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terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Quando Jesus decidiu conhecer um terreiro de Umbanda.

A última vez que Jesus havia sido criticado tão fortemente por visitar um local, era quando ele havia ido a Samaria, para pregar as boas novas. Os Samaritanos eram odiados pelo povo da lei, os judeus, que possuíam um preconceito racial em relação aos Samaritanos. Não muito diferente da outra vez,  Jesus estava decidido: estava disposto a receber maiores críticas, afim de transmitir seu amor, sua graça e sua luz.

Jesus decide viajar para muito longe, em busca de conhecer o que é mais demonizado por grupos dos quais dizem segui-lo no Brasil: a Umbanda (uma das únicas religiões verdadeiramente brasileiras).

-É inacreditável! diziam: – Como pode este homem ser chamado Filho de Deus e ao mesmo tempo andar ao lado de pecadores, ainda por cima com macumbeiros? Nada mudaria a decisão de Jesus, pois ele estava disposto a visitar aqueles pelos quais Deus também o havia enviado.

haviam muitas velas, imagens, decorações, símbolos misteriosos e tudo fazia parecer que em alguns poucos minutos ocorreria algum tipo de ritual exótico. Jesus passa pelo meio daquela multidão, fitando cada olhar com amor, desejando abraçar e dialogar com todos aqueles que lá estavam, mas ele estava lá para apenas uma missão…

No centro do terreiro havia uma grande estátua de Cristo. Nas paredes haviam muitas imagens de escravos, índios, mestres espirituais venerados pelos umbandistas junto com imagens de um Cristo que embora sejam diferentes do real, se referiam a mesma pessoa. Naquele dia Jesus escolheu passar despercebido entre aquelas pessoas …

Ninguém reconhecia aquele Cristo, ninguém o parou para adora-lo ou para fazer pedidos de curas, mas Jesus de tudo sabia, ele conhece os segredos mais profundos do coração e entendia a razão de toda aquela movimentação em torno daquele lugar.

Muitos ali estavam de branco, menos Jesus que  desta vez estava com uma roupa bem humilde e escurecida pela sujeira. Humilde na verdade era um exagero para defini-lo no momento; ele estava miserável, maltrapilho, fedido e de péssima aparência. Ele não estava nada parecido com o Cristo que a Grande Mídia apresenta nas Sextas-Feira da Paixão. Jesus parecia ter fugido da surra que levou dos soldados antes da crucificação e por engano teria parado no terreiro. Muitos dos que estavam ali, também estavam na mesma situação e por incrível que pareça, para os “macumbeiros” isso não era problema, pois era o objetivo receber essa gente carente e em situação de vulnerabilidade.

Especificamente neste dia não houve nenhum ritual exótico, a não ser aquele ritual de entrega de alimentos para as pessoas mais carentes, roupas para aquelas que estão maltrapilhas, esperança para aquelas que estão na escuridão … ritual que é tão exótico pelo fato de muitos religiosos terem esquecido dele já por algum tempo. Jesus escolheu visitar um terreiro de umbanda como no dia que falou com Maria Madalena depois de sua morte, de forma que ela não o reconhecesse, tanto que pensou que estava falando com um jardineiro. Jesus escolheu visitar um terreiro de umbanda, como no dia que falou com os discípulos no caminho de Emaús, de modo que ninguém percebeu que estava falando com o Salvador. Jesus decidiu vir de forma surpresa, de modo que ninguém soubesse de sua presença física.

Aquelas pessoas não sabiam que em meio a tantos moradores de rua, pobres e necessitados, estariam recebendo e cuidando de Jesus de Nazaré. Entretanto, faziam tudo com o mesmo amor que fariam se estivessem cuidando e ajudando o próprio Deus. Jesus viu naqueles corações, motivações sincera, sem esperança de trocas ou recompensas, mas com o objetivo de partilhar o amor e a caridade entre as pessoas. Cristo se retirou do local e o abençoou, com a certeza de que o Reino também estaria sendo sinalizado entre este grupo de religiosos tão perseguidos injustamente, mas que estão quase sempre associados à prática da caridade e do bem. Talvez eles não fossem cristãos por definição, mas naquele momento estavam servindo a Cristo. Que todas e todos nós estejamos preparados para o advento de Cristo, para recebermos seu espírito e para partilharmos seu amor.

Voltando para a Terra Santa, Jesus profere: ” Eu tive fome e vocês me deram de comer; tive sede e me deram de beber; era estrangeiro e me acolheram; estava nu e me vestiram; estava doente e me visitaram; estava na cadeia e vieram me ver. Então  lhe perguntaram: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos estrangeiro e te acolhemos, nu e te vestimos? Quando te vimos doente o na cadeia, e fomos visitar-te? E, respondendo o Senhor lhe disse: Todas as vezes que vocês fizeram isso a um desses meus irmãos mais pequenininhos, foi a mim que o fizeram!” (Bíblia Sagrada-Evangelho Segundo a comunidade de Matheus cap.25:35-40)

Este texto é dedicado a todos os terreiros de umbanda e candomblé que além de serem casas religiosas são também casas de caridade, em especial para o Terreiro Vovó Benta, dirigido por Mãe Lilian de Iemanjá e que presta ações solidárias na comunidade e para as pessoas carentes no Brasil

Fonte: https://oevangelhosocial.wordpress.com

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