Horários De Atendimento

Segundas - 20 Hs - Mãe Claudete e Pai Joãozinho.
Quartas - 20 Hs - Mãe Marta e Pai Ney.
Sextas --- 20 Hs - Mãe Sueli e Pai Joãozinho.
Sábados - 19 Hs - Mãe Sueli e Pai Joãozinho.


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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Relato de um visitante do TVB e fotos

Quando o carro dobrou a rua, me surpreendi com a delicadeza da decoração
que, simples, combinava perfeitamente com os convidados de honra do dia.

Nem precisei pisar no terreiro pra sentir a perna bambear, a mão gelar, a
pupila dilatar, como quem quer absorver tudo o que virá.

A cada ocasião com que me sinto presenteada descubro novas sensações, novas
proporções do meu coração e do meu ser que desconhecia.

O público acanhado, os poucos médiuns que já vestiam o branco foram sendo
multiplicados em uma velocidade tão absurda ao se aproximar do horário do
festejo que tive a impressão de ter desligado por alguns minutos...

A fila dos médiuns com as guias nas mãos, a procissão do bate cabeça, o
círculo que – benditamente – mal cabia no terreiro!!!

Mas eu não tinha ainda ideia da dimensão do cortejo até que puxou-se o
primeiro ponto para Ogum. Não consegui cantar. Eu ouvia dezenas de vozes
cantando com tanta alegria, com tanto amor que minha voz embargou. Olhei em
volta e vi olhos fechados, sorrisos, passos, preces em forma de canção... A
cada ponto meu coração parecia querer sair da garganta.

Mas então cantamos ao querido senhor Tranca Ruas... E pude sentir
perfeitamente sua entrada no recinto... Minha pele arrepiava
descontroladamente e eu sabia que o trabalho seria lindo, protegido por
nossos amados guardiões.

E quando a amada Vó Benedita iniciou os trabalhos, vi a imensa procissão
das almas mais doces e sábias que se achegavam para a homenagem tão
merecida a estes seres de luz que nos acompanham com humildade e maestria
tamanha que chegam a ser contraditórios. Aqueles seres capazes de acariciar
e dar a bronca merecida com o sorriso nos olhos de quem compreende.

Eu ouvia e sentia a tudo que acontecia, e quando meu anjo que atende por Vó
Mariana chegou, senti a alegria nela que nunca havia sentido. Lembrei-me de
tudo que passei por esses caminhos de espiritualidade, e de como ela se
esforçava em dizer que tudo ficaria bem. Tive a certeza de que tudo estava
exatamente onde deveria estar. Eu estava onde deveria estar. Ela também.

Quando ela começou a se despedir, vi pelo seu olhar que ela procurava o Pai
Joãozinho... sem encontrá-lo em volta, me pediu que o agradecesse.

Assim que a gira se encerrou, busquei cumprir o desejo dela, mas não
consegui. Quando abria a boca para repetir as palavras dela, meu coração
doía e as palavras dela transbordavam nos meus olhos. A voz embargou e não
consegui atender ao pedido dela. Disse apenas um singelo “Obrigada”, mas
não creio que ele tenha entendido tudo o que aquela palavra significava.

Ainda agora que tento escrever seu agradecimento, as lágrimas teimam em
rolar. Mas a voz escrita não necessita de embargo e muito menos de se
calar. Então, meu querido pai, transmito o agradecimento mais singelo e
sincero que já ouvi:

“Diga a ele que agradeço. Agradeço por terem aberto mão de horas que
poderiam ser de cada um para fazer algo para todos. Agradeço pelo carinho
que ele tem por todos os guias sem distinção. Agradeço por ele aceitar
fazer parte da nossa jornada. E por fim, agradeço a todos que nos
alimentaram nesse dia. Que nunca falte alimento na mesa daqueles que nos
serviram, que ajudaram, que participaram, enfim, que elevaram seus
pensamentos e suas preces a nós nesse dia. Que nunca ninguém precise
sentir a dor da fome que nos foi tão companheira  no passado. Hoje nos
deram os primeiros pratos, quando nunca tivemos sequer o último. Mas sabe,
não precisava de nada disso. Hoje apesar da mesa farta, não nos alimentamos
da matéria; nos alimentamos do carinho, da dedicação, do amor. Atitudes que
só faz aumentar a nossa fé, esperança e vontade de trabalhar pela
humanidade. Agradeço. Agradeço hoje e agradecerei amanhã. E agradecerei
sempre. Nunca nos esquecemos das mãos que se estendem aos que mais
necessitam”.

E eu agradeço pai. Agradeço pela luz que o Terreiro da Vó Benedita
significa na nossa jornada. Agradeço por tudo que tenho vivido e evoluído
nos últimos meses. Você reforçou minha fé, minha esperança, minha força
para a caminhada! A cada dia aprendo, aprecio, evoluo. E nunca terei
agradecido o suficiente pela oportunidade tão doce de aprendizado...

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