Fonte http://ultimosegundo.ig.com.br/
Centro espírita carioca oferece sessões de orações para viciados em drogas e seus familiares. Mais de cem pessoas procuram o local por semana
No começo de janeiro, o Lar de Frei Luiz, na zona oeste do Rio, começou um trabalho voltado para orientar dependentes químicos e seus familiares, que passaram a ter um dia dedicado a sua recuperação através do desenvolvimento da espiritualidade. As reuniões públicas acontecem todas as quintas-feiras, das 19h às 21h. “Estamos desenvolvendo um trabalho espetacular de dependência química. Espetacular no sentido grandioso que o assunto exige. Quantas famílias entram aqui desesperadas pela perda do ente querido! A dor moral é muito maior do que a dor física. A dor moral dilacera a vida de várias pessoas”, diz Nelson Duarte Júnior, diretor espiritual do lar.
O que começou de maneira quase intimista com reuniões para cinco ou seis pessoas, hoje cresceu e recebe mais de cem pessoas por encontro. Quem conta é o presidente do lar, Wilson Pinto , afirmando que a procura só tem aumentado. “A gente percebe que as pessoas não sabem lidar com o vício do crack. Mas também recebemos quem queira se livrar do vício do cigarro, da bebida, da cocaína, da maconha, do sexo. Tudo que é obsessão”, diz Wilson.
A dependência do crack é devastadora sob o aspecto clínico, mas, garantem os religiosos, é possível o resgate dos envolvidos. “O grande resgate está na consciência que elas precisam mudar. Quando elas assumem esta responsabilidade, superam qualquer coisa”, continua Nelson. As terapias incluem palestras sobre autoconhecimento e passes junto aos médiuns da casa.
Não há estatísticas sobre a recuperação dessas pessoas. O Lar de Frei Luiz não faz registros sobre os atendimentos. Mas os dirigentes reconhecem que recuperar um viciado é mais difícil do que curar algum outro problema de saúde. “A dependência química tem a ver com a obsessão. Os fatores de vampirização são intensos. Chega um momento que você tem uma simbiose tão forte, que o espírito está ali apenas sugando, consumindo a pessoa. É um trabalho muito difícil”, explica o presidente do lar.
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