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sexta-feira, 23 de março de 2012

Laroiê Exu!


Laroiê Exu!

Escrito por Cristiano Janjacomo
(Publicado em 04/10/2011)

Salve leitor de nosso Falando de Umbanda!

Hoje, atendendo a vários pedidos que temos recebido por e-mail desde o início de nosso Falando de Umbanda, vamos bater um papo rápido sobre os Exus, em sua linha de trabalho.

Algo que todos sabemos é o cumprimento típico para Exu: Laroiê Exu. Exu Modjuba (se lê Mojubá).

Aqui já vem a primeira dúvida: eu sei que devo cumprimentar Exu, Pomba-Gira e Exu Mirim desta forma, mas afinal de contas, o que quer dizer isso tudo?

Na verdade são termos em Yorubá e não temos como traduzi-los para o português em uma única palavra certeira. Então podemos traduzir desta forma:

Laroiê: olhe por mim, me guarde, me proteja, vamos trabalhar etc.

Modjubá quer dizer: você é grande ou eu me curvo a você.

Vale ressaltar que Laroiê é um cumprimento exclusivo da linha da esquerda, mas Modjubá ou Mojubá é um cumprimento comum. Eu posso dizer “Modjubá, minha Mãe de Santo”, “Modjubá Fulano de Tal”, e assim por diante.

E quem são essas entidades? São atrasados na escala evolutiva? Por que bebem e fumam quando estão incorporados nos médiuns?

Os Exus (e deste ponto em diante vou utilizar a palavra Exu para me referir a Exu, Pomba-Gira e Exu Mirim através de um único termo, apenas para evitar repetições) são guardiões, são trabalhadores da Luz nas trevas, pois eles são portadores de mistérios que os permitem entrar e sair nos níveis mais densos da negatividade, sem que sofram danos em seu corpo astral. Eles não são demônios como certas igrejas tentam rotulá-los. Tanto que Exu fala naturalmente sobre Jesus e Deus (embora isto deixe perplexas algumas pessoas), mas entenda que eles trabalham para a Luz e só podem estar trabalhando na Umbanda porque têm a permissão de Deus para tal.

Quando temos nossas quedas na escala evolutiva e somos absorvidos pelas trevas (tudo de acordo com nosso merecimento ou necessidade), são eles os responsáveis em nos preparar para voltarmos à evolução, nos preparar para reconhecermos nossos erros, falhas e vícios humanos – motivos de nossa queda astral, ou seja, em outras palavras, são eles os responsáveis no resgate e reequilíbrio mental de espíritos caídos.

Exu também já caiu em sua escala evolutiva e usa seus próprios erros e sofrimento para nos ajudar a não termos o mesmo destino que tiveram. Por isso eles são tão próximos a nós encarnados e tentam nos aconselhar e abrir nossos olhos, pois ninguém consegue evoluir sem conhecer o erro ou sofrimento na carne.

Exu lida diretamente com nosso ego, com a vaidade, com tudo aquilo que está de mais em nós. Ele não incita o mal ou a violência, ele não é a inversão do que é bom, mas sim desafiador nato de quem está com valores invertidos, pois isso precisa ser tratado em cada um de nós, se queremos ascender a mundos mais evoluídos, espiritualmente falando.

E se eu não oferendar a Exu? Ele me castigará mesmo? Irá atrapalhar os trabalhos de minha Casa?

De forma alguma. Se Exu é um Guardião da Luz, como ele iria se portar contra a Lei Maior, atrapalhando um trabalho que está sendo exercido por obreiros da Luz Maior?

É óbvio que Exu nunca faria isso. Mas para que Exu possa trabalhar em sua plenitude e guardar os trabalhos, nós precisamos ofertar elementos magísticos para que ele possa utilizar em nossa proteção. Aqui estamos falando da água, da farinha de mandioca, das frutas, da pinga, da vela etc. Todos estes itens têm sua importância magística e será utilizada por eles para a guarda dos trabalhos.

Então já deixamos outro mito de lado: o padê na Umbanda não é para “alimentar” Exu (dar de comer), mas sim ofertar a ele elementos que possam ser utilizados para a nossa proteção. Isto é sinal de respeito a Exu e uma demonstração que você não está de braços cruzados, esperando que ele faça tudo, mas sim está juntando suas forças às dele afim de um bem comum.

Exu age sempre e somente dentro dos limites da Lei Maior, ou seja, Exu não prejudica nenhum encarnado, a menos que a Lei o ordene e mesmo quando isto é feito, por pior que possa parecer, é algo que aquela pessoa precisa para se recuperar e voltar à evolução. “Exu não castiga um inocente, mas não perdoa um culpado” – trecho do livro O Guardião da Meia Noite, de Rubens Saraceni (Editora Madras).

Nas Giras de Falanges da Direita, é Exu quem protege e guarda a gira, faz a segurança astral contra negatividade, kiumbas e obsessores.

Quando incorporados em seus médiuns, Exu podem fazer uso de cerveja, pinga, whisky, charuto, cigarro, cigarrilha, espumante, entre tantos outros elementos. Não o fazem por uma necessidade espiritual, isto é óbvio, pois são mais evoluídos do que nós encarnados. Fazem com a intenção de manipular estes elementos de poder e magísticos (álcool e fumaça das ervas, por exemplo) para ajudar a quem estão atendendo, seja para quebra de energias negativas mais densas (descarrego) ou qualquer outra função específica em cada caso.

Aqui vale um alerta sobre as Pomba-Giras quando incorporadas em seus médiuns. Elas podem ser sensuais, mas nunca vulgares. Atenção!

Saravá às entidades que militam na corrente da Esquerda umbandista! Obrigado por toda proteção e amparo em nossa caminhada e em nossas Casas de Trabalho. Que vocês estejam sempre a nos proteger contra as investidas da negatividade e nos alertar quanto as nossas falhas.

Laroiê Exu. Exu Modjuba!

Agradeço por sua leitura e espero ter ajudado com este texto. Aproveite e deixe seu comentário para nós, pois sua participação é muito importante!


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