“Aos quinze anos,
minha inteligência se consagrava ao estudo. Aos trinta, mantinha-me firme. Aos
quarenta, não tinha dúvidas. Aos cinquenta, conhecia os decretos o Céu. Aos
sessenta, o meu ouvido era um órgão obediente para a recepção da verdade. Aos
setenta, podia fazer o que me desejasse o coração sem transgredir o que era
justo”. – Confúcio
(Kongtzeu).
Duas coisas predominam em todo o Universo: a
Consciência – que é Deus e os seres criados à sua imagem e semelhança; e a Lei,
que é a vontade de Deus governando os seres e a Natureza.
A Lei significa a ordem o equilíbrio a harmonia.
A Consciência significa inteligência, pensamento, ação, emoção, realização,
autocontrole, responsabilidade e convivência.
O contrário da Lei é o caos, o mal, a escuridão,
o medo e a ignorância, a incerteza, a insegurança e o sofrimento. O
contrário da Consciência é a alienação e a loucura.
Quando a Lei e a Consciência não se chocam e
andam juntas significam sempre o Bem, a Luz, a fé, a confiança, a sabedoria, a
resignação, a tranquilidade, a confiança e a felicidade.
A união da Lei com a Consciência resulta no
conhecimento gradual da Verdade. Quando conhecemos a Verdade a nossa vida se
transforma incessantemente.
A Verdade total ainda está bem longe do nosso
alcance: ainda não temos maturidade para conhecê-la como um todo. Por isso
vamos conhecendo-a em partes. Se conhecêssemos a Verdade de uma só vez
entraríamos em desequilíbrio. Por isso, assim como as crianças que aprendem a
andar por si próprias, vamos dando passos lentos, até adquirirmos segurança
para pisarmos nesse terreno, para nós ainda tão assustador e inseguro.
Em várias épocas Deus permitiu a manifestação na
Terra, e em muitos outros mundos físicos, de seres sábios para mostrar a
Verdade aos homens. Mostraram muitas coisas verdadeiras, mas não puderam mostrar
tudo por completo. Krishina e Buda na Índia, Zoroastro na Pérsia,
Lao-tsé, Fo-Hi e Confúcio (Kong-Teseu) na China, Sócrates na Grécia,
Moisés e Jesus na Palestina. Todos eram legisladores morais e ampliadores da
Consciência humana.
Todos eles falavam da Lei e da necessidade de praticarmos essa lei
desenvolvendo a Consciência. Krishina e Buda ensinavam: amem os seres da
Natureza e controlem os desejos; Moisés alertava: respeitem a Deus não matando
e não roubando; Os mestres da China recomendavam: Cultivem a paciência e a
bondade; Zoroastro explicava a importância do livre-arbítrio falando da luta
constante entre o Bem e o mal; Sócrates refletia: sei que nada sei e
recomendava: conhece-te a ti mesmo; Jesus pedia: sejam humildes, perdoem seus
inimigos. Este, como o último grande sábio que se manifestou em nosso planeta,
tinha plena consciência de sua responsabilidade e do momento histórico que
estava inaugurando para a Humanidade: “Não pensei que vim destruir a lei ou
destruir os profetas; eu não vim destruí-los, mas dar-lhes cumprimento; porque
eu vos digo que o Céu e a Terra passarão antes que tudo que está na Lei não
seja cumprido perfeitamente, até um único jota e um só ponto”.
Quando falavam da Consciência esses sábios
convidavam todos para conhecer as maravilhas do nosso mundo interior, que uns
chamavam de Nirvana, de Plenitude ou ainda o Reino de Deus.
Uma Consciência é a prova viva da existência de
Deus, sua própria imagem e semelhança. A Consciência não pode jamais ignorar a
Lei ou fugir de si mesmo agredindo sua natureza espiritual divina.
A Lei diz que somos todos iguais em Espírito, na
origem, na raiz, que é a nossa Consciência. Somos diferentes no pensar,
no agir e no sentir porque temos a liberdade de escolha dos caminhos que vamos
percorrer. Mas somos iguais naquilo que queremos atingir como finalidade.
Nossas diferenças nunca devem servir de motivos
de conflitos e de violência. Pelo contrário, as diferenças existem para que
pratiquemos a lei da convivência, conhecendo a Verdade única do Amor Universal.
Por Isso Jesus ensinava: aquele que se humilhar
será exaltado, ou seja, aquele que respeitar a simplicidade e a ignorância do
seu semelhante será sempre maior porque ficará com a consciência limpa e com o
coração leve. Na sua enorme experiência espiritual Jesus dizia: Vinde a mim,
todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai o
meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis
descanso para a vossa alma. Porque meu jugo é suave e um fardo leve.
Quem tem a consciência limpa pelo senso de
justiça e o coração leve pela humildade jamais sofre diante das dificuldades e
das provas da Vida. Jesus já conhecia plenamente essa realidade do mundo
interior e ensinava: Sejam inteligentes como as serpentes e simples como as
pombas. A serpente é a necessidade de sobrevivência do corpo e a pomba a
salvação da alma.
A humildade é o segredo para estarmos sempre
quites com a Lei e paz com a nossa Consciência. Já o orgulho é a rebeldia, o
egoísmo, a causa da manifestação de todos os nossos defeitos morais. Esses
defeitos nos afastam da Lei, escurecem a nossa Consciência, nos tornam
infelizes e derrotados.
A humildade não é covardia. É preciso muita
coragem e disposição para ser humilde. O orgulho é sim uma covardia, porque
incentiva o ser humano a mentir para si mesmo. Quem é mais covarde: aquele se
enfrenta ou aquele foge de si próprio?
Mas uma coisa é certa: é indiscutível ela a
Consciência é a principal porta de acesso à Verdade, que todos nós buscamos
ansiosamente. Trata-se de um termômetro e ao mesmo tempo uma bússola que
utilizamos para navegar no imenso oceano do Desconhecido.
Fonte: http://www.ieja.org/portugues/Estudos/Artigos/p_evolucaoeespiritualidade.htm - Dalmo Duque dos Santos
Atenciosamente
Afonso Perez Alen
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