espirito ligado a essa família, que atua e trabalha sobre as forças e influencia desse Orixá. Na Umbanda, por sua vez, as entidades se manifestam já como emissários da linha de determinado Orixá.

Como toda a incorporação é feita em uma esfera, O Orixá, em si, não se manifesta, pois sua faixa de vibração não é compatível com a vibração dos espíritos encarnados. O corpo físico atua como um bloqueador de vibrações ou melhor como um escudo que altera o grau vibratório do corpo astral.

Na Umbanda é dito da existência de Sete Linhas, ou seja, existiriam sete vibrações diferenciadas, que seriam : Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iemanjá, Oriente e Africana. As linhas vibratórias não podem, de forma alguma serem confundidas com os Orixás, propriamente ditos. Elas apenas determinam o tipo e o grau de vibração existente, não quer dizer que existe somente 7 orixás. Essa definição de sete linhas, alem de estar ligado ao misticismo do numero em sí, também tem suas raízes nas regiões da África, onde seriam a morada desses Orixás.

Os Orixás, mais conhecidos, são mais que sete, assim podemos dizer que alguns desses Orixás tem o mesmo fluxo de vibração de outros. Novamente volto a falar para não confundirem os Orixás com os Guias que se manifestam em terreiros.

A determinação da linha vibratória de um Orixá está ligada aos elementos da natureza que eles venham a manipular. Um único elemento ou a combinação de dois ou mais, fazem a definição da linha vibratória. Outros fatores também estão ligados aos Orixás ou o inverso, os Orixás estão ligados a outros fatores, que podemos citar como exemplo: Os dias da Semana, Os Meses do Ano, O próprio Ano em si ( Ciclo de tempo que o Planeta terra leva para dar uma volta em torno do sol), Os planetas, etc.

AS ENTIDADES

A manifestação de entidades espirituais em uma pessoa, é chamada de incorporação, mas quem seriam essas entidades???
Em comum acordo, todas as religiões com base no Espiritismo, tem como conceito que essas entidades são espíritos, desencarnados, que se manifestam por várias razões. Podem ser entidades que vem a procura de esclarecimentos e de um caminho que os levem para o plano espiritual. Podem ser espíritos evoluídos que tem como missão trazer conhecimento e esclarecimentos, etc, etc, etc.

O que se pode dizer com certeza é que essas entidades, são força e energia e saber manipular essas forças ou guia-las é uma responsabilidade enorme, que nos foi presenteada.
Quanto maior o grau de evolução de uma dessas entidades, menor é a possibilidade ou a frequência de incorporação ou manifestação no plano terreno. São inúmeras razões e explicações de tal fato, uma das entidades que se manifesta através de mim passou-me a seguinte explicação que agora eu reparto com quem estiver lendo, com a Sua autorização.
"Vocês, seres corpóreos, que vivem no plano terreno, vibram em uma frequência baixa, quando nós queremos nos manifestar, temos quem fazer com que nossa faixa de vibração se aproxime o máximo possível da faixa de vocês. Quanto mais evoluído é o Espirito mais difícil é ele conseguir vir a uma faixa de vibração inferior"
"Você pode imaginar a evolução espiritual como sendo uma escada, sendo que no primeiro degrau encontra-se os espíritos presos a matéria corpórea, em cada degrau acima encontram-se espíritos com uma evolução maior. Todos eles estão, por assim dizer, de mãos dadas, e quando um sobe um degrau, todos os que estão abaixo deles também evoluem um pouco mais"

"Como em uma hierarquia, os espíritos mais evoluídos, guiam os outros em missões que os farão atingir degraus evolutivos, ou como se fala, ganhar um pouco de luz. Podemos dizer que, quem está ligado à matéria corpórea, ainda vive nas trevas. Quando da desencarnação, o espirito liberto, segue seu caminho até o degrau evolutivo que se encontra, passando ali a exercer as funções de sua evolução".

"Os seres que vocês chamam de Anjos, e que para alguns se apresentam em uma forma etérea/corpórea, na verdade são espíritos com um grau de evolução de poucos degraus acima que a faixa de vibração corpórea, assim podem se manifestar aproximando-se da faixa vibratória da forma corpórea. Eles são guiados por espíritos superiores, os verdadeiros Anjos, Arcanjos e Serafins, da mitologia católica."

"O Exu, ou melhor as entidades ligadas a linha de Exú, tem a frequência de vibração quase idêntica a vibração dos espíritos incorporados. Quando uma entidade em um terreiro fala que vai correr uma Gira, desmanchar um trabalho, na realidade ele está dizendo que vai mandar um "Exú", seu soldado direto fazer esse trabalho, primeiro por causa do fator vibratório e segundo para que esse espirito possa com esse ato, ganhar mais força e luz para ir obtendo o grau evolutivo necessário."
Os Guias

Confundidos com os Orixás, os Guias são as entidades que se manifestam, pela incorporação nos trabalhos espirituais.

No Candomblé, em algumas linhas que seguem não só os ritos, essas entidade, são chamadas de "Encantados", e também trabalham efetuando consultas e passes.
Na Umbanda, genericamente, são chamados de Guias, sendo que dependendo do trabalho, esse termo é substituído por outros, como por exemplo, Caboclos, ao se referirem as entidades das linhas de Ogum, Oxossi e Xangô. Pretos Velhos, aos que vibram pela influencia de Irocó e que assumem a postura de escravos. Povos, quando se fala de Baianos, Ciganos, Boiadeiros. E assim vai.

Os guias que incorporam, se manifestam trazendo as características da linha vibratória a qual estão ligadas, existem, algumas características que com o tempo foram se tornando como uma assinatura e que algumas pessoas acham ser uma regra, e para essas pessoas qualquer mudança dessa regra não deixa de ser uma manifestação verdadeira. Algumas dessas características, podemos dar como exemplo:
Os Guias de Ogum, se apresentam como uma espécie de Soldado Romano
Os Guias de Oxossi, se apresentam como Índios, o mesmo acontecendo com os de Xangô.
Os Guias da Linha de Baiano, dizem ser oriundos da Bahia.
Os Guias da Linha do Oriente, quase sempre se manifestam como Ciganos.
Os Guias da Linha de Preto Velho, se manifestam como pessoas idosas, característica essa já ligada por si só ao nome da linha.
O que citei acima como exemplo, não refletem a verdade, mas já está tão enraizado que é difícil hoje em dia acabar com esse conceito. Um Índio ( Caboclo por assim dizer) pode ser muito bem um Guia de Ogum, não tendo a obrigação de se manifestar como um soldado romano, com toda a pompa, ele irá vir com todas as características que absorveu em sua vida terrena. O Baiano, pode ter nascido em qualquer lugar. A Linha do Oriente é mais ampla do que apenas Ciganos, podem se apresentar como Japoneses, Chineses, Mongois, etc., do mesmo Jeito que um Escravo Novo, pode vir na linha de Pretos Velhos, e a cor de sua pele não é influencia para a linha.
Todos os povos do Planeta, podem se manifestar em qualquer pessoa e a língua falada não é necessariamente a que ele usou enquanto estava encarnado, como ele usa as faculdades e conhecimentos do médium, ele vai falar na língua conhecida. Sua forma de falar é uma característica própria, mas sem ser regra dele falar os "EXAS e IEs", tão comuns em todos os terreiros.
Se tomarmos como exemplo um trabalho de "mesa branca", muito conhecido, ali dificilmente um espirito se manifesta com as características da Umbanda. O Guia, sabe como agir, tem o discernimento e, adaptar-se ao local onde está se manifestando é facil, para eles, mas, nada o impedirá tambem de se manifestar da mesma forma que em um terreiro.
A Umbanda, aproxima-se mais com as pessoas, os Guias que se manifestam passam a impressão de serem "mais humanos", por assim dizer. Tem, por vezes, os mesmos defeitos que a pessoa que o procura. Fala errado, fuma, bebe, ri, brinca, é sério, etc..., diferente de outros trabalhos de espiritismo. Essa forma de agir dos Guias é o imã que atrai e dá confiança para quem os procuras.
Os guias, tem livre arbítrio de se manifestarem, com as características necessárias para efetuar o seu trabalho.
Quando um guia de manifesta, ele diz seu nome, nome esse ligado a sua linha vibratória e/ou falange. O mesmo guia, pode se manifestar em mais de um médium, desde que não seja no mesmo ambiente e ao mesmo tempo, mas não é raro, encontrar no mesmo ambiente duas ou mais entidades com o mesmo nome, ai, nesse caso, são entidades que vibram na mesma linha. O Guia, tem memória para recordar-se de qualquer trabalho feito a uma pessoa, mesmo que não tenha sido feito quando da incorporação no mesmo Médium.
Uma coisa que é necessário esclarecer com relação aos Guias, seria a forma de trabalho ligado ao Exú, ou o Capangueiro, como é conhecido em alguns lugares. Toda entidade, não trabalha sozinha, quando da sua incorporação ela trás consigo, uma legião de espíritos que fazem a guarda e a proteção. Quando da necessidade de uma gira ou desmanche de algum trabalho, não é o espirito incorporado que o faz. Ele manda, por assim dizer, seu capangueiro efetuar o trabalho. (A hierarquia prevalece). Lembre-se que os Exus são considerados como a "Policia do Astral". O outro porque, está ligado a faixa vibratória das entidades da linha de Exú, estas estão mais próxima a vibração terrena gerando facilidade de desmanche ou envio de vibração. Com isso, essas entidades ganham, por assim dizer, mais luz e força, quando da execução de um trabalho.
As linhas de povos, Baianos, Boiadeiros, Crianças, etc., também vibram quase na mesma frequência que a dos espíritos encarnados, havendo pouco diferencial de vibração entre essas entidades e os Exús.
Um Guia, seja ele de que linha é, tem a mesma força que qualquer outro, não havendo um mais forte que o outro, o que diferencia é a preparação do médium.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

MÃE NANÃ


A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada .

A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por dois elementos, que são: terra e água. Ela é de natureza cósmica pois seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E assim permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais.

Nanã forma com Obaluaiyê a sexta linha de Umbanda, que é a linha da Evolução. E enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar. Saibam que os orixás Obá e Omulu são regidos por magnetismos "terra pura", enquanto Nanã e Obaluaiyê são regidos por magnetismos mistos "terra-água". Obaluaiyê absorve essência telúrica e irradia energia elemental telúrica, mas também absorve energia elemental aquática, fraciona-a em essência aquática e a mistura à sua irradiação elemental telúrica, que se torna "úmida".

Já Nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo absorve essência aquática e a irradia como energia elemental aquática; absorve o elemento terra e, após fracioná-lo em essência, irradia-o junto com sua energia aquática.

Estes dois orixás são únicos, pois atuam em pólos opostos de uma mesma linha de forças e, com processos inversos, regem a evolução dos seres. Enquanto Nanã decanta e adormece o espírito que irá reencarnar, Obaluaiyê o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético, já adormecido, até o tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado .

Este mistério divino que reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso amado pai Obaluaiyê, que é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro.

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.

Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

Nas "linhas da vida", encontramos os orixás atuando através dos sentidos e das energias. E cada um rege uma etapa da vida dos seres. Logo, quem quiser ser categórico sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar, porque onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos. E o que está visível nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida. Saibam que Nanã em seus aspectos positivos forma pares com todos os outros treze orixás, mas sem nunca perder suas qualidades "água-terra".

Já em seus aspectos negativos, bem, como a Umbanda não lida com eles, que os comente quem lidar, certo?

OFERENDA

Velas brancas, roxas e rosa; champagne rosé, calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, tudo depositado à beira de um lago ou mangue.


TRECHOS EXTRAÍDOS DO LIVRO "O CÓDIGO DE UMBANDA" DE RUBENS SARACENI

Nanã Buruquê

Nanã Buruquê

Sincretizada em N.S. de Sant`ana, é cultuada no dia 26 de Julho.

Ela é responsável pelo elemento barro, assim mostrando que Nanã fez parte da criação do 1º homem e de todos os seres viventes na terra.

Nanã é considerada a Mãe de todos os Orixás e Zambi o Pai dos Orixás e espíritos que ela dirige.

Também associada tanto com a vida como com a morte, atua nas águas das chuvas limpando a Atmosfera e varrendo o Ar. Além disso é considerada Mãe dos Orixás Omulú (Obaluayê) e Oxumarê.

Pertence a linha do Obaluayê, podendo também atuar na linha de Iemanjá.

Caboclos de Nanã:

Assucena, Inaira, Juçanã, Janira, Juraci, Jutira, Luana, Sumarajé, Tista, Paraguassú.

Nanã tem como característica a sua dança, na qual ela vai limpando o ambiente, andando com seu corpo curvado varrendo todos os males.

Seu Habitat: Calunga Pequena, Charcos, Lamaçal e Nascente d`agua

Sua cor na umbanda: Lilás

Seu Metal: Ouro Branco ou Níquel

Suas flores: Rosas Vermelhas (rubra), Dália Vermelho escuro

Dia da Semana: Segunda-feira

Suas Ervas: cipestre verde, folhas de beringela, colônia, manacá, pétalas de rosas vermelhas (rubras)

Sua Bebida: água mineral sem gelo

Sua Pedra: ametista e Feldspato

Sua Fruta: Melão

Sua Comida: Beringela cozida regada com azeite doce; Inhame cozido (pirâmide de Nanã) regado com mel.

Sua saudação na Umbanda:

Saluba Nanã!

Saluba Vovó!

Salve Nanã Buruquê!


Alguns textos, poemas e fotos foram retirados de variados
sites, caso alguem reconheça algo como sua criação e não
tenha sido dado os devidos créditos entre em contato.
''A intenção deste blog não é de plágio, mas sim de espalhar conhecimento..."
Joaozinho

paijoaozinho@terreirodavobenedita.com