A Nova "VELHA" Umbanda

A Nova "VELHA" Umbanda

A mais de cem anos, quando a Umbanda começou, em uma casinha simples, com pessoas simples, apenas uma rosa na mesa para enfeitar a sala... Havia muita simplicidade, muita humildade, muito a se aprender e desenvolver.

Comecei a Umbanda para atender pessoas quer não eram aceitas em outras religiões ou em outras casas de “caridade”, comecei também para dar oportunidade a centenas e centenas de Espíritos que queriam ainda ajudar e lutar pelos que precisam, mas também não eram aceitos em outros “Centros Espíritas”, pois não tinham ou apenas não se apresentavam com nenhum grau de superioridade.

Existe ai um grande choque de interesses, se a maioria das religiões prega que todos somos iguais, porque uma pessoa de chinela e calça de algodão ou flanela quando consegue entrar em uma Igreja ou em um Centro, é colocada nas ultimas fileiras, e as pessoas de fino porte tem os melhores lugares para receber as bênçãos?

Não seria o contrario?

Ou melhor ainda , não seria nada...Chega e se pega o lugar.

Pois independente da situação financeira todos não tem suas necessidades problemas e duvidas serem escutadas?

Mas do jeito que muitos falam e escrevem por ai, parece que as pessoas de situação financeira melhor, são más, são egoísta, isso é um erro, pois quem faz a seleção das pessoas e espíritos que irão e onde irão participar das missas ou das sessões são os organizadores das mesmas.

Por esses motivos começamos a desenvolver a Umbanda, sem preconceitos, sem diferença entre indivíduos, com muito amor, caridade e sem esperar nada , mas nada mesmo em troca.

Isso é a Umbanda que eu plantei, Umbanda tem que ser vista como o pronto socorro das religiões, quando uma pessoa se machuca, quebra um braço por exemplo, ela é levada imediatamente ao pronto socorro, onde sem demora, sem mais perguntas é atendida , volta uma ou duas vezes para ver como esta a fratura, depois ela retira o gesso e some do pronto socorro, some, mas sempre se lembrara que em uma situação difícil poderá voltar e será com certeza atendida novamente.

Pois bem , isso deve ser feito também nos Terreiros de Umbanda, muitas pessoas de varias religiões acabam num momento de desespero recorrendo ao “pronto socorro espiritual” onde sem nem mesmo se converter a nossa religião, devera ser atendida com o mesmo carinho e atenção que qualquer outro freqüentador do terreiro, ela poderá também precisar voltar 2 ou 3 vezes para finalizar o tratamento e depois também sumir...Mas no fundo de seu coração será sempre grata e sabe que se um dia precisar as portas estarão abertas a ela.

Hoje me entristece muito ver Terreiros de Umbanda se transformando em Shows, em Circos...Ver Alguns cobrando consultas, cobrando para fazer “Trabalhos”, Umbanda não faz trabalhos...

Vejo Pais de Santo sendo idolatrados como “Santo”, Pais de Santo mal tratando seus filhos , escolhendo quem irá ter a “honra de falar com seu guia”...

Outros , e esses em minha opinião são os mais errados, que não deixam seus filhos se desenvolverem corretamente, inventado obrigações que não existem, fazem isso para serem o centro das atenções.Ai começa o erro, pois SOMOS TODOS IGUAIS.

Por esses motivos e mais alguns outros que muito me magoam, que nós do plano espiritual, mentores da Umbanda, estamos estudando cada Terreiro de Umbanda, cada Médium, cada Cambono , cada Ogã e cada Pai de Santo , para começarmos e refazer a Umbanda, começarmos novamente como a Cem anos atrás....

E isso já esta acontecendo, iremos cuidar de acertar cada Terreiro , cada Médium , cada Cambono , cada Ogã e cada Pai de Santo para tomarem esse caminho, os que não se enquadrarem , irão ser encaixado em outros centros , mas não os de Umbanda, ou simplesmente irão se afastar.

Precisamos colocar os pés no chão , lembrar dos primeiros ensinamentos, ter humildade, amor, solidariedade....

Estamos com muita força e proteção para esse trabalho, pois se a Cem anos começamos em uma tapera pequena e chegamos ate aqui, com certeza conseguiremos alinhar tudo que é necessário.

Gabriel Malagrida

Por João Galerani Jr.