Num tempo muito distante, o orun (ceu) era lugar de grandes festas. Os orixás
(protetores de cabeças) lá se reuniam para celebrar a vida. Exu era o grande
animador daquelas festas porque era ele quem tocava os tambores e
que entoava as mais belas e alegres cantigas. E ele ficava todo prosa por exercer
tal função. Certo dia, entendendo que estava difícil conversar ao mesmo tempo
em que o som dos tambores ecoavam, os orixás pediram para Exu que parasse
com aquela cantoria e toques. E assim se deu: Exu deixou de tocar e cantar nas
festas.
Sem muita demora, os orixás perceberam que festa sem tambores e sem
cantoria, não era festa. Eles se reuniram novamente e decidiram pedir para que
Exu voltasse com toda a animação. Mas ele não aceitou: estava profundamente
magoado com o pedido do grupo, uma vez que ele desempenhava tais atividades
com tanto fervor e o impediram de continuar. Os orixás insistiram bastante até
que Exu disse: “Perdi totalmente a vontade de cantar e tocar para vocês, mas vou
passar a tarefa para a primeira pessoa que se colocar na minha frente”.
E assim aconteceu. Ogan, um jovem rapaz caminhou na direção de Exu. Exu
olhou para ele e o escolheu para inicia-lo na arte dos cânticos e toques em louvor
aos orixás. Ogan, prontamente aceitou o convite de Exu, era rapaz esforçado e
que queria aprender.
Tão bem Exu o ensinou Ogan e Ogan tão bem aprendeu a animar as festas dos
orixás que em sua homenagem, Exu estabeleceu que todo o homem responsável
por animar as festas dos orixás deveria receber o cargo de Ogan.
Autor desconhecido.
Fonte:
http://umbandaemdebate.blogspot.com.br/
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