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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vamos lutar pela reabertura da estrada que leva ao Santuário Nacional de Umbanda



Parece impossível, mas não é.

Quando Pai Ronaldo Linares encampou o espaço que hoje constitui o Santuário Nacional
de Umbanda, a área era uma pedreira, constantemente agredida pela atividade
comercial. Ao instalar ali o Santuário, houve não apenas a preocupação de criar um
local onde umbandistas e seguidores de cultos afro-descendentes pudessem realizar
seus trabalhos sem serem incomodados e sem incomodar ninguém. Existiu também a
preocupação com a questão ecológica, já que o Santuário hoje é uma reserva que
abriga diversas espécies animais, tratadas com o devido respeito (para se ter uma
ideia, o encerramento dos trabalhos ocorrem sempre antes das 16 horas, para que a
movimentação não incomode o descanso dos pássaros que habitam o local), além das
espécies vegetais, típicas da Mata Atlântica. Com respeito e dedicação a história
do Santuário foi construída e mesmo seguidores de outras religiões reconhecem a
importância e a inovação do lugar.
A antiga pedreira deu lugar a uma reserva ecológica, bonita, que faz bem aos
olhos, aos pulmões e à alma.

Mas parece que nem todos pensam assim. Parece que nem todos os religiosos de outros
segmentos possuem a tolerância que tanto se prega. Já faz um bom tempo que tentam,
através dos mais absurdos argumentos, colocar fim ao trabalho iniciado por Pai
Ronaldo e que tanto beneficia a nós, filho de Umbanda. Várias tentativas foram
feitas para fechar o Santuário, todas vãs. Restou uma alternativa: impedir o acesso
dos umbandistas ao local.

Após um longo entrave judicial, a juíza Ana Xavier Goldman acatou a solicitação do
promotor José Luiz Saikali, do Ministério Público do Meio Ambiente de Santo André e
determinou que o acesso ao Santuário, pelo trecho andreense (mais curto e, portanto,
menos agressivo ao meio-ambiente) fosse fechado.

Crendo na bom senso da Justiça, nas pessoas da juíza e do promotor, esperamos que a
decisão seja reavaliada, não só pela comodidade dos umbandistas (que por sua fé
continuarão seus trabalhos, mesmo tendo que enfrentar uma distância maior), mas
também por entender que a movimentação pelo trecho andreense causa menos impacto à
natureza e que o direito de ir e vir, garantido pela nossa Carta Magna, conquistada
a duras penas, seja garantido.

Vamos repassar essa mensagem através das diversas redes sociais, além de emails,
blogs e sites. Como umbandistas e cidadãos, cumpriremos a decisão da justiça, mas
como tais, vamos questionar e debater até onde a lei nos permitir.

E que não percamos a fé, jamais. Que ela seja maior que a distância a ser
percorrida. Que nosso pai Xangô permita que a justiça abra os caminhos para
possamos louvar nossos orixás com tranquilidade e respeito.

Repasse essa mensagem ao maior número de pessoas que puder. A natureza e os orixás
agradecem.

Douglas Fersan – dezembro de 2011.
Alguns textos, poemas e fotos foram retirados de variados
sites, caso alguem reconheça algo como sua criação e não
tenha sido dado os devidos créditos entre em contato.
''A intenção deste blog não é de plágio, mas sim de espalhar conhecimento..."
Joaozinho

paijoaozinho@terreirodavobenedita.com